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Três Lagoas
terça-feira, 26 de agosto de 2025
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Em plena luz do dia, dupla é presa por tráfico de drogas próximo à rodoviária de Três Lagoas

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Foto: Divulgação/Polícia Militar

Dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas, na tarde desta segunda-feira (7), próximo à rodoviária de Três Lagoas.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 12h de ontem (7), os policiais militares do 2º Batalhão de Polícia Militar estavam realizando o patrulhamento ostensivo e preventivo nas imediações da estação rodoviária, quando visualizaram dois indivíduos em atitude suspeita.

Os policiais, imediatamente, realizaram uma abordagem. Com o suspeito de 27 anos, os militares encontraram 1 invólucro contendo 73 gramas de maconha. Com o outro envolvido, de 39 anos, a PM encontrou 18 gramas da mesma droga.

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão aos autores e ambos foram conduzidos, juntamente com o material apreendido, até a Delegacia de Polícia para as providências legais cabíveis.

Polícia Civil prende homem por tráfico de drogas em Nova Andradina

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Foto: PCMS

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Nova Andradina prendeu, nesta terça-feira (8), um homem de 19 anos por envolvimento com o tráfico de drogas.

Com ele foram apreendidas porções de maconha e cocaína, totalizando 172 gramas de maconha e 23,2 gramas de cocaína, além de uma balança de precisão e um aparelho celular.

Todos os itens foram encaminhados à Delegacia de Polícia. Diante da situação de flagrante, o indivíduo foi conduzido para para a unidade policial, onde foi formalmente interrogado.

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar a origem dos entorpecentes e possíveis envolvidos na prática criminosa.

Com mestres, doutores e especialistas, Tecpar fortalece produção científica do Paraná

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Foto: Hedeson Alves/TECPAR

O Dia Nacional do Pesquisador Científico, celebrado nesta terça-feira (8), reconhece a importância do trabalho dos profissionais da ciência que trabalham para gerar conhecimento e desenvolver soluções para questões relevantes da sociedade. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), grande polo de pesquisa científica do Estado e conhecido historicamente como celeiro de grandes pesquisadores, tem atuado fortemente para promover a conexão entre os avanços da ciência e a aplicação das inovações tecnológicas à indústria.

Para que os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) tragam resultados efetivos, o instituto conta com um time de pesquisadores experientes e alta formação acadêmica. Atualmente, 110 dos 301 funcionários do Tecpar têm formação de mestres, doutores e pós-doutores, ou possuem alguma especialização – o que representa mais de um terço do corpo funcional.

“Os colaboradores do Tecpar são nosso maior ativo e o nosso grande diferencial em relação às demais instituições de pesquisa e desenvolvimento do país. São dezenas de profissionais que, além de liderar ou integrar projetos de pesquisa aplicada e de inovação, ajudam a fazer a ponte entre a academia e a indústria, ligando teoria à prática”, destaca o diretor Industrial da Saúde do Tecpar, Iram de Rezende.

CELEIRO DE PESQUISADORES

O Paraná possui um dos sistemas mais robustos de ciência e tecnologia do País, que é coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e conta com a participação do Tecpar em diversas iniciativas para o fortalecimento da produção científica.

Na área da saúde, por exemplo, a experiência da médica veterinária Meila Bastos de Almeida, que é mestre e doutora em Saúde Única com ênfase em diagnósticos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem sido fundamental para dar andamento aos projetos do Instituto.

Funcionária do Tecpar há 15 anos, Meila começou sua carreira como analista em biotecnologia industrial, trabalhando na produção de antígenos para kits de diagnóstico veterinário, e também atuou como gerente de biotério. Hoje ocupa uma função estratégica como assessora da Diretoria Industrial da Saúde, atuando diretamente no desenvolvimento de novos projetos voltados à saúde e estudos em biotecnologia.

Meila conta que atuou por dez anos no atendimento clínico veterinário, mas foi no Tecpar que a vontade de voltar a estudar despertou. “No laboratório onde trabalhava havia uma área dedicada à pesquisa, utilizada por muitos colaboradores que faziam pós-graduação. Isso me devolveu a vontade que já tinha lá na faculdade, mas acabou acontecendo tanta coisa que deixei de lado. Aqui no Tecpar esse desejo voltou mais forte”, pontua.

O primeiro desafio foi o mestrado na UFPR, que envolveu um estudo pioneiro sobre antígenos de brucelose produzidos no Tecpar até o ano 2017. O trabalho foi aceito no 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). “Ao final do estudo, com a utilização de nossos insumos para diagnóstico, ficou registrada a importância epidemiológica de outas espécies de animais no contexto da doença. Foi uma grande contribuição do Tecpar”, ressalta.

Em seguida ela iniciou o doutorado sobre o trabalho com animais de laboratório, mas o projeto foi interrompido devido à pandemia da Covid-19. Para não interromper os estudos, ela mudou o tema do projeto e focou na pandemia, já que coordenava o estudo clínico de um kit diagnóstico para a Covid-19, e acompanhava os estudos da Fase 4 da vacina AstraZeneca, no câmpus CIC do Tecpar.

“Estou sempre envolvida em pesquisas de saúde pública, seja em projetos para atender o Estado do Paraná ou o Ministério da Saúde. Recentemente, com o apoio do Tecpar, comecei um MBA em pesquisa clínica veterinária. Como veterinária, tenho carinho especial pelos projetos da área animal, como a transferência de tecnologia da vacina antirrábica”, observa.

Meila também integrou o grupo responsável pela pesquisa pré-clínica para o desenvolvimento de um dispositivo inovador que pode trazer mais qualidade de vida a pacientes que necessitam de hemodiálise. Esse projeto foi fruto de uma cooperação com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

VACINA CONTRA ESPOROTRICOSE 

Atualmente Meila integra um grupo de pesquisa, cujo projeto foi submetido na Fundação Araucária, que envolve o desenvolvimento de uma vacina contra esporotricose felina. Também conhecida como a “doença do jardineiro”, a esporotricose felina é uma infecção causada por fungos, considerada uma das mais graves doenças que atingem os gatos e que pode ser transmitida para humanos.

“Esse projeto é importante porque, além de ser um benefício para os felinos, ele atende a saúde pública. Esse é um problema sério que está em expansão e pode sobrecarregar o SUS, já que o diagnóstico e o tratamento são difíceis. A melhor maneira de controlar é interrompendo a doença nos animais, e a vacinação cortaria esse ciclo. Nesse projeto, quero colocar em prática o que estou estudando no MBA em Pesquisa Clínica Veterinária”, ressalta.

Para Meila, muitas pessoas não conhecem todas as atividades realizadas por médicos veterinários, incluindo a pesquisa. Segundo ela, os conhecimentos destes profissionais em farmacologia e biotecnologia são úteis em qualquer projeto de saúde pública. “Os maiores epidemiologistas que eu conheço são veterinários. Quando você fala de uma doença como a esporotricose, que é transmitida pelo gato e que está acometendo as pessoas, se percebe a importância do veterinário no controle desse problema”, afirma.

A pesquisadora destaca a importância dos investimentos do Governo do Paraná em ciência e tecnologia, especialmente no Tecpar, para que o instituto possa expandir e realizar desde obras até pesquisas de bancada. “Esse investimento do Estado em pesquisa é fundamental. Usamos esses recursos para fazer ciência e por isso o Tecpar está em expansão. Temos obras em andamento em Curitiba e em Maringá, além de uma série de projetos sendo desenvolvidos, que em breve serão executados”, enfatiza.

DATA

O Dia Nacional do Pesquisador Científico foi estabelecido por lei em 2008, em homenagem à criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocorrida no ano de 1948. A data ressalta a importância de incentivar a produção e atividade científica no país. Algumas instituições celebram na mesma data o Dia Nacional da Ciência.

De Três Lagoas para o mundo: afinal, para que serve a celulose que transforma a região?

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Você veste, come e usa celulose — sem nem perceber! Ela está nas roupas que usamos, nos alimentos que consumimos e até nos produtos do dia a dia. A celulose vai muito além do papel: é tecnologia, inovação e desenvolvimento. Descubra como ela faz parte da sua vida!

Pouco visível no cotidiano, mas essencial para a economia brasileira e presente em inúmeros produtos do dia a dia — do papel às embalagens, dos tecidos ao setor de cosméticos —, a celulose é uma das riquezas renováveis que movem o país. Extraída de florestas plantadas de eucalipto, essa matéria-prima tem sido protagonista no cenário industrial e social, principalmente em cidades do interior com forte vocação florestal, como Três Lagoas e Ribas d Rio Pardo no Mato Grosso do Sul.

Conhecida como a “Capital Mundial da Celulose”, Três Lagoas abriga gigantes do setor, como Eldorado Brasil e Suzano, que transformaram a paisagem, a economia e as oportunidades da região. A produção, que antes era centrada em atividades tradicionais, como o comércio e a pecuária, agora gira em torno de uma cadeia florestal que emprega milhares de pessoas, fomenta o comércio local e atrai investimentos em tecnologia e sustentabilidade.

A FLORESTA QUE GERA EMPREGO

De Três Lagoas para o mundo: afinal, para que serve a celulose que transforma a região?

Ao contrário do que muitos pensam, a celulose não vem de florestas nativas, mas de áreas cultivadas especificamente para esse fim, em um ciclo sustentável. O eucalipto, por exemplo, leva cerca de sete anos do plantio à colheita, sendo replantado logo após, em um modelo de produção contínuo e ambientalmente responsável.

Esse manejo florestal gera um extenso volume de empregos — desde a preparação do solo, plantio, poda, colheita, transporte até a industrialização. São trabalhadores do campo, motoristas, técnicos, operadores, engenheiros, administradores e muitos outros profissionais direta ou indiretamente ligados à cadeia da celulose.

Somente no Mato Grosso do Sul, estima-se que mais de 35 mil postos de trabalho estejam relacionados ao setor. O reflexo disso é visto no crescimento urbano, na oferta de cursos técnicos voltados à área e na ampliação da renda de centenas de famílias.

TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Engana-se quem pensa que o setor é apenas madeira e fábrica. A produção de celulose no Brasil é considerada uma das mais eficientes e sustentáveis do mundo. Empresas investem pesado em inovação, com uso de drones, sensores, inteligência artificial e manejo de precisão, garantindo o melhor aproveitamento da floresta com o menor impacto ambiental.

Além disso, os resíduos do processo industrial são reaproveitados para geração de energia ou transformados em subprodutos, como biocombustíveis, bioplásticos e tecidos biodegradáveis. A indústria também atua na preservação de nascentes, recuperação de áreas degradadas e proteção da biodiversidade.

DESENVOLVIMENTO QUE TRANSFORMA

Com a consolidação da indústria de celulose, cidades como Três Lagoas experimentaram um verdadeiro salto de desenvolvimento. Novos bairros surgiram, o comércio se expandiu, escolas técnicas passaram a oferecer capacitações voltadas ao setor e a qualidade de vida dos moradores deu um salto.

“Antes eu trabalhava como ajudante de pedreiro. Hoje sou operador de máquinas na floresta e tenho orgulho do que faço. Meu salário melhorou e consegui comprar minha casa”, conta José Pereira, morador da cidade e funcionário de uma empresa florestal há cinco anos.

CELULOSE TRANSFORMA TRÊS LAGOAS EM POLO REGIONAL

O ciclo virtuoso criado pela celulose é claro: a floresta é plantada, a madeira é processada, empregos são gerados, o município se desenvolve e o meio ambiente é respeitado. Uma equação que, mais do que econômica, se mostra socialmente transformadora.

Antes da chegada das gigantes da celulose, Três Lagoas vivia uma realidade muito diferente da atual. Além da pecuária, município sul-mato-grossense, possuía tradição industrial modesta, não figurava em projeções de crescimento tão ambiciosas quanto as que hoje sustentam sua economia. Nem nos melhores sonhos de seus moradores se imaginava que Três Lagoas se tornaria referência mundial no setor.

De Três Lagoas para o mundo: afinal, para que serve a celulose que transforma a região?
Em fevereiro de 2007, a Votorantin Celulose e Papel (VCP) anunciou o início oficial do projeto de instalação da unidade industrial (Foto: Arquivo/Perfil News)

A virada começou há aproximadamente 18 anos, quando grandes projetos de fábricas de celulose, como a VCP (atual Suzano) e a International Paper (atual Sylvamo) se instalaram na cidade. O impacto foi profundo: em poucos anos, não apenas Três Lagoas, mas toda a região leste do Estado, experimentou um salto de desenvolvimento econômico e social. Mato Grosso do Sul, hoje, ostenta posição de destaque no cenário global, sendo, se fosse um país, o décimo maior produtor de celulose do mundo.

Somente as duas maiores plantas industriais do município — Suzano e Eldorado Brasil — são responsáveis por mais de 12 mil empregos diretos. Esse contingente movimenta a economia local, sustenta famílias e impulsiona diversos setores.

DIVERSIFICAÇÃO

A cadeia produtiva criada pela celulose vai muito além das fábricas. O setor provocou uma diversificação econômica inédita na cidade. Centenas de empresas se estabeleceram para prestar serviços, fornecer peças, equipamentos e tecnologia para atender as indústrias, gerando ainda mais empregos e renda. Essa movimentação elevou a qualidade de vida da população e consolidou a cidade como centro de oportunidades.

De Três Lagoas para o mundo: afinal, para que serve a celulose que transforma a região?
A John Deere Florestal vai instalar uma unidade na avenida Olinto Mancini, em Três Lagoas (Foto: Ricardo Ojeda)

Outro legado importante é o investimento em qualificação profissional. Em parceria com o Sistema S, Suzano e Eldorado Brasil viabilizaram cursos que prepararam milhares de jovens para atuar no setor industrial, promovendo inclusão social e desenvolvimento humano.

VOCAÇÃO ECONÔMICA

Essa nova realidade consagrou Três Lagoas como a “Capital Mundial da Celulose”, status que atrai olhares de investidores de diferentes partes do Brasil e do mundo. A chegada de novos empreendimentos — como hotéis, restaurantes, postos de combustíveis e melhorias na infraestrutura — consolidou o município como polo regional. Empresas de grande porte, como a concessionária Volvo Rivesa, a divisão Florestal da John Deere, Andritz, White Martins, entre outras, também instalaram operações na cidade, reforçando a vocação econômica local.

A história recente de Três Lagoas é exemplo de como a chegada de grandes investimentos pode transformar uma cidade, gerando empregos, oportunidades e esperança para toda uma região.

PRF apreende 450 mil maços de cigarros contrabandeados em Sidrolândia

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Foto: PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 450 mil maços de cigarros contrabandeados e prendeu o homem que transportava a carga, nesta segunda-feira (07), em Sidrolândia.

A equipe de policiais rodoviários federais abordou no km 416 da BR-060, a combinação veicular Scania/R 480 A6x4, conduzido por um homem. Questionado pelos policiais, o condutor demonstrou nervosíssimo excessivo e deu respostas contraditórias às perguntas dos agentes.

Após fiscalização nos semirreboques, foram localizados aproximadamente 450.000 maços de cigarros de origem estrangeira, os quais ocupavam totalmente o compartimento de carga.

O homem foi preso em flagrante, em tese, por contrabando. Ele disse que carregou a carga de cigarros em uma fazenda no Paraguai, e que levaria o veículo até a cidade de Campo Grande.

Ocorrência encaminhada para a Polícia Federal em Campo Grande.

PRF apreende 2 toneladas de maconha em Paranaíba

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Foto: PRF

Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 2 toneladas de maconha e prendeu o homem que transportava a droga, nesta última segunda-feira (7), em Paranaíba. Os fardos da droga estavam em cima de uma carga de minério de ferro.

A equipe de policiais rodoviários federais deu ordem de parada, no km 95 da BR-158, ao veículo M.benz/Actros 2651s6x4, conduzido por um homem. Questionado pelos policiais, o condutor disse que estava levando uma carga de minério de ferro. Porém, ao ser fiscalizada, os agentes localizaram diversos fardos de maconha por cima da carga.

Questionado sobre a droga, o homem disse que levaria a droga de Campo Grande para região de Belo Horizonte (MG). Ao todo, foram apreendidos 2.036 kg de maconha. O homem foi encaminhado para a Polícia Civil de Paranaíba.

Indústria de MS já abriu mais de 8 mil vagas de trabalho entre os meses de janeiro a maio

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Foto: Divulgação

O setor industrial de Mato Grosso do Sul responsável pela abertura de 8.103 vagas entre os meses de janeiro a maio de 2025, o que representou 39% de todo o emprego formal criado no Estado nesse período. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Observatório da Indústria da Fiems.

De acordo com o estudo, as atividades com maior geração de empregos foram: construção de edifícios (+2.362), abate de bovinos (+1.081), abate de suínos (+899), fabricação de álcool (+691), obras de terraplanagem (+436), fabricação de celulose (+382), construção de rodovias (+300), montagem de estruturas metálicas (+231) e fabricação de pré-moldados de concreto (+185).

Entre os municípios, os maiores saldos foram registrados em Campo Grande (+1.729), Inocência (+1.393), Dourados (+756), São Gabriel do Oeste (+464), Aparecida do Taboado (+361), Rio Verde de Mato Grosso (+302), Naviraí (+299), Nova Alvorada do Sul (+267), Ribas do Rio Pardo (+262), Nova Andradina (+220), Batayporã (+196), Anastácio (+172), Três Lagoas (+168), Mundo Novo (+166) e Rochedo (+149).

“Dessa forma, o setor industrial encerrou o mês de maio com um contingente total superior a 166 mil trabalhadores formais diretamente empregados, sendo 120,8 mil na Indústria de Transformação, 32,9 mil na Indústria da Construção, 8,4 mil nos Serviços Industriais e 4,6 mil na Indústria Extrativa Mineral”, detalhou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.

Veículo furtado em São Paulo é recuperado pelo DOF com 1,3 tonelada de drogas em Rio Brilhante

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Foto: DOF Polícia Militar

Policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) recuperaram nesta segunda-feira (7), em Rio Brilhante, um veículo Mitsubishi Pajero com 1,3 tonelada de drogas. Na ação, ninguém foi preso.

Os militares realizavam bloqueio na MS-455, área rural do município, quando visualizaram o automóvel suspeito, momento em que foi dada ordem de parada, a qual não foi respeitada pelo motorista que empreendeu fuga.

Vídeo: DOF Polícia Militar

Durante acompanhamento, após cinco quilômetros, o condutor da Pajero abandonou o veículo e fugiu em meio a um canavial. Diligências foram feitas, mas nenhum suspeito localizado.

No interior do veículo foram encontrados 56 sacos de maconha e diversos tabletes, que totalizaram 1.300 quilos do entorpecente.

Vídeo: DOF Polícia Militar

Ao checar as placas e agregados do veículo, constatou-se registro de furto registrado na cidade de Birigui (SP) em setembro do ano passado.

A ocorrência foi registrada e entregue, juntamente com o veículo e entorpecente, na Defron (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira) em Dourados. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 2,7 milhões.

A ação envolvendo os policiais do DOF aconteceu dentro do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, parceria da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) com o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

Serviço

O DOF mantém um canal aberto direto com o cidadão para tirar dúvidas, receber reclamações e denúncias anônimas, através do telefone 0800 647-6300. Não precisa se identificar e, a ligação, será mantida em absoluto sigilo. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Siga o DOF no Instagram: @dofpmms e no Facebook: pmmsdof.

Três homens são presos por roubo, lesão corporal e receptação em Brasilândia

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Foto: PCMS

A Polícia Civil, por intermédio da delegacia de Brasilândia, com apoio da Polícia Militar, prendeu, nesta segunda-feira (7), três homens envolvidos em crimes de roubo, lesão corporal e receptação. A ação é resultado de investigação iniciada após um roubo ocorrido no último sábado, 5 de julho.

