23/01/2004 11h06 – Atualizado em 23/01/2004 11h06
Acontece na manhã dessa sexta-feira, na unidade básica de saúde 26 de Agosto, no bairro São Francisco, mais um encontro que reunirá 20 mães e seus bebês. A iniciativa faz parte dos trabalhos do Programa da Criança e do Adolescente coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau).
A auxiliar de serviços gerais Elma Garcez, 30 anos, acompanhada das filhas gêmeas Gabriela e Giovana, de um ano e três meses, participou nestaa manhã de mais uma roda de amamentação, realizada na Unidade Básica de Saúde 26 de Agosto. Elma relatou a mudança no comportamento de seus dois primeiros filhos, os quais não amamentou por muito tempo, e comparou-os com a tranqüilidade das gêmeas que amamenta até hoje. “Pensei que por ser duas ia ser mais difícil criar e vim aqui no posto pedir ajuda. Passei a freqüentar a roda e minhas filhinhas são bem mais calmas do que os meus outros filhos, que são muito agitados”, contou Elma.
Esta é uma das vantagens e também conseqüências benéficas que o aleitamento materno fornece para a saúde dos recém-nascidos. Durante a roda de amamentação, assim como a auxiliar de serviços gerais, outras vinte mães e gestantes assistem mensalmente palestras educativas sobre o assunto e tiram dúvidas com os profissionais de saúde. A gerente da unidade, a nutricionista Christina Paula Shirado, informou que a recomendação do Ministério da Saúde é que as mães amamentem seus filhos até os dois anos de idade ou mais.
Há quatro anos, o grupo contava com apenas cinco mães em cada reunião, hoje esse número cresceu e atende a todas as mães com crianças de zero a quatro anos, que são inscritas no Programa da Criança e do Adolescente coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau). “Na roda, nós ensinamos também que até os seis meses de vida, o bebê necessita somente do leite materno, não precisa de nenhum complemento industrializado”, informou a nutricionista. Christina explicou, ainda, que durante as palestras são afastados os tabus, inclusive que existe leite fraco.
“Gosto de freqüentar aqui porque converso com as outras mães e estou aprendendo a maneira certa de amamentar ao meu filho quando ele nascer”, afirmou a gestante Alexandra de Barros Alves, 23 anos. A futura mãe contou que em sua primeira gestação não teve a oportunidade de participar de palestras como esta e por isso deixou de amamentar seu primeiro filho no terceiro mês de vida. Hoje, seu primeiro filho apresenta coceiras nas pernas, e segundo ela, o pediatra afirmou que é devido à falta de nutrientes maternos.
O leite materno – A nutricionista Christina Shirado ressaltou que o leite materno é melhor alimento para o bebê; é de fácil digestão; protege o bebê contra várias doenças; transmite amor, carinho, fortalecendo a relação entre mãe e filho; não precisa coar, ferver, nem esfriar e está sempre pronto, em qualquer hora e lugar, na temperatura ideal.O colostro é um dos principais componentes do leite materno, é rico em anticorpos; possui muitos tipos de leucócitos; é laxante e rico em vitamina A.
Além de todas essas qualidades, o leite protege o bebê contra infecções, alergias, colabora na prevenção da icterícia, ajuda na maturação intestinal e previne intolerância alimentar. Também reduz a gravidade das infecções e previne doenças oculares. A amamentação ainda apresenta vantagens para a mãe, o corpo volta ao normal mais rápido, o sangramento é menor, entre outras.
Fonte:MS Noticias