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terça-feira, 23 de abril de 2024

Fibria recebe licença do Imasul e vai gerar menos resíduos para aterro sanitário

08/12/2018 07h10

A fábrica de Três Lagoas vai ampliar sua área construída para instalar uma “Unidade de Processamento ou Indústria de Beneficiamento de Resíduos Sólidos”

Redação

O investimento em soluções inovadoras para resolver questões ambientais é um diferencial de sustentabilidade e competitividade adotado por empresas que também promove a geração de novos negócios. A análise foi feita pelo titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, nessa quinta-feira (6.12), após a entrega de Licença de Instalação (LI) para uma nova atividade da Fibria, em Três Lagoas.

A fábrica de celulose vai ampliar sua área construída para instalar uma “Unidade de Processamento ou Indústria de Beneficiamento de Resíduos Sólidos” onde serão produzidos 3.500 metros cúbicos de “Corretivo de Acidez/Condicionador de Solo”, a partir do beneficiamento de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos.

A licença, emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), foi entregue pelo secretário da Semagro e pelo diretor de Licenciamento do Instituto, André Borges, ao gerente-geral de Meio Ambiente da Fibria, Umberto Caldeira Cinque, e à coordenadora de Meio Ambiente, Maria Tereza Borges Rocha. “O licenciamento integrou funcionários da Fibria e técnicos do Imasul. A empresa vai utilizar o ‘lodo’ que iria para um aterro sanitário e vai transformar em um produto organo-mineral. Tudo isso em parceria com uma empresa já detentora dessa tecnologia”, informou Verruck.

Além de ser utilizado nas plantações de eucalipto da própria empresa, o produto gerado a partir da transformação do resíduo sólido também será comercializado. “O desenvolvimento tecnológico na área ambiental é um gerador de negócios. Essa deve ser a lógica: a partir daquilo que seria um problema, encontrar soluções para o meio ambiente e gerar novos produtos. No setor de celulose existe um acompanhamento ambiental aliado ao avanço tecnológico com o objetivo de reduzir seus custos e ter cada vez menos resíduos, utilizando uma destinação final correta”, finalizou.

Reaproveitamento de resíduos

Além de ser utilizado nas plantações de eucalipto da própria empresa, o produto gerado a partir da transformação do resíduo sólido também será comercializado.

De acordo com Umberto Caldeira, da Fibria, “esse é um projeto inovador que tem como mote o reaproveitamento de resíduos, transformando em um composto de valor agronômico. Nós iremos utilizá-lo na própria base florestal da empresa. A partir de agora, vamos agregar valor de maneira mais ampla para o mercado como um todo, porque é um produto atestado pelo Ministério da Agricultura. Nossa meta interna é a de reduzir a quantidade de resíduos que precisam ir para aterro sanitário. Com esse empreendimento, vamos chegar a uma redução de 98% dessa destinação, um índice inédito no setor”.

Serão produzidas pouco mais de 100 mil toneladas/ano do composto. O investimento na unidade é de R$ 40 milhões em parceria com uma empresa terceirizada que já tem reputação nessa atividade industrial e que também irá fazer a sua comercialização. A estimativa, segundo o gerente de Meio Ambiente da Fibria, é de que 30 pessoas sejam contratadas. “Pelo patamar do desenvolvimento local, acreditamos que muitas pessoas do município devem ser aproveitadas”, comentou.

Além de ser utilizado nas plantações de eucalipto da própria empresa, o produto gerado a partir da transformação do resíduo sólido também será comercializado. Foto: Divulgação Semagro

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