21/11/2003 16h17 – Atualizado em 21/11/2003 16h17
Mais do que trazer pela primeira vez à Mato Grosso do Sul nomes renomados da arte brasileira do século 20, a exposição “Tesouros da Caixa”, que ocorre no Marco (Museu de Arte Contemporânea) até o dia 30 de dezembro, viabilizará o acesso de 5 mil crianças de escolas públicas de Campo Grande à arte. As conversas conjuntas entre os representantes da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer; Fundação de Cultura e a CEF (Caixa Econômica Federal) resultaram na vinda da Mostra do Acervo Artístico da Caixa, que tem sede em Brasília (DF), como explicou o superintendente da CEF no Estado, Maurício Antônio Quarezemin.
“Nossa idéia de trazer para o Marco, que possui um espaço apropriado, obras de artistas renomados da história da arte do Brasil no século 20 foi para oferecer opções artísticas e culturais para a população. Queremos desenvolver o hábito nas pessoas de apreciar a arte e cultura, e até mesmo descobrir novos talentos. A CEF e o Governo do Estado estão ampliando as ações conjuntas e essa é a primeira de muitas parcerias que serão feitas na área cultural”, assegurou o superintendente. No próximo dia 28, o diretor-presidente da Fundação de Cultura, Pedro Ortale, juntamente com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Sílvio Nucci, estarão se reunindo com a diretoria nacional da CEF em Brasília onde serão apresentados projetos e programas estaduais para a discussão de novas parcerias a partir de 2004.
Segundo Pedro Ortale, a partir da próxima semana quatro ônibus diários farão o transporte de estudantes até o museu para apreciação da mostra. A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer está entrando em contato com as prefeituras do interior para a discussão da possibilidade de trazer alunos de diversos municípios para a exposição “Tesouros da Caixa”.
“O Marco está se transformando em um espaço moderno, com diversidade artística, o que acaba potencializando a visitação. Para isso, a partir do próximo ano será criado um curso de pintura no museu e estamos discutindo a implantação de um cinema de arte, uma folheteria e um café, com possibilidade de ampliação do horário de atendimento ao público”, disse. Segundo a gestora executiva do Marco, Maysa Andrade Leite de Barros, o museu recebe em média mensalmente mil visitas e o funcionamento do local é das 12h às 18h.
A Mostra do Acervo Artístico da Caixa possui 69 obras, sendo 64 telas e 5 objetos e esculturas de 53 artistas brasileiros e estrangeiros que moraram no país e fizeram história no século 20. São diferentes estilos como a abstração geométrica de nomes como Maria Bonomi, Tomie Ohtake e a arte contemporânea em obras de Jadir Freire, Carmela Gross e Daniel Senise. Outros artistas relevantes no panorama artístico brasileiro também estão presentes na exposição como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari.
Paralelamente à mostra, ocorrem também até dezembro as exposições individuais de telas de Isaac de Oliveira e esculturas de cerâmica em alta temperatura de Irani Bucker, artistas sul-mato-grossenses que também serão conhecidos pelos estudantes que estarão visitando o museu. “As exposições locais são importantes também para que os visitantes conheçam as riquezas artísticas que o Estado possui”, ressaltou Maurício Quarezemin.
A formação do Acervo da Caixa foi iniciada em 1968, quando a CEF encomendou obras de arte de brasileiros como Djanira, Di Cavalcanti e Aldemir Martins para ilustrar os bilhetes da Loteria Federal, com temas diversos como Independência, Natal e Carnaval, que acabaram se tornando a primeira coleção da CEF.
Atualmente, o acervo artístico com sede em Brasília é formado por cerca de mil obras, entre pinturas, esculturas, tapeçarias e gravuras, onde são representadas as principais tendências e estilos da arte do país. As obras do acervo são constantemente expostas em mostras itinerantes em cidades brasileiras.
Fonte:MS Noticias