O evento terá apresentações de teatro, cinema, dança, circo, pintura em tela, capoeira, fotografia e música ao vivo
A SED (Secretaria de Estado de Educação), por meio do Nuac (Núcleo de Arte e Cultura), realizará nos dias 1, 2, 3 e 4 de outubro, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, a 16° Mostra Cultural das Escolas Estaduais de Mato Grosso do Sul e Festival de Música das Escolas Estaduais – MS In Concert 2024.
Neste ano, a mostra tem como temática a “Arte, Educação e Meio Ambiente – Gerando Bons Resultados com a Consciência Limpa” e promete ser uma celebração enriquecedora, unindo a criatividade dos estudantes da REE (Rede Estadual de Ensino) com a conscientização ambiental. Através de apresentações culturais, os alunos poderão expressar suas visões sobre a importância da arte como ferramenta de transformação social e ambiental.
A professora orientadora Andrea Aline Flores, da EE Profª Geni Marques Magalhães, de Ponta-Porã, ressalta a importância do projeto para os estudantes.
“É um evento especial e marcante para todos os envolvidos, a oportunidade de pisar em um palco que já recebeu grandes artistas é, sem dúvida, uma experiência transformadora. Para muitos alunos, é um momento que transcende a apresentação em si, é uma chance de vivenciar novas culturas, fazer amizades e construir memórias que ficarão para toda a vida”, afirma a professora.
Segundo Fábio Germano, gestor do Nuac, a temática de 2024 traz eixos de importância para toda comunidade escolar.
“Em tempos de crise climática, a união da arte com a educação ambiental pode não apenas informar, mas também inspirar ações concretas em prol da conservação e da recuperação de ecossistemas. Portanto, o objetivo deste trabalho é continuar a explorar essas conexões, promovendo iniciativas que incentivem a participação ativa da comunidade e gerem um impacto positivo no meio ambiente, sempre com a consciência limpa como guia”, finaliza Fábio.
O evento
A “Mostra Cultural” foi oficializada através da lei nº 3.818, de 21 de dezembro de 2009 que “dispõe sobre a inclusão da mostra cultural das escolas estaduais de mato grosso do Sul no calendário oficial de eventos do Estado” e tem como finalidade apresentar à comunidade sul-mato-grossense os exercícios artísticos produzidos pelos estudantes da rede estadual de ensino, nas formas de expressões artísticas: Artes plásticas, fotografia, teatro, circo, produção de vídeos, dança e capoeira.
O festival de Música MS In Concert por sua vez tem o objetivo de divulgar os trabalhos realizados durante o ano letivo de 2024, sob a orientação dos professores que desenvolvem projetos na área da música ou que participem do Programa: Arte e Cultura na Escola, com o intuito de valorizar a importância da arte, da música e da cultura, por meio de apresentações culturais, que reunirão as diferentes linguagens e estilos musicais, através de apresentações de orquestra, violão, canto coral e flauta doce e demais formas de expressão musical.
Cronograma
16° Mostra Cultural das Escolas Estaduais de Mato Grosso do Sul
Data: 01 a 03/10 Horário: das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h
Data: 04/10 Horário: das 7h30 às 12h
Festival de Música das Escolas Estaduais – MS In Concert 2024
Data: 01 a 03/10 Horário: das 18h às 21h
Data: 04/10 Horário: das 14h às 18h
Apoio
O projeto conta com o apoio cultural da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), da Fadeb/MS (Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica de Mato Grosso do Sul), da FEBAFAMS (Federação de Bandas e Fanfarras de Mato Grosso do Sul), da Sanesul ( Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), da Receita Federal e da Fertel (Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul).
O coordenador de Mineração da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) Eduardo Pereira, juntamente com os diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) participou, na última quarta-feira (25), do evento Diálogos Hidroviáveis, promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportações (ADECON), com empresários e entidades governamentais dos estados ligados as hidrovias.
Durante o encontro foram debatidos temas relacionados aos projetos de concessão das hidrovias do Rio Madeira e Paraguai; e a Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) da Resolução Normativa ANTAQ 13/2016. Estiveram presentes nos painéis os diretores Wilson Lima Filho, Alber Vasconcelos e Caio Farias; o superintendente de Regulação, José Renato Fialho; e a superintendente de ESG e Inovação, Cristina Castro.
O diretor Alber Vasconcelos, apresentou detalhes do andamento do projeto de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai. A expectativa é que esses documentos sejam entregues à ANTAQ, pela Infra S.A. até o final do ano. Com isso, será possível dar andamento ao projeto. O diretor lembrou que com as concessões de hidrovias será possível economizar com o transporte de cargas acabando com o preço da ineficiência.
Além disso, esses projetos geram emprego e renda, a redução do frete, a melhora no escoamento de grãos, o aumento dos corredores logísticos no país, os ganhos logísticos com a eficiência e a redução da emissão de carbono, tendo em vista que hidrovias são até cinco vezes menos poluentes que uma rodovia.
Redução na navegabilidade
O setor de transporte hidroviário no Rio Paraguai está enfrentando um período crítico devido à paralisação das atividades de navegação de cargas, interrompidas há quase um mês por causa do baixo nível das águas. Adalberto Tokarski, diretor da Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação (Adecon), destacou que a agência vinha alertando as autoridades desde julho sobre a necessidade de serviços emergenciais de dragagem.
“Empresas no Rio Paraguai estão paradas há 20 dias porque não há navegação. Se tivéssemos realizado o serviço de manutenção nesse trecho, as embarcações estariam operando, talvez com menos carga, mas ainda estariam navegando”, afirmou Tokarski durante o evento Diálogos Hidroviáveis em Brasília.
A interrupção das navegações de cargas foi comunicada pela Adecon ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia 26 de agosto. A previsão é de que as empresas em Mato Grosso do Sul, enfrentem cinco meses sem operações, o que tem levado a produção de grãos e minério de ferro a ser transferida para as rodovias.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já iniciou entendimentos com o Ibama sobre o Rio Paraguai, começando pelo Tramo Sul, que abrange os municípios de Corumbá – até a Foz do rio Apa.
O plano emergencial será implementado no Tramo Sul do Rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho, onde já foram identificados 18 pontos críticos e 15 pontos potencialmente críticos. Erick Moura, diretor aquaviário do Dnit, ressaltou os desafios enfrentados pela navegação devido à crise hídrica e a necessidade de um planejamento adequado para lidar com as questões climáticas. Moura também destacou a importância de uma gestão mais eficiente para agilizar as operações no modal hidroviário e sugeriu a criação de uma empresa pública dedicada ao setor.
O Coordenador de Mineração e Gás, da SEMADESC Eduardo Pereira, informou que anualmente são transportadas mais de 6 milhões de toneladas de cargas pelo canal, e este número deve aumentar ainda mais com ênfase no transporte de minérios de ferro e manganês de Corumbá a Nova Palmira no Uruguai.
“Está Hidrovia é fundamental para o escoamento da nossa produção mineraria, agrícola, combustível, a manutenção navegável do calado principal do rio Paraguai, e muito importante, e estamos trabalhando, o Governo do Mato Grosso do Sul, em parceria com o Governo Federal e suas coligadas para enfrentarmos juntos esta escassez hídrica”, reiterou.