Na ocasião, uma mulher de 56 anos foi abordada em via pública por um homem armado com uma faca, que lhe roubou o celular. Em seguida a vítima foi até a delegacia para registrar a ocorrência. O autor foi identificado como sendo A.D.L, de 38 anos.

Durante buscas na residência do autor, os investigadores apreenderam a faca utilizada no crime e as roupas que ele usava no momento da prática delituosa. Ao ser interrogado, o indivíduo afirmou ter vendido o aparelho telefônico da vítima por R$ 50,00, para comprar drogas. Segundo ele, o aparelho estaria com um homem de 23 anos, identificado como A.P.M.

A.P.M. foi localizado e confessou ter repassado o celular por R$ 100,00 a P.Y.F.T, de 25 anos, proprietário de uma loja de compra e venda de eletrônicos. O aparelho foi encontrado desmontado no estabelecimento, o que indicava a intenção de revenda das peças.

P.Y.F.T. foi autuado em flagrante por receptação qualificada. Ele já havia sido preso em 2024 por tráfico de drogas, utilizando a loja como fachada para as atividades ilícitas.

Ainda durante a investigação, foi apurado que A.D.L. agrediu violentamente a esposa dele no domingo (6), causando lesões na face e possível fratura em um dos dedos dela. Por esse motivo, ele também foi autuado em flagrante por lesão corporal.

Diante do histórico criminal do indivíduo — que já possui registros por tráfico de drogas, roubos e furtos — e da conduta reiterada dos demais envolvidos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos três. 

Equipe feminina sub-17 de Três Lagoas conquista 3º lugar na XIV Copa Pantanal de Voleibol

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Foto: Prefeitura de Três Lagoas

Com muito talento em quadra, a equipe feminina sub-17 APAS/SEJUVEL de Três Lagoas conquistou o terceiro lugar na XIV Copa Pantanal Estadual de Voleibol, realizada entre os dias 3 e 6 de julho, em Campo Grande. A participação da delegação três-lagoense contou com o apoio da Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJUVEL).

Promovida pela Federação de Voleibol de Mato Grosso do Sul (FVMS), a competição reuniu 22 equipes das cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Bonito e Sidrolândia, com disputas nas categorias Sub-13 e Sub-17, nos naipes masculino e feminino.

Três Lagoas foi representada também no naipe masculino sub-17, que ficou na fase de grupos, No feminino da mesma categoria, a disputa pelo terceiro lugar foi marcada por um duelo três-lagoense: APAS/SEJUVEL enfrentou a equipe UNITRÊS, também do município, e garantiu a medalha de bronze em uma partida decidida no tie-brack, vencida por 2 sets a 1, com parciais de 18×25, 25×19 e 15×12.

O título da categoria Sub-17 feminino ficou com a equipe AE Campo Grande Vôlei, que venceu a Escola SESI por 2 sets a 1 na grande final (23×25, 25×23 e 15×09).

Com afeto e conhecimento, Universidade da Maturidade da UEMS transforma a vida de pessoas 45+ em MS

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Foto: Saul Schramm/Secom

“Eu tinha medo de ser inservível e hoje me sinto útil”, a fala de Maria Neuza dos Santos, 64 anos, pedagoga aposentada, ecoa como o de muitos que, após a aposentadoria, sentem que o tempo desacelera demais. Mas bastou conhecer a UMA (Universidade da Maturidade), da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), para que ela redescobrisse propósito, alegria e um novo olhar sobre o envelhecer.

Assim como ela, a costureira Ivanilda Bezerra, de 76 anos, também encontrou um sonho antigo dentro da universidade. “Sempre quis fazer uma faculdade. Só consegui agora. Estou feliz, realizada. Esse projeto precisa alcançar mais vidas, especialmente quem está em casa triste e solitário”.

Desde 2023, a UMA (Universidade da Maturidade) vem mostrando que nunca é tarde para aprender, nem para recomeçar. Voltada a pessoas com 45 anos ou mais, a iniciativa promove educação continuada, saúde, inclusão digital e protagonismo social por meio de aulas, oficinas, rodas de conversa e muitas trocas de experiências. Gratuito e em expansão, o projeto hoje impacta mais de 120 extensionistas ativos apenas em Campo Grande, com planos de crescer ainda mais.

Mais do que um espaço de formação, a UMA (Universidade da Maturidade) é um convite para que cada participante se reconheça como agente de mudança, dentro e fora da sala de aula.

Recomeços que inspiram

João Sidnei Penrabel, 68 anos, major da reserva do Corpo de Bombeiros, conta que a UMA (Universidade da Maturidade) virou um antídoto contra o isolamento e a tristeza. “Aqui a gente aprende, compartilha e leva isso para fora, para escolas, CCIs, CRAS. Isso muda nossa vida. Depressão, para quem está aqui, não tem espaço”.

E o que os olhos não veem nas disciplinas como saúde, tecnologia, turismo e empreendedorismo, o coração sente nas relações construídas ao longo do processo. É o que diz Carlindo, aposentado do setor bancário.

“Perdemos uma colega querida e a equipe teve a sensibilidade de trazer um psicólogo. Isso nos ajudou a lidar com a dor e mostrou que somos ouvidos, que importamos. Aqui não estamos só aprendendo, estamos sendo cuidados”.

Ele também faz questão de destacar a seriedade do projeto: “Não é um lugar que só junta velhinhos. É formação mesmo. Discutimos temas profundos, com professores qualificados. Isso mexe com a gente, nos dá ânimo e sentido”.

Acolhimento, pertencimento e tecnologia

A cada encontro, a UMA (Universidade da Maturidade) rompe com estereótipos sobre o envelhecimento. O conteúdo é transmitido com leveza, mas sem superficialidade, e está sempre conectado aos desafios do mundo atual. A inclusão digital, por exemplo, é um dos pilares do projeto.

“Antes eu vivia em casa, no meu crochê. Hoje me sinto mais feliz, ativa, transmitindo o que aprendo”, conta Jane Maria Tortorelli, de 79 anos. “Aqui somos uma família. Muito amor e muita amizade”.

Para Elba Margarita, 74, venezuelana e assistente social aposentada, o sentimento é de pertencimento: “Saímos do anonimato para protagonizar. Aqui me sinto em casa. A UMA é qualidade de vida”.

Tecnologia social a serviço da vida

Coordenado pelo professor Dr. Djanires Neto, o programa une teoria e prática com metodologias ativas, pautadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e pela defesa dos direitos da pessoa idosa. Ao final do ciclo, os participantes se tornam educadores político-sociais do envelhecimento humano.

“O objetivo é oferecer formação cidadã e promover longevidade com dignidade”, explica o professor. Ele destaca ainda que a UMA (Universidade da Maturidade) já se desdobra em novas versões, indígena, quilombola, pantaneira e na Rota Bioceânica.

Além das aulas, os extensionistas participam de campanhas, eventos e ações sociais. Em todos esses espaços, a UMA (Universidade da Maturidade) leva informação, cuidado e visibilidade à pessoa idosa.

A primeira turma se formou em 2023 com 90 educadores. Hoje são 120 pessoas em formação. As inscrições para a próxima edição abrem em agosto de 2025, com aulas previstas para fevereiro de 2026.

“A única exigência é querer aprender e viver com mais qualidade. A UMA (Universidade da Maturidade) tem mostrado o quanto ainda podemos fazer, ensinar e transformar, em todas as fases da vida”, conclui o professor Djanires.


Taynara Foglia, Comunicação Governo de MS

Cursos da Diretoria de Cultura entram em recesso no dia 14 e retornam no dia 4 de agosto

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Foto: Prefeitura de Três Lagoas

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de Três Lagoas informa que os cursos oferecidos pela Diretoria de Cultura entrarão em um período de recesso a partir da próxima segunda-feira, 14 de julho. As atividades serão retomadas no dia 4 de agosto, após um merecido intervalo.

O recesso abrange uma ampla gama de atividades artísticas e culturais, incluindo cursos de artes, coral, dança, desenho, música e teatro. Os alunos, pais e responsáveis terão cerca de 20 dias para aproveitar as férias.

Para mais detalhes sobre o período de férias e informações sobre o retorno das atividades, os interessados podem entrar em contato diretamente com a Diretoria de Cultura. As opções de contato são:

Telefone: (67) 98139-3524 ou presencialmente, na Diretoria de Cultura, localizada na Av. Rosário Congro, nº 560, no Centro de Três Lagoas.

Solidez e transparência: agência de classificação de risco atribui primeira nota de crédito a Mato Grosso do Sul

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Foto: Álvaro Rezende/Secom/Arquivo

O risco de crédito de Mato Grosso do Sul foi avaliado pela primeira vez em âmbito nacional e internacional, ampliando a transparência e o controle das contas públicas. Contratada pelo Governo do Estado, a empresa Fitch Ratings – especializada em classificação de risco de crédito – classificou o estado com a nota “BB’/‘AAA (bra)”.

A classificação de risco de crédito do governo indica o risco de inadimplência do emissor (IDRs – Issuer Default Ratings), ou seja, a capacidade do Estado de honrar suas dívidas e envolve a análise de receitas, despesas, dívida e liquidez.

O resultado proporciona transparência na situação fiscal, modernização das finanças públicas estaduais em um contexto internacional, auxilia na disciplina orçamentário-financeira, melhora a interlocução com potenciais parceiros privados e negociações com organismos multilaterais.

Foram definidas as notas de crédito de longo prazo ‘BB’ em moeda estrangeira e local; a nota de curto prazo ‘B’, em moeda estrangeira e local; por fim, a classificação ’AAA(bra)’, essas notas equiparam Mato Grosso do Sul ao risco Brasil, o mais alto – e positivo – índice possível entre os entes da federação. Aponta ainda que a perspectiva de longo prazo de Mato Grosso do Sul é estável.

