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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Morte de três-lagoense foi ‘encomendada’ por mãe de criança que ele estuprou

10/05/2018 15h41

Alisson, de 24 anos, foi degolado e teve o corpo abandonado em um sítio. Nesta quinta-feira (10), a polícia prendeu 16 pessoas envolvidas no crime

Lucas Gustavo

O Setor de Investigações Gerais (SIG), da Polícia Civil de Três Lagoas, desvendou o assassinato de Alisson Souza dos Santos e prendeu, nesta quinta-feira (10), 16 pessoas envolvidas no crime. O rapaz, de 24 anos, foi degolado em 26 de fevereiro. Três dias depois, o corpo dele foi encontrado em um sítio, na Rodovia 158. A operação para a captura dos acusados teve início às 5h e recebeu o nome de ‘’Hidra de Lerna’’. Os trabalhos tiveram o apoio do Batalhão de Choque e do Esquadrão Aéreo da PM, além do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros).

Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o delegado Ailton Pereira de Freitas, titular do SIG, explicou que Alisson, mesmo casado, manteve um relacionamento ‘amoroso’ com uma criança de 11 anos, que hoje tem 12. Familiares da garota, incluindo a mãe, descobriram o ato e acusaram o rapaz de estupro. Os parentes da menina ainda ‘denunciaram’ o jovem para uma organização criminosa e pediram providências.

‘’Alisson foi sequestrado em sua residência, na presença de sua esposa, em um Ford Fiesta com três elementos. Em seguida, ele foi levado para Vila Carioca e, lá, submetido a um ‘tribunal do crime’, cujo mandante encontra-se preso em Dourados. Ele ordenou que o rapaz fosse degolado e que tivesse o corpo jogado na BR-158’’, explicou o delegado.

Durante as investigações, de acordo com Ailton, foi descoberto que o detento que determinou o assassinato de Alisson é um dos representantes da facção em todo o Estado. ‘’É ele quem estabelece quem morre ou não morre; existem outros casos semelhantes, incluindo tortura’’, afirmou. Na operação de hoje (10), policiais civis de Dourados estiveram na penitenciária e encaminharam o acusado à delegacia para prestar depoimento.

‘’A família da menina foi quem pediu a ‘cabeça’ do Alisson. Um primo da garota, inclusive, que cumpria pena e foi solto na última sexta-feira, acabou preso novamente por força de um mandado’’, acrescentou Ailton.

Segundo o Major Ênio de Souza, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas, a operação também contou com buscas no Presídio de Segurança Média (PSM). Foram apreendidos, na ocasião, em poder dos detentos, drogas e celulares. Policiais da Tropa de Choque realizaram a vistoria enquanto o helicóptero do Grupamento Aéreo sobrevoava o estabelecimento penal.

Além do Serviço de Inteligência da Polícia Militar, o delegado do SIG explicou que as investigações tiveram parceria do Ministério Público e Poder Judiciário. A operação também contou com o apoio de agentes de Selvíria e Brasilândia.

Conforme Ailton, dos 19 mandados de prisões expedidos apenas três restam ser cumpridos. Segundo ele, a operação ‘’Hidra de Lerna’’ foi a segunda maior realizada em Três Lagoas neste ano. Os acusados vão responder por homicídio, organização criminosa e tortura.

Delegado Ailton Pereira de Freitas, delegado Rogério Market Faria, comandante da Polícia Militar Major Ênio de Souza, e delegado Juvenal Laurentino Martins. (Foto: Lucas Gustavo/Perfil News).

Esquadrão Aéreo da Polícia Militar auxiliou as buscas. (Foto: Divulgação/ Grupo de Patrulhamento Aéreo).

Um dos mandados de prisão foi cumprido em Dourados. (Foto: Oswaldo Duarte/ Divulgação).

Delegado Ailton Pereira de Freitas. (Foto: Lucas Gustavo/Perfil News).

(Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News).

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