31/10/2003 13h28 – Atualizado em 31/10/2003 13h28
A ABCCON/MS (Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor) impetrou ontem mandado de segurança coletivo na tentativa de derrubar a cobrança da taxa de iluminação pública de seus associados em Campo Grande. A idéia é conseguir uma liminar suspendendo a cobrança da taxa, para que, no mérito da ação, a Cosip (Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública) seja eliminada.
A assessora jurídica da associação, Michelle Dibo Nacer Hindo, afirma que o tributo é ilegal porque a lei que o criou não previu as alíquotas, ou seja, não indicou os valores a serem pagos.
Em virtude disso, o prefeito André Puccinelli precisou estabelecer esse detalhe em decreto, “o que é proibido”, conforme nota da ABCCON, apontando ainda que a determinação foi reeditada duas vezes, “trazendo inúmeras modificações ilegais”.
Outro problema apontado é que a taxa de iluminação é cobrada apenas de usuários de energia elétrica, enquanto a iluminação pública é utilizada por todos os cidadãos. “Quando isso ocorre, a Constituição e o Código Tributário Nacional exigem que a despesa seja custeada pelos impostos já existentes. No caso, o município deveria usar apenas a receita do IPTU e não criar uma nova cobrança”, resume nota oficial da associação.
A cobrança da taxa junto da conta telefônica também estaria errada, já que o cliente não pode quitar a fatura de energia elétrica sem pagar a Cosip. O caso agora está na Vara de Execuções Fiscais do Município.
Fonte:Campo Grande News