De acordo com a metodologia da Fitch, os níveis de risco (rating) de Estados são equalizados ao soberano do Brasil em virtude de uma característica intrínseca ao federalismo brasileiro, o fato de o Governo Federal ser garantidor de dívidas estaduais e municipais e, no caso específico do Estado de Mato Grosso do Sul, ser credor de dois terços da dívida do Estado.

Conforme a publicação, o Estado possui relevante autonomia fiscal, com as transferências da União representando apenas um quarto de suas receitas operacionais, e com a arrecadação de impostos baseada em uma economia diversificada.

A instalação de novos grandes empreendimentos deve aumentar a importância da agroindústria para o desempenho fiscal de Mato Grosso do Sul. As despesas operacionais têm se mantido em linha com o crescimento das receitas operacionais e a carga da dívida fiscal (relação entre a dívida e a receita líquida) tem permanecido, em média, em 30% nos últimos cinco anos.

Segundo o auditor fiscal Rédel Furtado Néres, diretor econômico-financeiro do Escritório de Parcerias Estratégicas do Governo do Estado, a Fitch avalia dois aspectos: os perfis de risco fiscal e financeiro, sendo que neste último o estado recebeu nota ‘A’, no que diz respeito à avaliação das finanças em relação ao quanto Mato Grosso do Sul consegue economizar e quanto tem de dívida

“Devemos lembrar que essa avaliação tem uma visibilidade internacional. Então, conseguimos comparar diretamente Mato Grosso do Sul com estados americanos, províncias canadenses, países como o Uruguai e países da Europa, ou de qualquer outro lugar. Nesse contexto de padronização de rating em nível internacional, é normal que no Brasil essas notas estejam em níveis médios. Em comparação com outros estados, possuímos três notas médias. Poucos tem quatro notas médias, como, por exemplo, o estado de São Paulo e o município de São Paulo”, explica Rédel Néres.

No perfil de risco fiscal são avaliados três principais pilares: receitas, despesas e passivos e liquidez. Nesses pilares são designadas seis notas, das quais Mato Grosso do Sul recebeu a avaliação ‘média’ em três delas: robustez das receitas, sustentabilidade de despesas e flexibilidade de passivos e liquidez.

O perfil de crédito individual de Mato Grosso do Sul, que concilia as análises de risco e financeira, teve boa avaliação. O cenário de rating da Fitch é simulado ao longo de ciclos e combina estresses de receitas, custos e riscos financeiros, com base nos resultados de 2020 a 2024 e nas projeções para 2025–2029.

Ao longo dos próximos dois anos, a agência irá monitorar as finanças estaduais e emitir mais 1 relatório com atualização de nota e diversas publicações.

(*) Laine Breda, Comunicação EPE

Pantanal terá plano de fortalecimento em Mato Grosso do Sul para todas as cadeias pecuárias

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Foto: Saul Schramm/Secom

A atividade pecuária que existe há 300 anos no Pantanal agora terá um olhar diferenciado em todas as suas cadeias produtivas. O Governo do Estado por meio da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) encomendou um estudo para embasar o Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal de MS.

O diagnóstico demandado pela Secretaria Executiva de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEDES) da Semadesc foi apresentado na semana passada ao secretário de Estado, Jaime Verruck, o secretário adjunto Arthur Falcette, os secretários executivos de Desenvolvimento Rogério Beretta e de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, além dos coordenadores de equipes de investimentos e pecuária.

O estudo foi elaborado pelos consultores Marcelo Rondon de Barros e Janielly Barros.

O estudo detalha desafios, oportunidades e propõe ações para as principais atividades pecuárias da região, que representa cerca de 27% do território estadual e 6,8% do PIB estadual.

A bovinocultura de corte é a principal atividade, reunindo mais de 4,2 milhões de cabeças – cerca de 22,7% do rebanho estadual. Só em 2024, a comercialização de bezerros e bois movimentou mais de R$ 5 bilhões, mostrando a força do Pantanal como fornecedor de animais magros para engorda e abate no Estado.

O plano propõe medidas como criação de selos de origem, incentivo à exportação via ampliação de habilitação de frigoríficos, rastreabilidade do couro e pagamento por serviços ambientais.

“É uma ampliação das ações que a Semadesc trabalha nas cadeias pecuárias, principalmente na bovinocultura que é a maior cadeia de produção na região. Mas foram consideradas inúmeras atividades pecuárias”, salientou.

Pela sua dimensão de importância econômica para o Pantanal, a bovinocultura é o destaque no plano. “O grande foco é a questão da bovinocultura por entender que atividade é praticada há pelo menos 300 anos no Pantanal. Então precisávamos entender como estava essa pecuária, em cada atividade e com o estudo isto está respaldado”, salientou o titular da Semadesc Jaime Verruck.

O relatório analisou ainda as cadeias de peixes, ovinos, abelhas, jacarés e equinos do Pantanal. O objetivo foi identificar o status atual e a dinâmica das principais pecuárias, assim como elencar os desafios e oportunidades da região, visando fomentar o desenvolvimento das principais cadeias produtivas.

O levantamento abrange 11 sub-regiões no Pantanal, sendo oito no Mato Grosso, e no Pantanal do Paraguai. Dentro dessa estrutura, segundo Verruck, foram verificados indicadores como produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivos.

“Foi feito um amplo diagnóstico da pecuária, apicultura, piscicultura, entre outros para que se pudesse fazer um plano de ação. Isso também está dando muito suporte para toda a questão do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Pacto do Pantanal. Então a ideia é exatamente que ao longo desse processo fosse realizado um plano de ação para o fortalecimento das cadeias produtivas.”

Olhar diferenciado

Outras cadeias, como a ovinocultura, também foram estudadas. De acordo com o estudo, embora tenha sofrido redução de rebanho, a atividade voltou a crescer em abates e faturamento, inclusive com a valorização da raça pantaneira. Entre as ações propostas estão o reconhecimento da raça, combate à informalidade e criação de protocolos de produção sustentável.

A apicultura e meliponicultura se destacam pelo potencial ambiental, especialmente após o registro da Indicação Geográfica do Mel do Pantanal, mas enfrentam gargalos logísticos e informais. O plano sugere ampliar assistência técnica, qualificação de produtores, além de estudar espécies nativas e criar seguros específicos.

A piscicultura, limitada pelas condições naturais e legislação ambiental, é apontada como área potencial, desde que haja investimento em genética e manejo sustentável. A cadeia do jacaré-do-pantanal (com sistemas como farming e ranching) também ganha espaço, com foco em gerar renda para pequenos produtores por meio do sistema headstarting, além de fortalecer certificações e mercados.

A equideocultura, essencial para a cultura pantaneira e operação das fazendas, também é contemplada, com destaque para ações de promoção da raça pantaneira e incentivo ao correto registro dos animais.

Além das ações específicas, o estudo reforça a necessidade de melhorar a logística do Pantanal – ampliando aterros, portos fluviais e estradas –, modernizar as inspeções sanitárias e integrar políticas públicas para equilibrar produção e preservação. O plano considera dados de órgãos como IAGRO, IBGE, AGRAER e SENAR e abrange aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Para o Governo de MS, a força do Pantanal está justamente na produção sustentável, que alia tradição, geração de renda e conservação de um dos biomas mais importantes do planeta.

“Temos agora um plano de desenvolvimento específico, com inúmeras ações relativas à região. A ideia com este diagnóstico é olharmos a região sob um olhar diferente de cada um dos pantanais. Temos dados muito positivos e que até nos surpreendem. Por exemplo, hoje 45% dos animais abatidos estão em programas do governo estadual, como o Precoce MS, ou o Pecuária sustentável. Isso aponta que estamos no caminho certo, de aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade”, concluiu Verruck.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc

Finalista em prêmio nacional, MS Ativo otimiza gestão pública e entrega desenvolvimento aos municípios

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Foto: Bruno Rezende/Secom/Arquivo

Reunir prefeito e demais lideranças de cada município para discutir junto ao Governo de Mato Grosso do Sul quais demandas são prioritárias em suas respectivas cidades, decidindo ali quais serão executadas, acompanhadas e apoiadas pelo Estado. Essa é uma definição rápida e resumida do programa MS Ativo Municipalismo, que vai muito além e foca na eficiência dos projetos e, especialmente, na qualidade da entrega feita à população sul-mato-grossense.

A importância do programa estratégico no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul é tamanha que já é reconhecida nacionalmente, alcançado o ‘status’ de finalista do Prêmio Excelência em Competitividade 2025, organizado pelo CLP (Centro de Liderança Pública) ao lado de cinco projetos dos estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Roraima, Piauí e Paraíba.

“Esses programas representam o compromisso com uma gestão pública eficiente, transparente e orientada por dados. Estar entre os seis melhores é prova de que é possível transformar realidades com políticas públicas bem planejadas e centradas nas pessoas”, frisa a gestora de Relações Governamentais e Competitividade do CLP, Carla Marinho.

Ela complementa ainda que o prêmio “é um reconhecimento ao Brasil que inova, entrega e dá exemplo de que é possível fazer diferente, e melhor”. Após o processo de avaliação técnica, o CLP selecionou 12 iniciativas semifinalistas. Dessas, seis foram classificadas como finalistas, e no dia 27 de agosto serão anunciados os três vencedores, durante o lançamento do Ranking de Competitividade dos Estados e dos Municípios 2025, em Brasília (DF).

Mas, e aqui em Mato Grosso do Sul, como o MS Ativo Municipalismo é visto? “O MS Ativo é uma iniciativa que rompe barreiras tradicionais da gestão pública, promove a articulação federativa e a escuta ativa, além de ofertar apoio técnico aos municípios, com foco na melhoria contrata da vida das pessoas”, comenta o secretário-executivo da Segem (Secretaria de Gestão Estratégica e Municipalismo), Thaner Castro Nogueira, que também é o coordenador do programa.

