26/03/2004 11h00 – Atualizado em 26/03/2004 11h00
O deputado federal Geraldo Resende disse que a Prefeitura de Dourados “mente descaradamente” quando divulga informações sobre o Hospital Universitário de Dourados (HU). A mentira, diz o parlamentar, se dá “pela omissão de informações acerca de fatos importantes, como a necessidade de realização de concurso público para a contratação dos servidores que vão trabalhar naquela unidade, bem como sobre o trabalho de toda a bancada na busca de recursos para o hospital”.
O parlamentar fez as declarações em razão de informe publicitário divulgado nos jornais da cidade, onde a Prefeitura diz que o convênio de 4,2 milhões para a compra de equipamentos teria sido viabilizado “por meio de negociações entre o prefeito Laerte Tetila e o ministro da Saúde, Humberto Costa, com intervenção do deputado federal João Grandão”.
Segundo Geraldo Resende, a viabilização desse convênio foi uma luta de toda a bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso, no ano passado, quando várias audiências foram realizadas no Ministério da Saúde, com a finalidade de mostrar a urgência e a necessidade dos recursos.
“A atuação de apenas um deputado não teria tido o resultado que obtivemos, pois foi necessário mostrar, em diversas ocasiões, que esse era um anseio de toda a sociedade e classe política sul-mato-grossense”, avalia o parlamentar. A atitude da Prefeitura, acrescenta, “comprova o que já estamos dizendo há muito tempo: o comportamento exclusivista dos atuais mandatários do PT douradense”.
Para Geraldo Resende, “a Prefeitura utiliza recursos públicos para desmerecer o trabalho de toda a bancada de Mato Grosso do Sul, inclusive do coordenador da mesma, o deputado Antonio Carlos Biffi, que é do mesmo partido do prefeito de Dourados, e do governo do Estado, através do trabalho do secretário de Saúde, João Paulo Esteves”.
Concurso
Resende voltou a cobrar a realização de concurso público para a contratação dos servidores que vão trabalhar no HU, quando o mesmo for ativado. De acordo com informações da imprensa, essa ativação se dará no próximo dia 4 de abril, mas até o momento a Prefeitura não divulgou nenhum edital com as datas das provas, divulgação dos resultados e convocação dos aprovados.
“Não podemos aceitar que o preenchimento desses cargos se dê sob um manto de obscuridade e que esse processo não seja aberto e democrático, com a possibilidade de participação de todos os profissionais da saúde, independente de partidos ou preferência eleitoral”, afirma o deputado, salientando que a Câmara e o Ministério Público estejam atentos para evitar que o processo de contratação seja transformado em mais um “trampolim para a perpetuação no poder dos atuais mandatários do município”.
Fonte:Agora MS