Ele destaca que o Estado teve um aumento significativo de caminhões ao longo das rodovias, federal ou estadual, cerca de 1.500 bitrens diariamente. “Isso tem contribuído e muito com as condições climáticas, aumentando a emissão de CO2 em nossa atmosfera, no Amazonas e no Mato Grosso do Sul, as emissões por incêndios, neste ano, atingiram 28 milhões e 15 milhões de toneladas respectivamente, um volume recorde, segundo o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams), da União Europeia.”
A onça-pintada que recebeu o nome de Miranda, resgatada no dia 15 de agosto na região do município de mesmo nome, no Pantanal sul-mato-grossense, foi solta ontem (27), após 43 dias de tratamento e recuperação no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.
O felino passou pela última bateria de exames e curativos no Hospital Veterinário Ayty, e em seguida retornou ao seu habitat natural. Ela foi solta em uma operação complexa que envolveu médicos veterinários e biólogos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e CRAS, além da equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), PMA (Polícia Militar Ambiental), e outros profissionais parceiros.
Fotos: Imasul
Miranda agora está livre em uma área de refúgio ecológico no município que deu nome ao animal, a 236 km de Campo Grande. Com mais de 53 mil hectares de extensão, o local oferece as condições ideais para que a onça-pintada se readapte ao ambiente após 43 dias de tratamento intensivo.
“A soltura da onça Miranda cela um trabalho que começou em 2020, quando o Gretap foi instituído, e homologado em 2021. Mostra o sucesso da conexão entre as instituições. A gente vem aprimorando metodologias de busca e salvamento de animais silvestres e de reabilitação, e também de técnicas de reintrodução e monitoramento desses animais. É uma grande alegria ver esse animal reintroduzido e a importância dos diferentes profissionais e instituições que constituem o grupo. A soltura da Miranda, de volta na região de captura dela, prova que estamos no caminho certo”, afirmou a bióloga e veterinária, Paula Helena Santa Rita, representante da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) no Gretap.
Fotos: Imasul
Resgate
Pelo menos um dias antes de ser resgatada na região de Miranda, a onça-pintada – de aproximadamente dois anos – tinha sido avistada com dificuldades para andar. A operação de resgate ocorreu de forma rápida, somando praticamente 26 horas de trabalho – se iniciou às 12h50 do dia 14 de agosto e às 9h46 do dia 15 de agosto ela recebeu os primeiros atendimentos ainda no Pantanal.
Miranda foi encontrada em uma manilha, onde foi sedada pela equipe de resgate para receber os primeiros cuidados. Durante o trajeto até a Capital, ela foi monitorada para assegurar seu bem-estar, com a utilização de gelo para controle da temperatura corporal. A equipe de resgate – que envolveu profissionais do Gretap, CRAS e outros –, garantiu que todos os cuidados necessários fossem aplicados para a plena recuperação do felino.
Imediatamente o animal foi levado ao CRAS, onde passou por um extenso processo de recuperação. No Hospital Ayty, Miranda foi submetida a curativos diários, com uso de pomadas cicatrizantes e tratamentos de ozonioterapia para acelerar a cicatrização de suas patas. Além dos tratamentos médicos, a alimentação foi uma parte fundamental de sua recuperação. Com uma dieta de 3 a 5 kg de carne por dia, Miranda ganhou peso e voltou a exibir sinais de vigor, tornando-se apta a retornar à natureza.
Símbolo
Miranda tornou-se um símbolo de resiliência e esperança não apenas pela sua recuperação física, mas pela trajetória que representa a luta pela preservação da fauna brasileira. O recinto, onde ela permaneceu durante o tratamento, foi adaptado para proporcionar as melhores condições possíveis de reabilitação, garantindo seu conforto e segurança.
“Miranda é uma jovem onça-pintada, com grande potencial reprodutivo, o que nos traz esperanças de que ela possa, no futuro, contribuir para a continuidade da espécie no Pantanal”, disse a veterinária Aline Duarte, gestora do hospital e coordenadora do CRAS. A veterinária explicou ainda que as onças são mães dedicadas, e Miranda pode gerar aproximadamente dez filhotes ao longo de sua vida, desempenhando um papel crucial na preservação da biodiversidade local.
Fotos: Álvaro Rezende
Soltura
A operação de transporte envolveu uma série de procedimentos técnicos e logísticos, todos realizados com extremo cuidado e coordenação. A equipe preparou uma caixa reforçada, especialmente projetada para o transporte seguro de grandes felinos. Miranda, foi sedada antes da viagem para garantir que a viagem ocorresse sem riscos.
A veterinária Jordana Toqueto, especialista em grandes mamíferos e responsável pelo acompanhamento de Miranda desde o resgate, preparou a dosagem de sedativo cuidadosamente, observando todos os parâmetros de segurança necessários.
Enquanto isso, a equipe técnica do Imasul estava atenta a cada detalhe da preparação dos equipamentos e do veículo que faria o transporte até o Refúgio Ecológico Caiman, localizado na região pantaneira. A logística incluiu a adaptação do veículo para acomodar a jaula, garantindo que a viagem fosse tranquila para o animal. Toda a ação teve o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), PMA (Polícia Militar Ambiental) e da ong Onçafari.
Fotos: Imasul
Antes de sua libertação, Miranda foi equipada com um colar de rastreamento especial, o que permitirá monitorar sua adaptação ao novo ambiente e garantir sua segurança. O processo de análise da área de soltura foi minucioso, assegurando que o local oferecesse as melhores condições para sua readaptação.
A gestora do CRAS, Aline Duarte, esteve em contato contínuo com a equipe do refúgio, acompanhando de perto a recuperação da vegetação da área, que foi atingida por incêndios florestais no início de agosto, antes de permitir o retorno do animal. “Ver Miranda de volta ao Pantanal é uma vitória para todos nós que nos dedicamos à preservação da natureza”, disse Aline Duarte.
“A soltura de Miranda representa o fim de um ciclo de tratamento, e também o esforço contínuo de todos os envolvidos na proteção da biodiversidade do Pantanal”, disse o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
“O nosso objetivo agora é monitorá-la de perto nos próximos dias e semanas, com foco no comportamento dela. Vamos utilizar o colar VHF e os dados de GPS para acompanhar a movimentação dela com precisão. Além disso, faremos visitas presenciais no campo para avaliá-la diretamente no ambiente natural”, disse Ricardo Arraes, veterinário do Onçafari.
“Nós não tínhamos a menor estrutura para abrigar a Miranda, e também não tínhamos o conhecimento adequado para tratar queimaduras, acesso ao ozônio, laser. Então, essa parceria foi essencial para o progresso dela, que foi encontrada em péssimas condições, magra, com as patas queimadas e com proliferação de larvas. O Imasul chegou com todo o suporte e pacientemente cuidaram da Miranda, até que ela estivesse pronta para ser devolvida à natureza”, disse Lílian Elane Rampin, bióloga e coordenadora do Onçafari.
O resgate do animal, além do seu tratamento e soltura na natureza, foi parte da Operação Pantanal 2024, que, além de combater os incêndios florestais, busca proteger e resgatar animais em perigo. A operação continua em andamento, visando assegurar o equilíbrio ecológico no Pantanal.