“O reconhecimento do MS Ativo Municipalismo como finalista no prêmio do CLP representa um marco significativo para o Governo de Mato Grosso do Sul e fortalece ainda mais a relação colaborativa entre o Estado e seus municípios. Essa conquista valoriza a iniciativa e trata-se de um sinal claro de que o caminho trilhado pelo programa tem potencial transformador e inspira outros estados brasileiros”, completa Thaner ao comentar a relevância do MS Ativo.

O MS Ativo 

Concorrendo com outras políticas públicas de alto impacto que se destacaram entre um número recorde de 333 inscrições recebidas este ano, o MS Ativo Municipalismo tem como foco o fortalecimento da governança interfederativa, por meio do diálogo permanente com os municípios e da implementação de políticas públicas mais eficazes, com impacto direto na qualidade de vida da população sul-mato-grossense, promovendo uma verdadeira transformação na relação entre os executivos estadual e municipais.

A gestão estadual reforça seu compromisso em ouvir as demandas locais e atuar de forma integrada, consolidando políticas públicas mais eficazes e centradas na realidade da população. Atualmente em sua segunda fase, o programa já está em andamento nos 79 municípios do Estado, atendendo demandas prioritárias como obras de infraestrutura, saneamento básico, construção e reforma de escolas, unidades de saúde, entre outros investimentos.

Em seu primeiro ano, o programa firmou 193 planos de ação, com mais de 1 mil entregas executadas e R$ 600 milhões investidos em convênios. Ao todo, 882 ações já foram selecionadas.

CLP e o prêmio

Criado em 2015 pelo CLP, o Prêmio Excelência em Competitividade reconhece os estados brasileiros que priorizam a competitividade na formulação de suas agendas públicas, a partir da implementação de políticas eficazes e transformadoras que influenciam positivamente os indicadores do Ranking de Competitividade dos Estados. Mato Grosso do Sul conquistou, pela terceira vez consecutiva, um espaço de destaque nacional ao se tornar finalista.

Já o Centro de Liderança Política (CLP) é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 15 anos, trabalha por um Estado Democrático de Direito de fato, que seja mais eficiente no uso de seus recursos e com respeito à coisa pública. Desde 2008, a organização já ultrapassou a marca de 1 mil cidades impactadas por projetos ou cursos.

(*) Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS

Na Ceasa de Mato Grosso do Sul, inverno aumenta procura por legumes que enriquecem caldos e sopas

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Foto: Comunicação Ceasa-MS

Se, por um lado, o consumo de frutas registra queda durante o inverno, a procura por legumes tende a aumentar na Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) na estação.

Conforme o diretor de Abastecimento e Mercado da Ceasa/MS, Fernando Begena, neste período cresce a procura por legumes como abóbora, cenoura, batata e até verduras, como salsinha, cebolinha e coentro.

“Essas hortaliças incrementam uma infinidade de sopas e caldos, muito consumidos pela população nesse período. Quem busca qualidade, sem dúvida, encontra esses produtos aqui na Ceasa/MS”, comenta Begena.

Quem comprova esse aumento são os empresários da Ceasa/MS. Na JS Saraíva, um dos carros-chefes é a batata-doce, mas a empresa também comercializa moranga, abóbora comum, cabotiá e alho. Conforme Edson Carlos, um dos vendedores da JS, o aumento nas vendas chega a 30% durante o inverno.

“No frio, os clientes tendem a adotar uma alimentação mais ‘pesada’, com mais condimentos e legumes cozidos ou em caldos, feitos com os legumes que nós comercializamos”, explica.

O inverno também exige jogo de cintura dos comerciantes de frutas. Na WB Bananas, a principal preocupação é quanto à qualidade das frutas, que sofrem diante das baixas temperaturas, conforme explica o proprietário, Wandré Barbosa.

“Algumas das regiões produtoras de onde trazemos nossas mercadorias acabam enfrentando doenças nesse período. E, mesmo diante da queda no consumo, ainda conseguimos manter a qualidade e atender o público, que não deixa de comprar a banana”, comenta.

O período é uma boa oportunidade para o consumidor vir até a Ceasa/MS e levar para casa frutas que registram queda nos preços, como é o caso da melancia.

Ruan Carlos Souza, gerente da WR Hortifruti, no pavilhão da Coop-Grande (Cooperativa Agrícola de Campo Grande), está com o estoque abastecido da fruta. O kg da melancia está custando, em média, R$ 1,50 na Ceasa/MS, conforme a Dimer (Divisão de Mercado e Abastecimento).

“Por ser uma fruta muito refrescante, o cliente prefere consumi-la no calor, então é natural uma queda nas vendas nesse período. A redução nas vendas da fruta chega a 70% e como a procura diminui, baixamos os preços para atrair mais vendas”, comenta.

Comunicação Ceasa-MS

Casa do Trabalhador de TL está com 250 vagas de emprego disponíveis nesta terça-feira (8)

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Foto: Prefeitura de Três Lagoas

Você está em busca de uma nova oportunidade no mercado de trabalho? Então fique ligado nas vagas disponíveis na Casa do Trabalhador de Três Lagoas, onde a Prefeitura Municipal, em parceria com a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), oferece, nesta terça-feira (08), 250 oportunidades de trabalho para você!

Endereço: Rua Dr. Munir Thomé, 86, Centro, Três Lagoas-MS – CEP: 79600-060
Contato: (67) 3929-1938
Horário de funcionamento: 7h às 17h – sem intervalo de almoço.

As vagas são atualizadas diariamente, portanto, fique de olho e não perca a oportunidade de conquistar uma nova colocação profissional! Compareça à Casa do Trabalhador de Três Lagoas e garanta seu futuro.

Confira abaixo as vagas disponíveis:

Três Lagoas está entre os municípios que mais desenvolvem economicamente em MS

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Foto: Carlito Braga

A Jucems registrou a abertura de 1.022 empresas no mês de junho, aumento de 15% em relação ao total apurado no mesmo mês do ano passado: 895

Três Lagoas segue sendo o lugar das oportunidades! A afirmação é comprovada em números, deixando o município no ranking das cidades que mais oferecem vagas de emprego e também a que mais registra aberturas de empresas em Mato Grosso do Sul.

Três Lagoas é pioneira quando o assunto é celulose. A cidade abriga duas fábricas, sendo a Suzano e a Eldorado. O município já sofria com a dificuldade de mão de obra qualificada, mas agora municípios vizinhos também estão passando pela mesma transformação econômica, fazendo diariamente oportunidades de trabalho sobrarem por falta de pessoal.

Durante o pico da construção de uma fábrica de celulose, é preciso, no mínimo, 10 mil trabalhadores. Por isso a população de Três Lagoas aumentou e muito nos últimos anos, já que muitas pessoas chegaram na cidade em busca de melhores condições de vida e assim, fazendo a economia girar.

TRANSFORMAÇÃO REGIONAL

Mas não foi só Três Lagoas que passou por essa transformação. Cidades vizinhas também estão recebendo megaempreendimentos. Recentemente, uma Suzano entrou em operação em Ribas do Rio Pardo. Uma Arauco está sendo construída em Inocência e a construção de uma Bracell já foi anunciada em Bataguassu, fazendo a região ficar conhecida como ‘O Vale da Celulose’.

SALTO DE 15%

A Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) registrou a abertura de 1.022 empresas no mês de junho, aumento de 15% em relação ao total apurado no mesmo mês do ano passado: 895. O saldo também é maior que o resultado de maio, quando foram abertas 1.003 novas empresas. No ano, a Jucems já emitiu 6.893 registros de firmas, número recorde para o semestre desde que se iniciou a contagem, em 2000.

O setor de Serviços continua detendo a maioria dos registros, com 774 novas empresas (75,73%), seguido do Comércio (212, ou 20,74%) e em terceiro vem a Indústria (36 novas empresas, perfazendo 3,52%). Os subsetores que mais se destacaram foram: Atividade Médica Ambulatorial Restrita a Consultas (37), Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo (32), Treinamento em Desenvolvimento Profissional e Gerencial (24), Holdings de Instituições Não-Financeiras (24), Promoção de Vendas (21) e Transporte Rodoviário de Carga, Exceto Produtos Perigosos e Mudanças (20).

Na distribuição regional, Três Lagoas está entre os municípios que mais registrou abertura de empresas. Campo Grande registrou a abertura de 436 firmas em junho, seguido de Dourados (106), Sonora (48), Três Lagoas (43), Ponta Porã (29), Chapadão do Sul (28), Naviraí (25), Inocência (24), Corumbá (18) e Maracaju (18), fechando os dez melhores posicionados do ranking.

DEMANDAS

Grande parte das aberturas das empresas são resultados da demanda que uma fábrica de celulose precisa ao ser instalada. Para receber milhares de novos moradores, é preciso ter novos hotéis, restaurantes, lanchonetes. Isso sem contar os serviços públicos que também aumentam, resultando em novas escolas, hospitais e unidades básicas de saúde. Imóveis também ficam mais valorizados, alguns chegando a  aumentar em 200% o valor após o anúncio de uma indústria bilionária.

Inocência mesmo, uma cidade que era pacata, com pouco mais de 8 mil habitantes está recendo mais do que o dobro de sua antiga população, já que para a construção da Arauco na cidade é preciso 12 mil trabalhadores. Para atender a demanda, empresas são abertas e moradores conseguem enxergar novas oportunidades de vida.

FATORES POSITIVOS

Um conjunto de fatores positivos foi apontado pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, para o crescente aumento no registro de empresas no Estado.

Três Lagoas está entre os municípios que mais desenvolvem economicamente em MS

“O primeiro e mais importante motivo que atrai empresas e fomenta os negócios é a vitalidade da economia. Estamos crescendo em todos os setores de atividades econômicas, o Governo do Estado investe mais de 15% da receita corrente líquida, temos uma legislação moderna de liberdade econômica que agiliza e destrava o processo de implantação de empresas. São fatores que favorecem o empreendedorismo e formam um ciclo sustentável para novos negócios”

Mão de obra ainda é o grande desafio para o setor de celulose em Mato Grosso do Sul. Devido a demanda, as empresas estão recrutando candidatos as vagas em outras cidades. A ‘menina dos olhos’ da economia do Estado e ‘rainha da exportação’ Três Lagoas é um dos municípios que mais se desenvolveu em Mato Grosso do Sul nos últimos anos e pelo visto não existem mais limites para o desenvolvimento na região que só cresce a cada dia mais. 

