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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Delcídio sugere cautela no debate sobre o petróleo do pré-sal

22/08/2008 14h25 – Atualizado em 22/08/2008 14h25

Assessoria de Comunicação

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse nesta quinta-feira (21) que é preocupante a forma precipitada como estão sendo discutidas as questões ligadas às recém-descobertas reservas de petróleo e gás na chamada camada do pré-sal da costa brasileira. Na avaliação do senador, o assunto precisa ser estudado com muito cuidado, pois não se trata apenas de aumentar a produção de petróleo e gás, mas de discutir o que essa riqueza pode representar para o futuro do país.

Delcídio considerou importantíssima a criação da comissão interministerial que vai analisar qual modelo adotar para administrar a exploração e comercialização do petróleo. Ele assinalou que essa nova realidade trará desafios imensos nas áreas da ciência, da educação, da capacitação de mão-de-obra e da formulação de uma política industrial, além de reflexos nas áreas sociais e nas desigualdades do país. O senador vê com muita preocupação a precipitação da discussão de alguns temas.

“Não podemos atropelar as coisas falando de uma nova empresa, falando de redistribuição de royalties, se nem sequer temos um modelo pré-definido. Estamos engatinhando ainda e o que me preocupa é que essa sucessão de opiniões só traz instabilidade ao setor”, afirmou.

Delcídio lembrou que serão necessários investimentos da ordem de US$ 600 bilhões para explorar o petróleo da camada pré-sal e que esses recursos não vão surgir da noite para o dia ou criando uma nova estatal. Ele observou que o Brasil precisará da ajuda de outras empresas nesse esforço, que envolverá o desenvolvimento de tecnologias que ainda não existem.

“Pessoalmente, não tenho convencimento de que seria necessária a criação de uma nova empresa estatal. Acho que, se as regras forem transparentes, claras e entendíveis, o importante para o país é ter o resultado da produção de petróleo. Agora, a modelagem, nós temos que gastar tempo nisso. Os países que trabalharam nessas modelagens levaram tempo, porque estavam discutindo o seu futuro” concluiu.

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