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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mundo condena ação de sequestradores tchetchenos

24/10/2002 14h00 – Atualizado em 24/10/2002 14h00

Governos do mundo todo censuraram os rebeldes tchetchenos que fizeram cerca de 700 reféns em um teatro de Moscou, lamentando que mais uma vez civis sejam alvos de extremistas e dizendo que o mundo precisa se unir para lutar contra tais atos de terrorismo.

“Censuramos esse ato de terrorismo e sua natureza brutal”, disse o ministro de Relações Exteriores português, Antonio Martins da Cruz, presidente em exercício da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

A organização, formada por 55 nações, tem monitores na Tchetchênia, onde os separatistas enfrentam as tropas russas.

“Nenhuma motivação política pode justificar o uso da força contra civis inocentes. Extremismo e fanatismo só podem contribuir para piorar as perspectivas de resolução política em relação aos conflitos e às tensões”, ele disse em um comunicado.

Críticas e votos de esperança para que a crise termine pacificamente chegaram de vários países, como os Estados Unidos, a China, a União Européia, Israel e diversas repúblicas que pertenciam à União Soviética.

A ex-república soviética da Geórgia, que faz fronteira com a Tchetchênia, foi rápida em criticar a ação rebelde. “Todos na Geórgia estão extremamente preocupados com o ato de terror perpetrado em Moscou. Não há outra reação possível”, disse o ministro das Relações Exteriores da Geórgia, Irakli Menagharishvili.

O presidente russo Vladimir Putin declarou hoje que o ataque ao teatro de Moscou havia sido planejado no estrangeiro e liderado pelos “mesmos criminosos” que lutam contra as forças russas na Tchetchênia.

Líderes mundiais mandaram recados pessoais a Putin, que iam de expressões de ultraje e pedidos de garantias de segurança para os reféns até ofertas de ajuda e testemunhos de solidariedade.

O presidente norte-americano, George W. Bush, telefonou a Putin para oferecer seu apoio e dizer que entendia a decisão dele de não comparecer a uma cúpula de países da Ásia e do Pacífico marcada para acontecer no fim de semana no México.

“Bush disse que os Estados Unidos estão preparados para ajudar a Rússia com o que for necessário. Esse é um momento de solidariedade entre as duas nações”, disse a repórteres o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.

Arafat declarou que “as lideranças palestinas condenam fortemente esse ato terrorista e se colocam ao lado do povo russo para enfrentar essa agressão pecaminosa”.

Israel, que tem lutado contra um levante palestino há mais de dois anos, disse que “extremistas islâmicos” eram responsáveis pelo cerco em Moscou e estavam tentando chantagear a Rússia.

Cerca de 50 guerrilheiros tchetchenos invadiram um teatro em Moscou na noite de ontem e ameaçaram explodir o prédio, a não ser que a Rússia concordasse em retirar suas tropas da Tchetchênia. Segundo oficiais, há 75 estrangeiros entre os cerca de 700 reféns.

Fonte: Reuters

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