Assim como aconteceu em Três Lagoas com a chegada das gigantes da celulose Eldorado e Suzano, o mesmo desenvolvimento foi visto em Ribas do Rio Pardo e está acontecendo em Inocência. Todas as cidades consideradas pacatas estão cada vez mais desenvolvidas, fazendo o PIB de Mato Grosso do Sul ficar entre os melhores do Brasil, mas escassez de mão de obra especializada é um dos mais importantes desafios enfrentados hoje pelas indústrias de celulose.

Com o crescimento, vieram e continuam vindo as oportunidades de emprego. Hoje em dia só não trabalha quem não quer na região. Diariamente, vagas para trabalho são disponibilizadas para a população que deseja entrar no mercado de trabalho. 

Na contramão dos outros locais do Brasil, onde normalmente o desemprego toma conta. Em Três Lagoas a versão é outra, cidade que tem emprego de sobra é um ótimo lugar para quem deseja uma oportunidade.

TERCEIRA POSIÇÃO COM MELHOR DESEMPENHO

De acordo com o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), Três Lagoas ocupa a terceira posição dos municípios que apresentaram melhor desempenho em Mato Grosso do Sul. A melhor nota foi referente a Emprego e Renda, mostrando a importância das fábricas.

Ainda segundo o levantamento que avalia o desempenho de 5 mil municípios do Brasil, divulgados neste ano, mas que são referentes a 2023, Três Lagoas ocupa a 281ª. Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. 

Através dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores. Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico / entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo / entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado / entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

LÍDER DE EXPORTAÇÃO

Três Lagoas está entre os municípios que mais desenvolvem economicamente em MS

A nota de Três Lagoas foi considerada moderada-alta, com um geral de 0,7955 no quesito de desenvolvimento. Quando o assunto é exportação, a cidade é líder em Mato Grosso do Sul, mas o município também se destaca em outros setores.

Conforme o estudo, a nota de 0,9231 crava a ótima posição no quesito Emprego e Renda, o que mostra a importância das fábricas na cidade. Lembrando que os dados publicados neste ano, são referentes a 2023, podendo assim Três Lagoas apresentar melhoras nos números futuros, já que a região expandiu economicamente.

Implementação bem-sucedida do OnEfficiency.Strength na DS Smith Witzenhausen para estabilização da qualidade

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Foto: Divulgação/Assessoria Voith Paper
  • Solução digital permite controle de produção orientado por dados com base em metas flexíveis e eficiência de custos; 
  • DS Smith registra melhorias significativas na resistência do papel e na estabilização do processo;
  • A solução estará disponível como parte do ecossistema MillOne da Voith, que conecta todos os dados em um centro de produção.

Com mais de 20 instalações ao redor do mundo, o OnEfficiency.Strength está estabelecendo novos padrões na fabricação de papel orientada por dados. Uma instalação recente na DS Smith Witzenhausen mostra como o uso do OnEfficiency.Strength pode alcançar resultados impressionantes na estabilização da qualidade. Os principais impactos incluem economia de matérias-primas como fibras e amido, além de redução no consumo de energia da máquina de papel.

Utilizando dados em tempo real de sensores virtuais para prever a resistência, o sistema controla atuadores como a relação jato/tela, refinador, aplicação de amido e diferentes tipos de fibras, visando a maior eficiência de custo para produzir o tipo de papel desejado com as especificações corretas.

Como parte de um projeto de otimização na unidade de Witzenhausen, onde são produzidas anualmente 430.000 toneladas de papel base para ondulado com gramatura entre 115 e 210 g/m², o módulo inicialmente obteve economia de matérias-primas na PM 1. “Posteriormente, definimos um novo foco na estabilização da qualidade e na redução do reprocessamento”, relata Daniel Goetze, Gerente de Produção da PM 1 na DS Smith em Witzenhausen.

Graças ao módulo inovador OnEfficiency.Strength, o controle em tempo real da qualidade do papel agora é possível. Com parâmetros ajustáveis de forma flexível, metas como economia de matérias-primas, redução de resistência, estabilização da qualidade ou um equilíbrio entre esses objetivos podem ser definidos livremente.

Sobre o Grupo Voith

O Grupo Voith é uma empresa de tecnologia com atuação global. Com seu amplo portfólio de sistemas, produtos, serviços e aplicações digitais, a Voith estabelece padrões nos mercados de energia, papel, matérias-primas, e transporte e automotivo. Fundada em 1867, a empresa atualmente tem cerca de 22.000 colaboradores, gera € 5,2 bilhões em vendas e opera filiais em mais de 60 países no mundo inteiro, o que a coloca entre as grandes empresas familiares da Europa.

A Divisão do Grupo Voith Paper integra o Grupo Voith. Como fornecedora completa para o setor papeleiro, oferece a mais ampla gama de tecnologias, serviços e produtos ao mercado, fornecendo aos fabricantes de papel soluções holísticas a partir de uma única fonte. O fluxo contínuo de inovações da empresa possibilita uma produção que conserva recursos e ajuda os clientes a minimizar sua pegada de carbono. Com os produtos de automação e as soluções de digitalização líderes de mercado do portfólio Papermaking 4.0, a Voith oferece aos seus clientes tecnologias digitais de ponta para aumentar a disponibilidade e eficiência de fábricas em todas as etapas do processo produtivo.

Ao celebrar 50 anos de história, Embrapa Cerrados homenageia equipes de pesquisa e parceiros

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Pesquisadores homenageados com o troféu engrenagens se reuniram no palco durante a solenidade. (Foto: Breno Lobato)

O cinquentenário da história de protagonismo da Embrapa Cerrados no cenário agropecuário do Bioma Cerrado foi comemorado com emoção e homenagens em solenidade realizada no dia 3 de julho no centro de pesquisa, em Planaltina (DF). Mais de 200 pessoas, entre empregados, colaboradores e convidados, lotaram o auditório da Unidade para acompanhar as homenagens ao trabalho de equipes de pesquisa e parceiros que têm contribuído para a ciência e a inovação, transformando o Cerrado no grande celeiro do Brasil.

Criada em 1º de julho de 1975, a Embrapa Cerrados atua no desenvolvimento de sistemas de produção animal e vegetal sustentáveis em equilíbrio com a oferta ambiental do bioma, uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo e, atualmente, referência em produtividade. A Unidade também promove ações de pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia que buscam ampliar o conhecimento, a preservação e o uso racional dos recursos naturais do Cerrado.

Em 50 anos, a Unidade disponibilizou centenas de soluções tecnológicas para o Cerrado, como cultivares  e sistemas de produção (de soja, mandioca, milho, cana-de-açúcar, café, trigo, cevada, seringueira, frutíferas e forrageiras) adaptados ao bioma; genética e sistemas de produção de bovinos de corte e leite, particularmente em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, e tecnologias de nutrição e manejo; recomendações técnicas para o manejo, conservação e uso dos solos e para a conservação e uso de recursos hídricos e manejo de água em sistemas irrigados; tecnologias de correção da acidez e fertilidade dos solos; Zoneamento Agrícola de Risco Climático para o cultivo de diversas culturas; uso do estresse hídrico controlado para uniformização da florada do cafeeiro irrigado; manejo sustentável dos recursos naturais em áreas de preservação e recuperação de páreas degradadas; adubos verdades, plantas de cobertura e outras tecnologias para o Sistema Plantio Direto; e tecnologias para análises químicas, físicas e biológicas do solo, como a Bioanálise de Solo.

O chefe-geral Sebastião Pedro ressaltou que as conquistas científicas e tecnológicas da Unidade que revolucionaram a agropecuária do Cerrado nos últimos 50 anos foram alcançadas com o esforço dos empregados e colaboradores, as diversas parcerias com instituições públicas e privadas nacionais e internacionais, o pioneirismo dos produtores rurais e a visão de gestores públicos como os ex-ministros da Agricultura Alysson Paolinelli e Luís Fernando Cirne Lima, e o ex-presidente da Embrapa, Eliseu Alves.

“Ao completarmos 50 anos, reafirmamos nosso compromisso de continuar avançando na pesquisa, na inovação e na sustentabilidade, consolidando o papel do Cerrado como uma grande fonte de alimentos, renda e preservação ambiental. Parabéns a todos que fizeram e fazem parte desta história de sucesso. Que os próximos anos sejam ainda de mais realizações e de impactos positivos e sustentáveis para o Brasil e para o mundo”, declarou, agradecendo à diretoria da Embrapa, representada no evento pelo diretor-executivo de Governança e Informação, Alderi de Araújo, pelo apoio à Unidade.

Antes de iniciar a fala, Araújo pediu um minuto de silêncio em homenagem aos colegas já falecidos que ajudaram a construir o significado da Embrapa Cerrados para o País e o mundo. Também agradeceu ao pesquisador Nilton Junqueira, presente à solenidade, a quem sucedeu nos trabalhos com doenças em seringueira e dendezeiro na Embrapa Amazônia Ocidental (AM) quando foi admitido na Embrapa. “Ele me deu a base para (continuar) o trabalho que vinha desenvolvendo e veio para cá para se somar a um grande número de colegas que transformaram o Cerrado e desafiaram o Prêmio Nobel da Paz, Norman Borlaug. A ciência é isto: é acreditarmos no impossível. E quem está aqui hoje acreditou no impossível”, afirmou.

O diretor destacou o papel a ser desempenhado pela Embrapa, defendendo que a Empresa precisa de pessoas determinadas a desafiar verdades absolutas e contribuir para transformar a sociedade. “Saímos de um país que vivia a fome e o desespero dos saques a supermercados e hoje estamos num país grande produtor e exportador de alimentos. Esse processo tem a digital de cada um de vocês. Foi um esforço coletivo dos cientistas da Embrapa e de todos os colaboradores e parceiros que estavam ao lado e acreditaram que a ciência poderia transformar o mundo. E nós o transformamos”, lembrou.