Gustavo Escobar, Imasul e Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Depois de queda da temperatura no Estado, o tempo volta a ficar quente e seco em diferentes cidades do Mato Grosso do Sul. Na região do bolsão ainda podem ocorrer chuvas e tempestades. As temperaturas poderão chegar até 42°C.
Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), este tempo firme ocorre devido a atuação da alta pós-frontal. As temperaturas mínimas previstas ficam entre 15-17°C, enquanto que as máximas chegam a 25-32°C nas regiões sul e sudeste do Estado.
Já nas regiões sudoeste e pantaneira a mínima fica em 19°C e máxima de 36°C. No bolsão, leste e norte são esperadas mínimas de 20°C e máxima de 36°C. Para Capital a mínima será de 19°C e máxima de 33°C. Os ventos ao longo do sábado ficam entre 40-60 km/h e podem ocorrer rajadas acima de 60 km/h durante o final de semana.
Quantia representa a 5ª maior apreensão realizada pela PRF em sua história; de acordo com o motorista, o material seria levado para o Rio Grande do Sul
Equipe de policiais realizava fiscalização indicada por análise de risco da inteligência, momento em que abordaram um caminhão com dois semirreboques atrelados. A ação ocorreu no âmbito de investigações sobre roubo de cargas, desencadeadas em conjunto com o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados (MS). Durante vistoria no compartimento de carga, os agentes localizaram uma enorme quantidade de maconha escondida em meio ao carregamento de milho. No total, 28.280 quilos da droga. Além de ser a maior quantidade interceptada no ano, o montante é a 5ª maior apreensão da história da PRF.
O motorista afirmou aos policiais ter recebido a maconha em Ponta Porã e que deveria entregá-la no Rio Grande do Sul. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à polícia judiciária. A ação contou também com o apoio logístico do Exército Brasileiro em Amambai, através da 4ª brigada de cavalaria.
A Conferência da ONU para a Biodiversidade (COP15) realizada em dezembro de 2022 em Montreal, Canadá, estabeleceu 23 metas globais a serem cumpridas até 2030 e quatro objetivos que precisam ser concretizados ainda na primeira metade do século por todas as nações. O Brasil está entre os mais de 200 países que concordaram em perseguir essas metas e objetivos, com objetivo de proteger e restaurar a natureza, garantindo seu uso sustentável e estimulando uma economia global verde.
O Marco Kunming-Montreal, como é conhecido o conjunto de metas e objetivos traçados durante a COP15, foi tema de Seminário realizado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Abema (Associação Brasileira de Entidades Ambientais), nessa quinta-feira (26), em Campo Grande. Pesquisadores apresentaram estudos que mostram a situação das áreas úmidas, da biodiversidade e dos recursos hídricos de Mato Grosso do Sul e das regiões circunvizinhas, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de medidas e políticas públicas no sentido de buscar atingir as metas e objetivos propostos na COP15.
Entre as 23 metas globais acordadas durante a COP15 estão: proteção de 30% da biodiversidade e das funções dos ecossistemas do Planeta; anular a perda de áreas de alta importância para a biodiversidade, incluindo ecossistemas de alta integridade ecológica, como é o caso do Pantanal; restauração de 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados; interrupção da extinção de espécies ameaçadas induzida pelo homem; uso, colheita e comércio de espécies silvestres sustentáveis, seguros e legais.
O cumprimento dessas metas até 2030 seria capaz de levar o Planeta a atingir pelo menos quatro objetivos globais ambiciosos, que são: manutenção, melhoria ou restauração da integridade, conectividade e resiliência de todos os ecossistemas, incluindo a interrupção da extinção induzida pelo homem e a manutenção da diversidade genética; uso sustentável da biodiversidade; compartilhamento justo e equitativo de benefícios associados ao uso de recursos da natureza e proteção do conhecimento das comunidades tradicionais e indígenas; e a garantia de que recursos financeiros, técnicos e conhecimento científico destinados à implementação de ações cheguem onde são necessários.
Seminário
O 1° Seminário Estadual sobre Áreas Úmidas no Contexto Kunming-Montreal reuniu no auditório LivingLab do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) dezenas de especialistas e interessados na temática, tendo sido também foi transmitido pelo Youtube, em que chegou a atingir 243 visualizações. O secretário executivo de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Falcette, fez a abertura destacando a importância do debate para subsidiar o poder público e a sociedade na tomada de decisões assertivas e eficientes, diante do quadro de alterações graves nas condições climáticas que interferem diretamente na dinâmica dos ecossistemas das áreas úmidas.
Fotos: Mairinco de Pauda
A seguir, cinco palestrantes trouxeram suas contribuições para o tema: os professores doutores Arnildo Pott, Sylvia Torrecilha, Verônica Maioli, Fábio de Oliveira Roque e Paulo de Tarso. Pott traçou um panorama da situação das áreas úmidas presentes no Estado, citando as fitofisionomias dessas áreas e da biodiversidade que abrigam. Torrecilha detalhou os acordos firmados na COP15 e as ações que Mato Grosso do Sul já tem adotado e que estão sendo desenvolvidas nesse sentido.
Citou como exemplos a implantação do PSA (Programa de Serviços Ambientais) Usos Múltiplos Rios Cênicos, que recompensa ações de sustentabilidade adotadas por proprietários rurais estabelecidos nas bacias dos rios Prata, Formoso, Salobra e Bertione. Também o inventário climático de emissões dos GEEs (Gases causadores do Efeito Estufa) por todas as atividades econômicas e o PSA específico para o Pantanal que está em elaboração. “Mato Grosso do Sul tem papel precursor e de liderança nesse processo”, assegurou Torrecilha.
Verônica Maioli apresentou estudos que mostram as condições das áreas que concentram as cabeceiras dos principais cursos d´água que correm para o Pantanal e que revelam graus preocupantes de degradação, demandando um esforço ampliado para recuperação. Já Fábio Roque centrou-se nas potencialidades ambientais e econômicas da região e afirmou que, apesar da quantidade razoável de estudos científicos sobre o tema, ainda faltam conexões dos aspectos econômicos, sociais e da biodiversidade locais com iniciativas e políticas públicas.
O último palestrante, Paulo de Tarso, apresentou o vínculo entre água, energia e alimentos que reconhece as interconexões entre os sistemas hídrico, energético e alimentar como uma estratégia integrada que seja eficiente e sustentável, propondo que isto ocorra dentro de processos de governança. Trouxe um panorama da situação dos recursos hídricos, revelando problemas e apontando medidas capazes de mitiga-los. Tarso demonstrou estudo que revela a interconexão entre os rios e os aquíferos e a importância do manejo adequado do uso e cobertura da terra para a manutenção dos serviços ecossistêmicos providos pelas áreas úmidas.
Fazendo uma síntese das discussões, o secretário executivo Artur Falcette afirmou que o seminário forneceu subsídios técnicos e científicos para que as iniciativas e políticas públicas possam ser conduzidas de forma mais assertivas, “frente às metas ambiciosas e desafiadores no combate a perda de biodiversidade, das funções ecológicas e dos serviços ecossistêmicos”.
A Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) divulgou uma nova resolução no DOE/MS (Diário Oficial Eletrônico) da última sexta-feira (27), destacando importantes atualizações sobre o Programa MS Supera – Fase “E”. A Resolução n. 64 confirma que as 2 mil vagas do programa foram completamente preenchidas.
