12/08/2004 15h14 – Atualizado em 12/08/2004 15h14
A tocha olímpica foi recebida hoje, quinta-feira, pelo presidente da Grécia, Costas Stephanopoulos, na Acrópole de Atenas, onde pernoitará antes de realizar, na sexta-feira, seu último percurso até a pira do estádio Olímpico.
O presidente da república, acompanhado do primeiro-ministro, Constantino Caramanlis, deu a boas-vindas à tocha na “Rocha Sagrada” diante de um grande número de convidados.
Entre os presentes estavam o presidente do COI, Jacques Rogge; a presidenta do Comitê Organizador, Gianna Angelopoulos; a alcaidesa de Atenas, Dora Bakogianni, assim como líderes dos partidos políticos e arcebispo Christodoulos.
Depois dos discursos de boas-vindas, os convidados se dirigiram ao anfiteatro de Herodes Atticus para assistir a um concerto da orquestra de Patras, dirigido por Alexandros Myrat.
A Acrópole está encravada no lugar onde foram registrados os primeiros assentamentos humanos na região (4.000-3.000 a.C.), tanto no cume como nas ladeiras noroeste, oeste e sudoeste.
Segundo a tradição, os reis de Atenas habitaram a Acrópole, seguros dentro de seus muros, até 682 a.C. Depois da queda da instituição monárquica (século VII a.C.), a Acrópole continuou sendo durante algum tempo o núcleo das atividades públicas da cidade.
A fortificação mais antiga data da época micênica, segunda metade do século XIII a.C. Em meados do século V a.C., Péricles convenceu os atenienses a começarem um grande programa de edificação em Atenas. As obras transformaram a Acrópole, com três novos templos e uma entrada monumental.
O Partenón, um dos edifícios mais famosos do mundo, começou a ser construído em 447 a.C., desenhado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos para receber uma impressionante estátua de mármore e ouro de Atenea Partenos (virgem), a patrona da cidade. Ao longo dos séculos, foi igreja, mesquita e arsenal.
Ao longo de sua história, a Acrópole sofreu muitos danos. Os persas a incendiaram e destruíram em 480 a.C., depois da batalha das Termópilas.
Durante o período veneziano da Acrópole (1687), o general Francesco Morosini bombardeou o Partenón. Os turcos (ocupantes da Grécia entre 1460 e 1810) usavam o templo como arsenal e uma explosão destruiu grande parte do prédio, incluído o telhado, a estrutura interna e 14 colunas exteriores.
A Acrópole foi o solene local escolhido pelas autoridades gregas como alojamento da chama olímpica na noite anterior ao começo dos Jogos Olímpicos.
Fonte:EFE