Com a conversão do Cerrado em celeiro mundial, o desafio agora, segundo Araújo, é tornar a produção brasileira de alimentos cada vez mais sustentável. “Que a gente continue alimentando o nosso povo e mais de 1 bilhão de pessoas no planeta. Vocês são os grandes heróis da sociedade, aqueles que vivem, muitas vezes, escondidos nos laboratórios ou em campos experimentais remotos, mas que estão lá para produzir o conhecimento e as tecnologias necessárias para que o mundo se torne mais justo, mais fraterno e bem alimentado”, finalizou.

Líderes históricos na gestão e na pesquisa

As primeiras homenagens foram concedidas a três profissionais que vislumbraram, ainda nos anos 1970, o enorme potencial produtivo do Bioma Cerrado. Com esforços de gestão e pesquisa científica, esses pesquisadores, atualmente aposentados, ajudaram a construir a agropecuária produtiva sustentável atualmente praticada na região.

Wenceslau J. Goedert, ex-chefe-geral e ex-chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, líder histórico do centro de pesquisa, foi o primeiro a receber o troféu Embrapa Cerrados 50 Anos. “Quero compartilhar esta homenagem com todos aqueles que estavam aqui há 50 anos. Jovens, com muita energia, mas principalmente com a convicção do potencial dos cerrados”, disse.

Líder por mais de 30 anos de pesquisas em melhoramento genético de soja para o Cerrado, que levaram ao desenvolvimento de variedades adaptadas, resistentes a pragas e doenças e com altas produtividades, Plínio Itamar de Mello de Souza contribuiu para a consolidação da região em potência mundial na produção de grãos. “Queria agradecer por essa homenagem magnífica por algo que fiz com muito amor. Agradeço a todos os colegas que participaram, esse mérito não é exclusivamente meu, é de toda a equipe. E agradeço, principalmente, à minha família, que me apoiou nesse trabalho”.

Alberto Carlos de Queiroz Pinto, que atuou como pesquisador líder da unidade de apoio da fruticultura, foi o terceiro homenageado. Ele lembrou o início do trabalho na Unidade, quando foi trazido por Wenceslau Goedert, e citou os colegas que trabalharam com ele nas pesquisas, compartilhando com eles a homenagem. “Hoje é dia de gratidão. Agradeço, de coração, por esta homenagem, que ficará comigo, em minha mesa”, afirmou.
Reconhecimento a parceiros históricos

Ao longo de 50 anos, a Embrapa Cerrados estabeleceu parcerias com instituições públicas e privadas do Brasil e do exterior, fundamentais para o avanço das pesquisas e o desenvolvimento das tecnologias que impactaram a produção agropecuária no Cerrado.

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) é uma das parceiras internacionais que contribuíram com a Unidade desde os primeiros anos de existência, formando profissionais, conectando instituições, promovendo intercâmbios e disseminando valores como cooperação, respeito e compromisso. Em vídeo gravado, Yutaka Hongo, que trabalhou pela Jica em projetos conjuntos com a Embrapa Cerrados na década de 1980 e atualmente é consultor sênior da agência, parabenizou a Unidade pelo cinquentenário de fundação. “Tenho me dedicado ao fortalecimento da amizade entre o Brasil e o Japão sob a cooperação nipo-brasileira. Enquanto estiver vivo, gostaria de continuar, mais ainda”, disse.

Presente à solenidade, o representante sênior da Jica Brasil, Issei Aoki, recebeu o troféu de homenagem e lembrou que Naruhito, atual imperador do Japão, visitou a Embrapa Cerrados duas vezes – em 1982 e em 2018. “Isso significa que a relação entre Embrapa e Jica e entre o Brasil e o Japão é muito importante. Hoje, a Jica e o governo japonês estão preparando uma nova iniciativa para estreitar mais essa relação, em assuntos de mudanças climáticas, conservação do ambiente e recuperação de pastagens degradadas. Gostaríamos de colaborar ainda mais, junto com a Embrapa Cerrados”, informou, agradecendo pela homenagem.

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) é parceira histórica na pesquisa em melhoramento genético animal e no fortalecimento da pecuária no Cerrado. A Embrapa Cerrados mantém parcerias locais com filiadas da ABCZ – a Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ), que atua no Centro de Desempenho Animal da Unidade, e a Associação de Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), que realiza ações no Centro de Tecnologia para Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL). 

Adriano Varela Galvão, membro do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ, representou o presidente da entidade, Gabriel Garcia Cid, na entrega da homenagem. Por trás de todo o desenvolvimento do Brasil e do agro brasileiro há o DNA da Embrapa. “Temos que comemorar muito, porque o campo brasileiro é o que é hoje por causa da Embrapa”, declarou.

A parceria de 23 anos entre a Embrapa e a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entidade que reúne 31 empresas e produtores de sementes de forrageiras, viabilizou o licenciamento e a disseminação de cultivares forrageiras desenvolvidas na Embrapa Cerrados e em outras unidades da Embrapa, garantindo que os resultados das pesquisas alcancem milhares de hectares de pastagens no Cerrado e em toda a pecuária topical do País.

“Em nosso convênio, lançamos praticamente 10 cultivares de forrageiras leguminosas e gramíneas que, de certa forma, atuaram diretamente nesse processo”, disse Marcos Roveri, diretor técnico da Unipasto, que representou o presidente Ademilson Marcos Facholi.

Fundação Cerrados, entidade que reúne produtores de sementes de soja do DF, da Bahia, de Minas Gerais e de Goiás, mantém com a Embrapa Cerrados uma parceria de longa data (convênios entre 1996 e 2001 e desde 2008) em pesquisas no desenvolvimento de cultivares de soja adaptadas às condições do Cerrado, além de eventos e ações de divulgação das tecnologias aos sojicultores. 

O presidente da entidade, Luiz Fiorese, recebeu a homenagem e lembrou que 50 variedades já foram lançadas no âmbito da parceria, e que 10 materiais novos convencionais com alta produtividade devem ser disponibilizados no mercado nos próximos anos. “Com grande honra, recebo este troféu em nome de todos os cotistas da Fundação Cerrados. A Embrapa não é só ciência. Com a ciência, transformou o Índice de Desenvolvimento Humano deste país. Somos o que somos por conta de pesquisa e da Embrapa. O que dá dignidade ao ser humano é o trabalho, e a Embrapa tem entregado à sociedade pesquisa e trabalho. Viva o Brasil!”, comemorou.

Entre as empresas brasileiras que ajudaram a disseminar as tecnologias geradas pelas pesquisas da Embrapa Cerrados, fortalecendo a agropecuária no Cerrado, está a Companhia de Promoção Agrícola (Campo). Fundada em 1978 com o objetivo inicial desenvolver o potencial agrícola da região, a Campo vem conduzindo projetos de desenvolvimento social e econômico no segmento da agricultura tropical sustentável no Brasil e no exterior.

“Nossa parceria com a Embrapa, especialmente com a Embrapa Cerrados, começou com o treinamento dos técnicos da que atuaram nos projetos do Prodecer (Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento dos Cerrados). Em nome de toda a Campo, quero agradecer a esta homenagem”, disse o presidente da companhia, Marcelo Teixeira de Melo.

Importante parceira regional, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) também foi homenageada. Além de estar presente no dia a dia dos produtores do DF e Entorno, a empresa de assistência técnica e extensão rural conta com um escritório regional nas dependências da Embrapa Cerrados, apoiando as pesquisas e as ações de transferência de tecnologia da Unidade.

Fabiano Carvalho, coordenador de operações da Emater-DF, representou o presidente Cleison Duval. Ao parabenizar a Embrapa Cerrados pelos 50 anos de atividades que transformaram o Cerrado brasileiro em uma região extremamente produtiva e sustentável, ele enfatizou a importância da pesquisa agropecuária, que traz as inovações tecnológicas que estão ocorrendo no campo, principalmente no Cerrado. 

“Ao longo dos 47 anos de Emater-DF, temos a parceria com vocês. Há mais de 15 anos temos o escritório sediado aqui, onde temos a oportunidade de fazer a articulação entre pesquisa e extensão rural, o que tem permitido trabalhos bastante relevantes, que transformaram o setor agropecuário do DF”, afirmou, citando ações conjuntas como a validação de novas cultivares de maracujá; a pesquisa participativa na mandiocultura; as Expedições Safra nas culturas de grãos e de maracujá; a participação no Programa Produtor de Água na Bacia do Pipiripau e na Rota da Fruticultura RIDE/DF; o incentivo ao uso de forrageiras de alta produtividade; políticas de fomento a agricultores familiares; a construção do projeto de desenvolvimento da cadeia da piscicultura do Rio Preto, além de diversas capacitações de extensionistas e produtores.

As cooperativas agrícolas, outras importantes aliadas da Embrapa Cerrados na multiplicação das inovações da pesquisa para os produtores rurais, foram representadas na homenagem pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Para Márcio de Freitas, presidente do sistema OCB e membro do Comitê Assessor Externo da Unidade, quem faz a Embrapa são pessoas que se dedicam e acreditam. “Talvez esse seja o grande segredo. Cirne Lima foi o ministro que acreditou na ideia e implantou a Empresa. Mas o (Alysson) Paolinelli, o Irineu (Cabral, primeiro presidente), o Eliseu (Alves) e outros acreditaram, acima de tudo, em gente, e colocaram essas pessoas para pesquisar e desenvolver a agricultura tropical. O que vocês fizeram nos últimos 50 anos foi uma revolução digna de todas as qualificações”, parabenizou.

“Tenho orgulho de ver como a Embrapa Cerrados está se organizando como empresa pública que sabe fazer parcerias e alianças. Isso é pensar nas mudanças para continuar entregando, nos próximos 50 anos, o que vocês têm entregado nos últimos 50”, completou o dirigente.