Ainda assim, o processo seletivo mantém um cadastro de reserva composto por 385 candidatos. Esses candidatos poderão ser convocados até 28 de fevereiro de 2025. Além disso, a resolução informa o desligamento de 20 beneficiários do programa, seja por desistência, conclusão de curso, a pedido ou por descumprimento das regras de permanência.
Convocação dos substitutos
Diante dessas novas vagas, a Secretaria convoca os 20 primeiros candidatos do cadastro de reserva, que terão até o dia 2 de outubro de 2024 para assinar o Termo de Concessão do Benefício. O documento já está disponível no sistema MS Supera no site www.sead.ms.gov.br bem como a relação dos estudantes convocados.
Os convocados deverão acessar a página, baixar o termo, assiná-lo preferencialmente através da ferramenta de assinatura digital GOV.BR, e reenviar o documento devidamente assinado. Caso o estudante seja menor de idade, os pais ou responsáveis legais também deverão assinar o termo.
Procedimentos e prazo
Candidatos que não completarem o processo corretamente dentro do prazo estipulado serão considerados desistentes, e suas vagas serão oferecidas a outros estudantes do cadastro de reserva.
O pagamento do benefício será realizado diretamente na conta bancária do beneficiário por meio de transferência instantânea (PIX). O primeiro pagamento será efetuado em até cinco dias úteis após a conclusão da assinatura do termo, e os seguintes pagamentos ocorrerão até o dia 10 de cada mês.
A Sead reforça que é responsabilidade do estudante conferir o número da chave PIX inserido no Termo de Concessão do Benefício, garantindo o recebimento correto dos valores.
MS Supera
O programa MS Supera tem como objetivo principal conceder benefício social no valor de um salário mínimo a estudantes de baixa renda, de cursos de educação profissional técnica de nível médio ou universitários de instituições públicas ou privadas, visando a estimular a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, em especial os indígenas, nos cursos universitários e de educação profissional técnica e reduzir a evasão escolar.
Dúvidas sobre o programa podem ser sanadas pelo telefone 3314-4848 ou ainda pelo e-mail [email protected]
A captura de animais silvestres, apesar de parecer uma tarefa simples, exige cuidados especializados e envolve riscos consideráveis tanto para os animais quanto para os resgatadores. O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), por meio do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), reforça a importância de não serem realizados resgates por conta própria. Além do risco de estressar o animal, manuseá-los sem o treinamento adequado pode resultar em acidentes graves.
Cada resgate é único e os métodos de captura variam de acordo com a espécie e o estado em que o animal é encontrado, especialmente em áreas urbanas, onde o comportamento dos animais pode ser imprevisível devido ao estresse. Sendo assim, a recomendação é que a PMA (Polícia Militar Ambiental) seja acionada assim que o animal seja encontrado.
A equipe de resgate deve estar organizada e cada membro precisa conhecer bem sua função durante a operação, especialmente em áreas urbanas, onde o controle da situação é mais complexo. O uso de puçás e cambões é comum para espécies menores ou em boas condições, mas, em situações mais delicadas, como quando o animal está ferido ou agitado, pode ser necessário recorrer à sedação com zarabatanas ou rifles de dardos anestésicos.
O Imasul também destaca a importância de a população local colaborar, evitando falar alto ou fazer ruídos excessivos que possam desorientar os animais e dificultar o trabalho de captura. O silêncio e o respeito ao espaço de operação são fundamentais para garantir a segurança de todos os envolvidos.
“Quando falamos de resgates em áreas urbanas, a colaboração da população local também faz uma grande diferença. É importante que as pessoas entendam o papel que têm nesse momento e evitem comportamentos que possam atrapalhar o trabalho, como falar alto ou fazer barulhos excessivos. O silêncio e a calma ajudam a diminuir o estresse do animal, permitindo que a equipe trabalhe de forma mais eficaz e segura”, explicou a médica veterinária Jordana Torqueto.
Fotos: Imasul
Cuidados
Após a captura, os animais são encaminhados ao CRAS, onde passam por uma avaliação veterinária completa. O CRAS é uma unidade especializada que conta com infraestrutura para tratar, reabilitar e devolver os animais à natureza sempre que possível.
Em situações emergenciais, como em épocas de incêndios florestais, pontos de triagem temporários são montados para que os animais recebam os primeiros socorros antes de serem transportados ao centro.
Durante o período de recuperação, os animais permanecem sob vigilância constante. Aqueles que respondem bem aos tratamentos são transferidos para recintos maiores, onde passam por um processo de reabilitação focado na preparação para o retorno ao habitat natural. Quando a reintrodução não é viável, o CRAS busca alternativas, como o encaminhamento para zoológicos ou criadouros autorizados.
O trabalho do CRAS é vital para a preservação da fauna de Mato Grosso do Sul, oferecendo uma segunda chance para animais que sofreram acidentes, queimaduras ou foram vítimas do tráfico ilegal. Entre as principais causas que levam os animais ao centro estão atropelamentos, colisões com vidraças e os frequentes incêndios florestais.
Mamíferos atropelados, por exemplo, muitas vezes chegam em estado crítico, necessitando de intervenções cirúrgicas para sobreviver.
Parcerias
O Imasul atua em conjunto com o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), coordenando as ações de resgate e aplicando protocolos técnicos que garantem segurança e eficiência no manejo dos animais. Vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o Gretap é um dos principais parceiros do Imasul na preservação da fauna local.
Além do Gretap, o Imasul conta com o apoio fundamental da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, que fornecem suporte nas operações de captura de animais silvestres vítimas de incêndios, tráfico e outros acidentes.
A cooperação entre essas instituições é essencial para garantir que os resgates sejam conduzidos de maneira segura e eficiente, preservando a biodiversidade e os ecossistemas da região. A preservação da fauna depende de esforços conjuntos, e o trabalho do CRAS, em parceria com outras instituições, desempenha um papel essencial na reabilitação e proteção dos animais silvestres do Estado.
O Programa de Estágio do Governo de Mato Grosso do Sul está em processo de transição administrativa e parceria conveniada. A partir de janeiro de 2025, a iniciativa, que atualmente conta com a participação da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), em parceria com Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) e com as instituições de ensino UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), será gerida pela SAD (Secretaria de Estado de Administração), sob a coordenação da Escolagov (Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul).
Até dezembro de 2024, a gestão do programa permanecerá na Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica), sob a coordenação da Segem (Secretaria-Executiva de Estratégica e Municipalismo). Após esse período, o Governo do Estado assumirá integralmente a gestão administrativa e estratégica.
O secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Castro Nogueira explica que a mudança de gestão não afetará a qualidade do programa. “Os objetivos estratégicos e os processos definidos continuarão em andamento, e os estagiários lotados nas unidades gestoras estaduais permanecerão com suas contratações vigentes, mesmo após a transição de gestão”, afirmou.
A equipe de produção do Programa de Estágio do Governo de MS já está instalada na sede da Escolagov atendendo gestores e estagiários e organizando a transição para garantir a continuidade do programa.
Sob nova direção, novas parcerias serão anunciadas e há possibilidade de aumentar o número de vagas de estágio nos próximos anos. “Isso representa uma excelente oportunidade tanto para os jovens ingressarem no mercado de trabalho, quanto para o Estado contar com mão de obra qualificada. Isso revitaliza a administração pública e gera resultados positivos”, acrescentou Thaner.
