26/04/2004 09h36 – Atualizado em 26/04/2004 09h36
Estée Lauder, criadora do império de produtos cosméticos que leva seu nome, morreu neste sábado aos 97 anos em sua casa de Nova York vítima de uma parada cardioerespiratória, anunciou a empresa hoje, domingo. A empresária deixa um império que inclui também a marca Clinique, que no ano 2003 tinha um valor aproximado de 10 bilhões de dólares.
Estée Lauder chegou a ser grande figura da alta sociedade, já que era amiga da duquesa de Windsor, e comparecia às festas do ex-presidente dos EUA Ronald Reagan. As origens da empresa remontam aos anos 20, com os cremes de beleza que John Schotz elaborava na cozinha de sua casa. Ele era tio de Estée Lauder e um empreendedor especialista em química.
Lauder começou a ajudá-lo a vender os produtos e pouco a pouco assumiu a iniciativa da comercialização. A empresa foi criada oficialmente em 1946, e ela virou a presidente, responsável por produtos e vendas.
Os críticos afirmam que Schotz morreu em circunstâncias modestas nos anos 60, sem que Estée Lauder lhe tivesse compensado adequadamente por ter aberto a empresa, que já faturava anualmente 14 milhões de dólares.
Apesar de todo o seu êxito e sua fama, Estée Lauder sempre evitou falar de suas origens. Em primeiro lugar, seu nome original era Josephine Esther Mentzer, e é possível que escondesse a idade. Também não está claro seu grau de escolaridade.
Ela se casou, divorciou-se e voltou a casar com outro descendente de imigrantes centro-europeus, Joseph Lauter, e ambos mudaram seu nome a Lauder, que é mais fácil de “vender”.
Em sua autobiografia publicada em 1985, Estée Lauder afirmava ser descendente de aristocratas europeus, quando de fato sua família era de trabalhadores judeus, o que gerou críticas da comunidade judaica, que a acusavam de tentar esconder e negar sua identidade.
Fonte: Agência EFE
