13/03/2006 08h48 – Atualizado em 13/03/2006 08h48
Agora MS
O Exército praticamente encerrou neste domingo a Operação Asfixia, que iniciara há dez dias para recuperar dez fuzis e uma pistola roubados de um de seus quartéis: saiu de pelo menos cinco das favelas que ocupara na caça ao armamento – Providência, Mangueira, Metral, Complexo do Alemão e Estação de Manguinhos.Por enquanto, não houve pronunciamento oficial sobre se a operação estava terminada ou se houve apenas uma mudança de estratégia. No sábado, o Exército informara que, com exceção da Providência, onde manteria presença maciça, passaria a atuar de forma mais pontual, checando denúncias.O Comando Militar do Leste (CML) agendou para hoje uma entrevista coletiva. Desde o início da ação, 1,5 mil soldados já ocuparam 12 favelas, sendo que em dias anteriores já tinham saído de algumas delas como Jacarezinho, Vila Pinheiros e Parque Alegria.Inicialmente, a intenção do Exército era de só deixar as comunidades depois de recuperar as armas. À tarde, uma denúncia anônima levou soldados a um supermercado desativado nas proximidades do Morro do Borel, na Tijuca, zona norte, onde procuraram as armas, sem sucesso, deixando a região depois.O coronel Paulo Meira, da Comunicação Social do CML, em entrevista ontem à tarde evitou os termos desocupação e retirada. “Eu não diria que eles saíram (dos morros). Hoje é um dia caracterizado por grande mobilidade”, disse o militar, que não esclareceu para onde foram as tropas que ocupavam as favelas.”Amanhã (hoje) as posições estarão consolidadas.” À noite, após outras favelas terem sido desocupadas, o coronel não foi encontrado pela reportagem. A movimentação dos militares passou a idéia de uma retirada ou, pelo menos, de uma redução sensível da sua presença e operações nas comunidades.