Programa de Estágio do Governo de MS
O Programa de Estágio Supervisionado e Capacitação Técnica é uma iniciativa do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundect e Segov, em parceria com a UFMS, UEMS e Fapec. É coordenado pela Segem (Secretaria-executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo). Participam do Programa acadêmicos da UFMS, UEMS, UCDB, IFMS, Uniderp e UFGD.
O objetivo é proporcionar experiência aos jovens acadêmicos de cursos de graduação do Estado, oferecendo formação na área de gestão e administração pública, aplicadas às várias atuações e frentes políticas e governamentais, bem como formação aos gestores estaduais que recebem os estagiários em suas respectivas pastas.
A carga horária do estágio é de 30 horas semanais, com seis horas diárias de atividades. É ofertado uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.100,00 e seguro, além de auxílio-transporte, no valor de R$ 200. A duração do estágio é de 12 meses, podendo ser prorrogada pelo mesmo período.
Depois de queda da temperatura no Estado, o tempo volta a ficar quente e seco em diferentes cidades do Mato Grosso do Sul. Na região do bolsão ainda podem ocorrer chuvas e tempestades. As temperaturas poderão chegar até 42°C.
Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), este tempo firme ocorre devido a atuação da alta pós-frontal. As temperaturas mínimas previstas ficam entre 15-17°C, enquanto que as máximas chegam a 25-32°C nas regiões sul e sudeste do Estado.
Já nas regiões sudoeste e pantaneira a mínima fica em 19°C e máxima de 36°C. No bolsão, leste e norte são esperadas mínimas de 20°C e máxima de 36°C. Para Capital a mínima será de 19°C e máxima de 33°C. Os ventos ao longo do sábado ficam entre 40-60 km/h e podem ocorrer rajadas acima de 60 km/h durante o final de semana.
Neste ano, a Bahia notificou seis casos de botulismo, uma grave doença causada pela ingestão de alimentos contaminados. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado informou a CNN, cinco dos casos foram confirmados e um está em investigação, resultando em duas mortes.
Uma investigação epidemiológica revelou que quatro dos cinco pacientes diagnosticados consumiram mortadela de frango no dia anterior ao surgimento dos sintomas. Os casos confirmados ocorreram nas cidades de Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Salvador e Cícero Dantas.
Atualmente, três pacientes permanecem internados no Instituto Couto Maia, em Salvador, enquanto um já recebeu alta. As duas fatalidades ocorreram, uma em Campo Formoso e outra na capital baiana.
O botulismo é caracterizado por paralisia flácida aguda, afetando os motoneurônios do sistema nervoso central, e apresenta sintomas como visão turva e boca seca. Entre 2014 e 2023, o estado registrou 16 casos suspeitos da doença, com três confirmações por critérios clínico-epidemiológicos, sendo um caso em 2019 e dois em 2023, nas Macrorregiões de Saúde Sudoeste e Centro-Leste.
O governador Eduardo Riedel participou nesta sexta-feira (27) da abertura do Simpósio sobre os 45 anos da regularização da profissão de “Biólogo” no Brasil. Durante o evento destacou que o Estado tem uma política de preservação da biodiversidade e a busca por neutralizar as emissões de carbono até 2030.
“Construímos um planejamento estratégico para Mato Grosso do Sul, que tem quatro diretrizes: prosperidade, tecnologia, verde e inclusivo. Na vertente do verde buscamos neutralizar as emissões de carbono até 2030 em todas as atividades do Estado, com a preservação da nossa biodiversidade, atrelado a economia. Este cenário está transformando nosso Estado”, afirmou o governador.
Biólogo por formação, o governador Eduardo Riedel aproveitou o evento para contar sua história na profissão. “Era apaixonado por genética desde criança, foi quando decidi fazer o curso de Biologia na universidade. Fiz mestrado na área de zootecnia e melhoramento genético animal para produção e ao assumir os negócios da família, muito da evolução foi em função dos princípios desta formação, não apenas o respeito a vida, mas a necessidade de se estudar, buscar informação e conhecimento”.
O governador foi inclusive um dos 20 nomes homenageados durante o evento, que reconheceu personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia e a regulamentação da profissão.
Realizado no auditório do Bioparque Pantanal, o simpósio “O Biólogo e os 45 Anos de Regulamentação da Profissão” tem como objetivo destacar a importância da atuação desses profissionais na preservação e conservação da vida. Além das homenagens, o evento contará com a presença de autoridades políticas e acadêmicas que se reunirão para debaterem os avanços e desafios enfrentados pelos biólogos ao longo dos anos.
O simpósio é promovido pelo Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (SP, MT, MS), com apoio do Bioparque Pantanal.
“A profissão de bióloga é a que vai garantir o futuro do nosso planeta. De uma conservação e um meio ambiente adequado. Porque se a gente não tiver um bio saudável, oceano limpo, não vai ter chuva por exemplo no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Pensar na conservação do meio ambiente para garantir a vida humana na Terra. Precisamos cuidar da nossa casa, para garantir o nosso futuro”, afirmou André Camille Dias, presidente do Conselho Regional de Biologia.
Ele inclusive destacou que a biologia tem muito a contribuir com o Pantanal. “Este ecossistema está sofrendo muito nos dias de hoje, a biologia vai ser fundamental para conseguirmos obter respostas e ter enfrentamentos mais adequados. Trazer soluções, conciliar o desenvolvimento nacional, observando as técnicas e tecnologias modernas, que preservação nosso patrimônio ambiental”.
Um eleitor anônimo de Ribas do Rio Pardo gravou um vídeo de 1 minuto e 48 segundos, denunciando a presença de bebidas alcoólicas no Comitê Central do PT, onde ocorre a campanha de reeleição de João Alfredo Danieze e vereadores do PT e União Brasil.
Conforme o site Rio Pardo News, o vídeo, registrado na noite de quarta-feira (25), mostra um servidor público em cargo comissionado, com uma lata de bebida na mão, distribuindo as latas para pessoas que estavam do lado de fora do comitê.
Nas imagens, o funcionário é visto abrindo uma caixa térmica dentro do comitê e oferecendo bebidas a outros jovens na calçada. O som alto também é notável, apesar de a legislação eleitoral permitir o uso moderado de som até às 22h. O vídeo foi gravado às 23h45.
O eleitor, que enviou o vídeo ao Rio Pardo News, classificou a situação como “vergonhosa” e questionou a legalidade do consumo de álcool em um local dedicado à prática política. O coordenador de campanha Nizael Flores foi contatado via WhatsApp para comentar a denúncia, mas não respondeu até o fechamento da matéria. O Rio Pardo News também encaminhou a denúncia ao TSE por meio do aplicativo Pardal.
Um temporal que atingiu Bataguassu, a cerca de 310 quilômetros de Campo Grande, destelhou 85% das instalações da Refricon na última quinta-feira (26). Conforme o site Campo Grande News, a combinação de chuvas intensas e fortes ventos causou danos estimados em aproximadamente R$ 300 mil.
