22/10/2003 15h01 – Atualizado em 22/10/2003 15h01
A instalação dos novos equipamentos de fiscalização eletrônica do trânsito terá como objetivo reduzir o número de acidentes e salvar vidas. Segundo o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), José Joaquim da Silva, esse processo será gradativo, resultado de avaliações e consultas à comunidade.
Ele lembrou que a maioria das lombadas eletrônicas em funcionamento foi instalada a pedido da comunidade e que as multas são aplicadas quanto há transgressão. A Agetran pretende realizar ainda neste ano uma ampla campanha para orientar a sociedade sobre o novo sistema de fiscalização eletrônica que será implementado na Capital.
A partir de 2004, os radares, os fotossensores e as novas lombadas eletrônicas estarão fazendo parte do cotidiano do motorista e agora também dos motociclistas. O retorno dos equipamentos tem como principal meta salvar vidas no trânsito tendo como conseqüência a mudança de comportamento do condutor.
“Queremos diminuir os acidentes de trânsito e para isso precisamos, a princípio, atuar com uma fiscalização mais rigorosa. Mudar a forma de agir do motorista requer tempo e um trabalho educativo integrado e no contexto atual verificamos que tais equipamentos ainda são necessários para coibir as infrações no trânsito”, justifica o diretor-presidente da Agetran, Jose Joaquim da Silva Filho.
Em um primeiro momento serão instalados radares e fotossensores para monitorar aproximadamente 30 faixas de trânsito e mais 89 equipamentos de detecção de velocidade (lombadas eletrônicas) que agora irão atingir também as motocicletas. De acordo com o diretor da Agetran, as estatísticas do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) são assustadoras.
No Brasil, morrem em média 300 pessoas por mês vítimas de acidentes de trânsito e mensalmente aproximadamente 1.800 pessoas são feridas em acidentes envolvendo veículos, sendo que a maior parte sofre seqüelas por resto da vida, ou seja, perda dos membros superiores ou inferiores, problemas cerebrais ou de visão. “Os exemplos estão aí para serem vistos diariamente e precisamos mudar essa realidade o mais urgente possível”, argumenta
O diretor da Agetran afirma que os estudos técnicos demonstram que os acidentes nas vias são conseqüência da imprudência, imperícia ou infração às leis do trânsito. “Todos sabemos que sinal vermelho significa parar, porém tem pessoas que insistem em desobedecer tal regra e o resultado é a multa quando há fiscalização ou infelizmente o acidente em casos extremos”, observa José Joaquim lembrando que após a retirada dos equipamentos eletrônicos o índice de acidentes no trânsito obteve um aumento significativo atestado pelas autoridades competentes de policiamento de trânsito.
Os novos radares eletrônicos não estarão somente em pontos da região central de Campo Grande, como por exemplo a rua Ceará, avenida Eduardo Elias Zarhan, Mascarenhas de Moraes e avenidas Afonso Pena e Mato Grosso A instalação também será feita em corredores de acesso aos bairros mais populosos, vias que recentemente receberam asfalto e que propiciam a alta velocidade por parte de motoristas considerados por José Joaquim pessoas irresponsáveis no trânsito. “Recebemos diariamente da população dos bairros mais afastados pedidos de instalação de mecanismos de redução da velocidade. São mandados por pessoas que perderam ou um amigo, filho, marido, esposa ou alguém muito próximo vítimas de acidente de trânsito”, garante.
Os fotossensores e os radares (Olho Vivo), segundo o diretor da Agetran, foram os grandes precursores da mudança de comportamento em Brasília. “A capital do Brasil é hoje considerada exemplo de educação no trânsito, mas para deter esse mérito passou por um processo rigoroso de fiscalização eletrônica que ainda é mantido”, exemplifica o diretor lembrando que o índice de acidentes nas vias de Brasília reduziu de forma drástica.
Em Brasília, a conscientização dos motoristas produziu um comportamento exemplar no trânsito, o pedestre ganhou respeito e atravessa na faixa de trânsito com tranqüilidade, certo de que não será atropelado por um condutor inconseqüente. “Mas essa atual situação não ocorreu automaticamente, foi resultado de um longo processo que incluiu a utilização de equipamentos que coíbem a velocidade e a transgressão às leis de trânsito associado a campanhas educativas. Estamos preparando a Capital para essa realidade”, afirma Jose Joaquim.
Fonte:Midiamax News