10/02/2006 15h51 – Atualizado em 10/02/2006 15h51
Ricardo Ojeda
O Comandante da PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual) de Três Lagoas, Capitão, Edílson José de Oliveira Ramos, se omitiu nesta sexta-feira, de dar qualquer informação sobre fiscalização de animais soltos na MS 395. Por três dias, a reportagem tentou falar com o comandante da PMRE de Três Lagoas, mas foi informada que estava de férias. Nesta sexta-feira, primeiro dia de trabalho após período de férias, o capitão disse que as perguntas deveriam ser redigidas em papel timbrado do órgão de imprensa. “Esse ofício será encaminhado ao Comando Geral da PMRE em Campo Grande e só depois, se for autorizado, posso falar sobre o assunto”.FISCALIZAÇÃOA reportagem pretendia colher informações sobre a fiscalização desses animais, que esta semana, dia 7, vitimou o empresário, Nilson Pinto Morgado Tomé, de 44 anos, dono da gráfica Graph-timeEle morreu após se envolver em um acidente automobilístico no quilômetro 45 da MS 395. Segundo informações da Policia Rodoviária Estadual, ele conduzia um Vectra, quando nas proximidades da torre da Telems, próximo ao Rio Verde, atropelou vários cavalos que estavam soltos na pista. O empresário estava acompanhando pelo filho Fabrício Soares Tomé, de 22 anos, que sofreu escoriações e passa bem. ITINERÁRIOO empresário, que residia em Brasilândia, mas trabalhava em Três Lagoas fazia esse percurso todos os dias, onde permanecia o dia inteiro, retornando a noite para aquela cidade. RODOVIA PERIGOSAA MS 395 é considerada uma das rodovias mais perigosa da região, principalmente pela falta de conservação e pelo mato alto que invade o acostamento, impossibilitando uma visualização segura aos motoristas. Outro problema que aumenta a negativa estatística da rodovia são os animais que ficam soltos, deixados ao longo da rodovia pelos donos para pastar. Nas proximidades o reasentamento João André, é comum encontrar animais soltos, principalmente cavalos, pastando às margens da rodovia.Esse é um problema crônico que á muito a reportagem vem denunciando sem que nenhuma providência seja tomada pelas autoridades competentes, no caso a (PMRE) Policia Militar Rodoviária Estadual. Enquanto isso, os números de acidente envolvendo veículos e animais aumentam assustadoramente. BUROCRACIAA reportagem, como foi divulgado no início da matéria, tentou por várias vezes obter informações sobre qual a providência que PRME está tomando no sentido de fiscalizar o problema, mas, infelizmente, o comandante local da corporação, disse que só poderia atender a reportagem, através de oficio, com perguntas previamente redigidas, em papel timbrado da empresa, e diante disso, seria encaminhada ao comando geral em Campo Grande. Cumprindo essa burocrática formalidade é que o comandante poderia falar sobre o assunto. Enquanto isso, os animais ficam livremente soltos às margens da rodovia, pondo em risco os motoristas que trafegam pelo local. Em contanto telefônico com o comando geral da Policia Militar Rodoviária Estadual, pelo fone 3388-7700, o plantonista cabo Capecci, informou que o comandante coronel Luis Alvino não se encontrava, devido o expediente já ter se encerrado, e que somente na segunda-feira, estaria órgão para atender a reportagem.