O gerente da indústria, Daniel Palo, informou que esta é a terceira vez que a fábrica sofre com vendavais desde 2022. “Estamos parados até a próxima quinta-feira, quando esperamos concluir os reparos”, afirmou.
O vendaval começou por volta das 17h30, já sem funcionários na empresa. Daniel, que estava em casa, recebeu a notícia do incidente e acionou o Corpo de Bombeiros, que fez um relatório fotográfico e de inspeção.
Além das telhas, três equipamentos eletrônicos também foram danificados. O Inmet registrou 34,8 milímetros de chuva no município.
O ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo em apoio à candidatura de Capitão Alberto Neto (PL) e da Professora Maria do Carmo (Novo) para a Prefeitura de Manaus (AM), convocando a população a comparecer ao evento que acontecerá no próximo sábado, 28 de setembro.
Conforme o site Em Tempo, o convite foi compartilhado nas redes sociais do candidato do PL nesta quinta-feira (26), onde Bolsonaro aparece ao lado do influenciador de direita Thiago Gouvea, conhecido por suas imitações de cowboy americano.
“Realizaremos uma grande carreata com o nosso capitão Alberto Neto, que será prefeito dessa cidade. E depois, um grande evento. Compareçam! Agradeço antecipadamente todo esse carinho de vocês. Um abraço a todos. Até sábado, às 9h da manhã, em Manaus”, afirmou Bolsonaro no vídeo.
A visita do ex-presidente a Manaus é vista como uma estratégia para impulsionar a campanha de Alberto Neto, que incluirá uma “motocarreata” com apoiadores. O evento começará na Loja Havan, localizada na Avenida das Torres, e seguirá até a Rua Jornalista Flaviano Limongi, atrás da Arena da Amazônia, onde ocorrerá um grande evento da direita a partir das 10h.
Segundo uma pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira (25), o candidato Capitão Alberto Neto aparece em segundo lugar com 22,3% das intenções de voto. No entanto, a pesquisa simulou cenários de segundo turno onde David Almeida (Avante) seria reeleito em ambos, com 41% das intenções de voto, seja contra Alberto Neto ou Amon Mandel (Cidadania).
A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), informa que, durante uma operação de limpeza realizada nesta semana no entorno da Segunda Lagoa, foram encontrados filhotes de sucuri. A ação, que visava à limpeza das lagoas de contenção de água da chuva, retirada de lixo e manutenção dos barrancos, revelou a presença desses animais, reforçando a necessidade de cautela por parte da população.
A SEMEA alerta a comunidade sobre os riscos de entrar nas águas das três lagoas da cidade. Além do perigo de contaminação por doenças, a presença de animais peçonhentos e predadores, como as sucuris, representa uma ameaça significativa. Onde há filhotes, é provável que existam cobras maiores, possivelmente os pais da ninhada.
Vale lembrar que não foi possível fazer a captura dos animais, logo, eles permanecem no lago, assim como, possivelmente, cobras maiores que as encontradas, que mediam cerca de 70 centímetros de comprimento.
O alerta foi reforçado após um incidente ocorrido na tarde desta sexta-feira, 27 de setembro, quando uma criança foi flagrada nadando nas águas da Segunda Lagoa, apesar das placas de aviso sobre os riscos e a proibição, bem como dos constantes alertas e apelos feitos aos responsáveis legais e à população em geral.
A Prefeitura de Três Lagoas pede a colaboração de todos para evitar acidentes e garantir a segurança de todos os cidadãos. A SEMEA continuará monitorando a área e realizando ações de conscientização para prevenir novos incidentes.
Na última quarta-feira (25), um morador de Ribas do Rio Pardo registrou um boletim de ocorrência após seu cachorro ser atacado por dois cães da raça Pitbull que haviam saído de uma residência. Conforme o site Água Clara MS, o incidente ocorreu no cruzamento das ruas Joaquim Francisco Lopes e Camilo Martins Vieira.
Segundo o relato do proprietário, seu cachorro sofreu vários ferimentos e precisou de atendimento veterinário. Ele também informou que vizinhos do tutor dos Pitbulls alegaram que os cães frequentemente ficam soltos e já haviam atacado outros animais anteriormente.
Preocupado com a segurança de seu pet e de outros animais, o morador compareceu à Delegacia de Ribas do Rio Pardo solicitando que as providências necessárias sejam tomadas.
Com a criação de 1.975 empregos formais, Mato Grosso do Sul registrou saldo positivo de trabalho em agosto. O número de admissões superou o de demissões, com 34.376 contratações e 32.401 desligamentos, resultado que sinaliza um crescimento maior do emprego comparado ao mês de julho.
Os dados são do levantamento do Observatório do Trabalho de MS, elaborado pela Coordenadoria de Economia da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul).
O Estado ficou na 15ª posição entre as unidades federativas com maior crescimento de postos de trabalho formais no acumulado do ano (janeiro a agosto) em relação a variação relativa. O MS ficou na 17ª posição entre as unidades federativas com maior saldo de novos postos de trabalho formais no ano.
A maioria dos setores de atividades econômicas teve um desempenho positivo em agosto de 2024. O destaque ficou com o setor de serviços (1.288), seguido pelo setor da indústria (752), comércio (594) e por fim na agropecuária (44). Na Indústria, o subsetor Indústrias de Transformação apresentou o maior crescimento entre os demais, com um saldo na geração de (692) postos.
Entre os subsetores dos Serviços houve destaque positivo para o setor Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (484). O segmento de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas admitiu 594 novos postos de trabalho.
Setor industrial foi o segundo em geração de vagas no mês passado no Estado (Foto: Mairinco de Pauda)
Campo Grande liderou os municípios com maior saldo de empregos no Estado (743), logo em seguida aparecem Dourados (397) e Inocência (306). Por outro lado, os municípios que mais fecharam postos foram Ribas do Rio Pardo (-498), Água Clara (-76) e Caarapó (-70).
Desafios
O saldo de novos postos com ensino médio completo teve o maior número de 1.106 empregos. O ensino superior completo teve um saldo positivo de 195, o superior incompleto registrou (142); ensino médio incompleto (592); fundamental incompleto (32).
Na avaliação do secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc, o resultado positivo também traz inúmeros desafios em termos do processo de qualificação de mão de obra para o Governo do Estado.
“O primeiro, é que estamos em um amplo processo de qualificação, mas não temos encontrado são pessoas disponíveis para qualificação. Por outro lado, continuamos através da Funtrab, tendo mais de 20 mil vagas diariamente abertas em todas as áreas do Estado, que não são supridas em função da falta de pessoal ou da falta de perfil desses candidatos para o mercado de trabalho. Então hoje nós praticamente não temos mais disponibilidade de trabalhadores e temos uma demanda por mão de obra crescente no Mato Grosso do Sul”, analisou o secretário.
Diante deste cenário Verruck enfatiza a importância da continuidade das políticas públicas de qualificação profissional.
“É importante a gente continuar com este crescente de oferta, continuar a investir na qualificação profissional, de forma a atender estas vagas com melhoria salarial. O cenário já começa a indicar claramente um avanço e uma pressão em termos de melhoria salarial em função da falta de disponibilidade de mão de obra”, finalizou.
Não tem como a resposta ser taxativa: depende. O impacto das plantações de eucalipto e pínus no meio ambiente pode ser positivo ou negativo, segundo especialistas ouvidos pela Agência Senado, a depender de como e onde as árvores são cultivadas.