Família de produtores pioneiros no Cerrado é homenageada

Vindos de uma colônia agrícola em Putinga (RS), os Cenci chegaram ao Plano de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF) em 1977, dispostos a enfrentar o desafio de produzir no Cerrado. Neto do pioneiro Izidoro Cenci, Alexandre Cenci, acompanhado de familiares, recebeu a homenagem da Embrapa Cerrados em nome dos produtores rurais pioneiros na região.

“Esta é uma instituição pela qual os produtores têm muito carinho. Se tem produção na fazenda é porque tem um trabalho de ciência e tecnologia que vocês fazem muito bem. Vamos juntos nessa parceria de sucesso nos próximos 50 anos”, agradeceu o produtor, que sócio-diretor da Hartos Agropecuária Cenci.

Grupos de pesquisa são agraciados com o troféu engrenagens

Pesquisadores representando sete equipes de pesquisa da Unidade receberam o troféu das engrenagens, homenagem que simboliza as tecnologias que giram a roda da inovação na agropecuária do Cerrado.

Arminda de Carvalho recebeu o troféu pela tecnologia “Plantas de cobertura e mitigação de gases de efeito estufa”. Pesquisadora da Unidade há 35 anos, ela manifestou sua gratidão: “Atribuo à Embrapa muito do que sou hoje, e a Embrapa são vocês. Ser representante dos meus colegas da Embrapa Cerrados é uma honra e um orgulho enormes. Só tenho a agradecer por esta homenagem e a vocês, que são meus companheiros de jornada e amigos, à minha família e ao (pesquisador) João Pereira, que foi o grande precursor dessa tecnologia, que hoje está bastante consolidada entre os produtores”, afirmou.

Claudio Karia representou a equipe homenageada pela tecnologia “Desenvolvimento de forrageiras para o Cerrado”. Ele apresentou a relação de 59 pesquisadores e consultores do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), sediado na Colômbia, e do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), da Austrália, que já participaram das pesquisas em forragicultura da Unidade desde 1975. 

“Fiquei extremamente lisonjeado por representar essas pessoas. A equipe começou junto com a Embrapa Cerrados e, nesse período, lançamos 25 cultivares de forrageiras. Gostaria que todos os analistas, técnicos e assistentes que contribuíram também se sintam homenageados. E graças à parceria com a Unipasto, pudemos fomentar a pesquisa e fornecer aos produtores todas essas tecnologias”, disse Karia, citando o Andropogon gayanus cv. Planaltina, primeira cultivar de forrageira tropical lançado pela Embrapa para o Cerrado, as cultivares de estilosantes Pioneiro e Bandeirante e a braquiária brizantha cv. Marandu, que é plantada em mais de 20 milhões ha no País, gerando retorno econômico anual de mais de R$ 6 bilhões.

O troféu engrenagens pela tecnologia “Culturas alternativas para cultivo no Cerrado” foi recebido por Carlos Eduardo Lazarini. “Quando vim para cá, o Cerrado basicamente era soja e milho, e o grande desafio que me colocaram, na época, era: o que mais podemos plantar na região? Conseguimos montar uma boa equipe, incluindo empregados de campo, técnicos agrícolas e de laboratório e pesquisadores. Gostaria de agradecer ao Wenceslau (Goedert), pois a ideia de culturas alternativas começou na chefia dele. Somos felizes porque muitas das inúmeras espécies que testamos hoje são realidade em diversas regiões do Cerrado”, afirmou, também agradecendo aos ex-chefes Carlos Magno da Rocha e José Roberto Peres e à atual chefia da Unidade pelo apoio.

José de Ribamar dos Anjos recebeu o troféu pela tecnologia “fitopatologia no Cerrado”. O pesquisador, que ingressou na Embrapa Cerrados em 1984, lembrou que as pesquisas em fitopatologia da Unidade foram iniciadas na década de 1970 com a pesquisadora Maria José Charchar. “Temos desenvolvido tecnologias no sentido de combater as principais doenças que limitam, sobretudo, as culturas de grãos como milho, soja, arroz, feijão, feijão-caupi, frutíferas como manga e maracujá e espécies nativas como a mangaba e o pequi, contribuindo para a produção de alimentos no Cerrado em particular e para o Brasil como um todo. Outras culturas estão se inserindo no sistema do Cerrado e temos que continuar trabalhando também”, apontou.

O troféu engrenagens pela tecnologia “validação tecnológica e desenvolvimento da agricultura familiar” foi entregue a José Humberto Xavier. “Represento um grupo de pessoas do qual orgulhosamente faço parte, que trabalham com a temática da adaptação e construção de conhecimentos voltados ao desenvolvimento rural com foco na agricultura familiar. Pelo reconhecimento desse trabalho, fomos chamados, na década de 1990, para ajudar a construir a primeira política pública voltada à agricultura familiar, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Isso é motivo de muito orgulho para todos nós e para a Embrapa Cerrados”, recordou, agradecendo a honraria.

Thomaz Rein, que recebeu o troféu pela tecnologia “fertilidade e manejo de solo no cultivo de cana-de-açúcar no Cerrado”, manifestou a honra de estar na presença dos pioneiros da Embrapa Cerrados, especialmente daqueles que iniciaram as pesquisas, Plínio de Souza, que o contratou como bolsista, e Wenceslau Goedert, que o admitiu como pesquisador em 1984. Ele lembrou que chegou à Unidade no momento em que surgiam as questões de fertilidade de solo no Brasil e o centro gerava o conhecimento, com estudos sobre o efeito residual de fertilizantes, formas de manejo da adubação fosfatada, micronutrientes, problemas de acidez do solo em profundidade e com a condução de experimentos de longa duração até então inéditos no País.

“Tive o privilégio de me formar como pesquisador com essas pessoas. E quis o destino que aqui se reunisse, na área de fertilidade do solo, uma equipe extremamente especial, com muito entusiasmo e talentos que se complementavam”, comentou. “E quando iniciamos o trabalho em cana-de-açúcar, há 16 anos, conseguimos seguir essa tradição e contribuir também. Muito já foi feito, com trabalhos em usinas, e obtivemos muitas contribuições daqui”, disse citando o estudo da viabilidade do plantio direto em cana-de-açúcar; o cultivo de culturas intercalares à cana; trabalhos com manejo da adubação fosfatada na cultura; o uso de gesso agrícola, com ganhos de produtividade e sequestro de carbono em profundidade; o estudo do manejo do palhiço e o aproveitamento para energia; a decomposição do palhiço; avaliação das emissões de óxido nitroso no cultivo da cana; efeitos da vinhaça no solo. “E em meu nome, dedico também esse troféu a toda a minha família”, finalizou.

O troféu engrenagens foi entregue, ainda, a Edson Sano, pela tecnologia “sensoriamento remoto”. Ele agradeceu à homenagem em nome dos colegas da área.

Após a entrega dos troféus das engrenagens, os sete pesquisadores se juntaram, no palco, aos demais colegas que já haviam recebido a homenagem em nomes de suas equipes técnicas nos anos anteriores (confira a lista completa aqui) para uma foto de recordação.

Homenagem especial a John Landers

No encerramento da solenidade, o chefe-geral Sebastião Pedro fez um agradecimento aos produtores rurais, fundamentais para a atuação da Embrapa Cerrados. “A Unidade foi criada para resolver problemas, criando condições para incorporar a produção agrícola no solo e no clima do Cerrado. Isso aconteceu porque o produtor necessitava disso para produzir o alimento de que a sociedade precisava. Sem o produtor rural, não saberíamos quais problemas teríamos que resolver. Essa parceria é vital tanto para a agricultura brasileira”, ressaltou, parabenizando os produtores presentes.

Sebastião Pedro lembrou que, apesar dos resultados obtidos pela pesquisa em 50 anos, novos problemas surgem a cada dia na agricultura por não haver como controlar a grande quantidade de fatores e variáveis que governam a produção. “Graças a Deus, no Brasil, temos a Embrapa, uma estrutura montada estrategicamente para captar os problemas, resolvê-los com ciência e tecnologia e devolver (soluções) à sociedade por meio de parcerias”, afirmou, citando os recordes de produtividade da soja brasileira e a posição do País como principal exportador de carne. 

Por outro lado, na visão do chefe-geral, a quantidade de problemas é atualmente maior que no início da Embrapa Cerrados, e tais problemas são mais complexos. “O trabalho não pode parar, a atividade de pesquisa será cada vez mais complexa e precisamos estar sempre de mãos dadas com o produtor e com a cadeia produtiva”, apontou, citando pesquisas em andamento que visam à redução do custo de produção e de emissões de gases de efeito estufa, à melhoria da qualidade do solo, maior economia de água. “São coisas de que vamos precisar no futuro e talvez sejam mais complexas de serem equalizadas. Mas temos pessoas no setor rural com vocação para produzir”, completou. 

O chefe-geral apontou desafios para a pesquisa nos próximos anos, como a aceleração da diversificação das culturas, das espécies frutíferas e da economia circular, bem como o uso de insumos regionais para baratear a produção, desdolarizar a economia e reduzir a dependência de importações.

“Ao refletir sobre tudo isso, me lembrei de uma pessoa que é do setor produtivo, foi da pesquisa e da extensão rural, que é o nosso amigo John Nicholas Landers. Nosso agradecimento por tudo o que ele fez por nós, inclusive pela Embrapa Cerrados, no início e até antes dela”, disse Sebastião Pedro. O agrônomo britânico, considerado o “pai” do Sistema Plantio Direto no Cerrado e um dos principais disseminadores da prática de manejo do solo, não esteve presente na solenidade, e o troféu de homenagem foi recebido por Ronaldo Trecenti, membro do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto (Febrapdp), da qual Landers é um dos diretores honorários.

Confira a entrevista com John Landers aqui

E para saber mais sobre a trajetória de sucesso da Embrapa Cerrados, leia este artigo de Sebastião Pedro.

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