Quando a técnica e o local são apropriados, os cultivos florestais produzem relativamente poucos impactos negativos e podem até mesmo ter efeitos positivos. Recuperam áreas degradadas de pastagem, capturam carbono da atmosfera e protegem a fauna do entorno.
Por outro lado, quando a técnica e o local são inadequados, os efeitos ambientais podem ser devastadores. As plantações florestais corroem o bioma nativo, prejudicam a fauna e comprometem a disponibilidade de água.
O eucalipto e o pínus são cultivados em escala industrial em diferentes regiões do Brasil para a extração de celulose e madeira e a produção de papel, embalagens, móveis, pisos, painéis e carvão vegetal, por exemplo.
As duas árvores são espécies exóticas, isto é, não são brasileiras. O eucalipto é nativo da Oceania. O pínus, um tipo de pinheiro, vem das Américas do Norte e Central.
A opção por essas espécies estrangeiras se explica pelo fato de crescerem com rapidez e alcançarem alturas notáveis. Nesses quesitos, as árvores nativas do Brasil não conseguem competir. O eucalipto atinge 40 metros de altura e leva sete anos para chegar ao ponto de corte.
Nos últimos meses, esse setor produtivo ganhou dois grandes incentivos. Em março, o Ministério da Agricultura lançou uma versão atualizada do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas, com medidas para ampliar os cultivos no Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou do evento de lançamento ao lado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Em maio, o Senado e a Câmara aprovaram e, em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma lei que retirou as plantações florestais da lista de atividades econômicas com potencial poluidor (Lei 14.876, de 2024). Com a medida, a burocracia se reduziu e as empresas de silvicultura não precisam mais pagar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.
Muitos especialistas condenam o uso da palavra “floresta” para se referir a essas plantações. A floresta propriamente dita, afirmam eles, compõe-se de inúmeras espécies de árvores e outras plantas, o que cria o habitat ideal para uma variedade de animais.
A plantação florestal, em vez disso, é um ambiente homogêneo, composto de uma única espécie. Ou seja, não oferece as condições necessárias para o desenvolvimento da fauna ou de uma flora associada. É uma lavoura destinada à exploração comercial, não muito diferente da monocultura da soja, do milho ou da cana-de-açúcar.
Por essa razão, para entender o impacto das plantações florestais no meio ambiente, a comparação não deve ser com florestas nativas. As florestas, claro, sempre serão ambientalmente melhores que os cultivos florestais.
“As plantações florestais podem ser comparadas com os demais cultivos agrícolas. E nessa comparação, as plantações florestais têm uma série de vantagens ambientais”, diz o engenheiro agrônomo e florestal Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, do Ministério da Agricultura).
O eucalipto e o pínus normalmente são plantados em áreas de pastagem degradada. Mais especificamente, em terras que na origem eram florestas nativas, em seguida foram derrubadas para dar lugar ao pasto e no fim, em consequências de técnicas agropecuárias equivocadas, se deterioraram ao ponto de ficarem imprestáveis para o próprio gado e a lavoura.
“As plantações florestais, diferentemente de outras plantações, conseguem crescer em terrenos arenosos e pobres e auxiliam na restauração ambiental com os seus galhos, folhas e raízes, que incorporam matéria orgânica ao solo”, explica Oliveira. “Além disso, as árvores retiram do ar e armazenam o dióxido de carbono [gás do efeito estufa que contribui com as mudanças climáticas], serviço ambiental que a pastagem degradada praticamente não faz. As plantações florestais, por essas razões, dão uma contribuição fantástica ao meio ambiente.”
Há mais vantagens. Os cultivos florestais se desenvolvem em terrenos bastante íngremes e consomem bem menos agrotóxicos do que as demais lavouras. De acordo com o pesquisador da Embrapa, o setor responde por apenas 0,04% dos defensivos agrícolas utilizados por todo o agronegócio brasileiro. Além disso, passam-se muitos anos sem que haja colheita nem replantio.
Da mesma forma que qualquer empreendimento rural, as plantações de eucalipto e pínus são obrigadas pelo Código Florestal (Lei 12.651, de 2012) a destinar uma parcela da terra à conservação ambiental, e não à exploração, por meio de reservas legais e áreas de preservação permanente.
O engenheiro agrônomo Pedro Brancalion, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a silvicultura é o setor do agronegócio que mais respeita as leis ambientais:
“O setor de celulose, papel e madeira é muito vigiado. Esses produtos não podem ser exportados se não tiverem uma série de certificações ambientais. Diante de tamanha pressão, o setor, no geral, cumpre a legislação. As propriedades quase sempre têm vegetação nativa, tanto conservada quanto em restauração, ao lado dos eucaliptos ou dos pínus. Os níveis de vegetação protegida são os maiores do agronegócio.”
Segundo Brancalion, as plantações florestais permitem o deslocamento de algumas espécies de animais silvestres entre um fragmento de floresta nativa e outro. Ele destaca o muriqui (tipo de macaco) e o lobo-guará entre os animais que fazem uso dos “corredores” de eucalipto no interior do estado de São Paulo.
Ele continua:
“Costuma-se ter uma visão negativa dos cultivos florestais, chamados de desertos verdes, mas permissiva em relação aos pastos degradados. Na realidade, os verdadeiros desertos verdes são esses pastos, que estão exauridos, compactados e erodidos, assoreiam os cursos d’água e não geram benefício econômico. A pecuária é o setor mais envolvido em desmatamento. Bichos florestais evitam os campos abertos, e isso representa um risco para a sobrevivência deles. A mudança de uso do solo, de pasto degradado a plantação florestal, com frequência traz ganhos ambientais.”
A favor das plantações florestais, também está o fato de que elas aliviam a pressão sobre as florestas nativas. Para produzir móvel e papel, por exemplo, os empresários podem recorrer aos cultivos comerciais, e não à madeira extraída ilegalmente das matas. O professor da USP afirma:
“Com frequência, vemos nas mensagens de e-mail uma frase do tipo ‘proteja as árvores e não imprima esta mensagem’. Isso é uma tolice. É claro que temos que evitar o desperdício de recursos naturais, mas essas árvores foram plantadas comercialmente com o fim de ser transformadas em papel. Não se trata de árvores nativas. A produção e o consumo do papel não contribuem com a derrubada das florestas para esse fim.”
Mesmo as plantações florestais não comerciais têm o poder de proteger as matas nativas. Os pequenos cultivos de eucalipto têm sido cada vez mais utilizados por fazendeiros com o intuito de obter madeira para uso como cerca ou combustível de fogão a lenha, garantir sombra para o gado ou proteger uma lavoura convencional do vento e das altas temperaturas.
Os incêndios que se espalharam pelo Brasil nas últimas semanas afetaram florestas nativas, mas não plantações florestais. Por serem um negócio, os cultivos de eucalipto e pínus são fortemente vigiados pelas empresas de modo a impedir que as árvores sejam queimadas e o investimento e o lucro sejam comprometidos.
Plantação de pínus e Floresta Amazônica: na primeira, um único tipo de árvore; na segunda, uma infinidade de espécies. (Fotos: Geraldo Bubniak/AEN e Gilberto Soares/MMA)
O Brasil tem uma das maiores áreas de plantações comerciais de árvores do mundo. São 10,2 milhões de hectares ocupados por eucaliptos, pínus e outras espécies — o dobro da área do Distrito Federal ou a metade da área de Sergipe.
No ano passado, a cadeia produtiva florestal movimentou mais de R$ 202 bilhões brutos e respondeu por quase 1% do produto interno bruto (PIB) do Brasil, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (IBA), entidade que representa as empresas do setor.
Enquanto a maior parte do papel produzido tem o mercado interno como destino, a maior parte da celulose extraída vai para para o mercado internacional. O Brasil é o maior exportador mundial de celulose.
Os especialistas ouvidos pela Agência Senado reconhecem a importância da silvicultura para a economia brasileira, mas dizem que as autoridades não podem fechar os olhos para as plantações florestais que, feitas com técnicas ruins ou em regiões inadequadas, produzem danos ao meio ambiente.
O engenheiro agrônomo Pedro Brancalion explica que a água é o combustível que faz o eucalipto crescer rápido e chegar aos 40 metros de altura. Por isso, os produtores precisam tomar cuidados técnicos para que as plantações não consumam toda a água disponível na região, o que pode afetar o lençol freático e as nascentes.
Ele explica que, na época da seca, as árvores brasileiras se adaptam à falta de água perdendo as folhas e interrompendo o crescimento, mas os eucaliptos continuam se desenvolvendo normalmente, como se não houvesse estresse hídrico. Isso ocorre porque eles têm raízes profundas, que podem chegar ao lençol freático.
“Em termos produtivos, isso é ótimo. Em termos ambientais, é péssimo”, avalia Brancalion.
Além de esvaziar o lençol freático e as nascentes, as plantações malfeitas de eucalipto ressecam a terra, provocam erosão, empobrecem o solo e assoreiam cursos d’água.
Para mitigar o problema, ainda de acordo com ele, cidades da Bahia onde o eucalipto é uma atividade econômica importante têm aprovado leis que impõem uma área máxima do município que as plantações podem ocupar.
“Quando esse limite é atingido, as empresas não podem plantar nem um palmo mais de eucalipto”, afirma.
As plantações florestais também representam uma ameaça ao meio ambiente quando são introduzidas em biomas de vegetação rasteira, como o Pampa, o Cerrado (exceto o Cerradão, formação florestal do bioma) e os campos de altitude da Mata Atlântica.
De acordo com a engenheira florestal Ana Paula Rovedder, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os cultivos de árvores deveriam ser feitos apenas em biomas florestais:
“Não se devem fazer grandes extensões de monocultivos florestais em áreas de ecossistema campestre porque isso afeta o bioma inteiro. A flora e a fauna evoluíram nesse ambiente de muita luz e vento intenso ao longo de milhares de anos. As plantações florestais criam sombra e modificam a dinâmica de circulação de vento. As espécies vegetais e animais, que não são adaptadas às novas condições, correm o risco de sofrer extinção local, regional e até mesmo definitiva.”
Rovedder cita como exemplo o gato-palheiro-dos-pampas. Existem hoje apenas 50 indivíduos dessa espécie, divididos entre os campos do Rio Grande do Sul, do Uruguai e da Argentina. Ela diz:
“Esse é um felino que vive, caça e se reproduz no campo. Não é um animal de mata. Se os cultivos florestais continuarem a expansão no Rio Grande do Sul, o gato-palheiro-dos-pampas vai simplesmente desaparecer. Certos répteis dos Pampas correm o mesmo risco. Como eles são responsáveis pela dispersão de sementes, espécies da flora poderão desaparecer com esses répteis. A mudança do tipo de ambiente é muito perigosa.”
A pesquisadora da UFSM afirma que as plantações florestais foram beneficiadas por uma recente alteração da legislação ambiental do Rio Grande do Sul que facilitou a introdução de lavouras nos campos do estado que antes eram exclusivos para a pastagem do gado.
“Não podemos continuar flexibilizando as leis nem as fiscalização ambiental. Estamos vendo o resultado disso com os nossos próprios olhos. Não estamos mais num tempo de mudanças climáticas. Já estamos num tempo de emergência climática.”
De acordo com o engenheiro agrônomo Valério De Patta Pillar, professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não se sustenta o argumento das empresas de silvicultura de que os campos nativos em que elas pretendem estabelecer plantações de árvores seriam pastos degradados:
“É um argumento enganoso. Os campos do Pampa e os campos de altitude da Mata Atlântica são secularmente utilizados como pastagem para o gado, mas nem por isso perdem a característica de vegetação nativa. Do ponto de vista agronômico, eles podem até ser menos produtivos do que pastagens recém-plantadas, adubadas e manejadas adequadamente. Isso, entretanto, não transforma esses campos nativos em pastos degradados.”
Pillar afirma que a população em geral ignora a importância ambiental dos campos nativos e as empresas se aproveitam disso:
“As empresas de celulose não têm coragem de propor a expansão da silvicultura sobre florestas nativas, porque sabem que a população sabe que é importante preservar as florestas e vai reagir. Mas têm coragem de avançar sobre áreas de campos nativos porque, como eles não têm matas, a população não os vê como importantes. Soma-se a isso, muitas vezes, a facilidade com que os próprios órgãos ambientais liberam a supressão de campos que deveriam ser tão protegidos quanto as florestas.”
O biólogo e geocientista Fabrício Bau Dalmas, coordenador do mestrado em análise ambiental da Universidade Guarulhos (UNG), afirma que aos poucos a imagem negativa dos eucaliptos no Brasil vem mudando:
“Na década de 1990, a maioria dos estudos científicos apontava problemas no eucalipto. Na época, o manejo era inadequado e as plantações acabavam com a disponibilidade de água. Nos últimos anos, a maioria dos estudos aponta benefícios. O setor agrícola brasileiro evoluiu muito nas últimas décadas, incluindo as plantações florestais, e a produtividade disparou. O Brasil se tornou referência para o mundo e tem condições de aumentar a produtividade do eucalipto e do pínus sem avançar sobre mais nenhuma área nova.”
Mais de duas décadas após perder o pai, assassinado com um tiro à queima-roupa, a escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, fez parte da operação da Polícia Civil de Roraima que prendeu o acusado do crime. Conforme divulgado pelo site Terra, o homem, Raimundo Alves Gomes, de 60 anos, estava foragido desde 2016 e foi preso na última quarta-feira (25) em Boa Vista (RR).
Givaldo José Vicente de Deus era pai de Gislayne e outros quatro filhos. Ele foi assassinado aos 35 anos, com um tiro à queima roupa, disparado por Raimundo, que queria cobrar uma dívida de R$ 150 em 1999. “A sensação que eu e minha família temos hoje é de que a justiça foi feita, e finalmente vamos ter paz”, declarou Gislayne.
Raimundo, o condenado, foi julgado e sentenciado em 2013 pelo Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), 14 anos após o homicídio. Ele recebeu uma pena de 12 anos de prisão, mas estava foragido desde 2016, quando teve o mandado de prisão expedido.
Na quinta-feira (26), após passar por audiência de custódia, a prisão foi mantida, e Raimundo foi encaminhado ao sistema prisional do estado. A defesa do condenado preferiu não se manifestar no momento.