17/02/2006 08h24 – Atualizado em 17/02/2006 08h24
Midiamax News
Laudos do IML (Instituto Médico Legal) revelam que o jornalista André Luís da Costa Felipe, 25 anos, assassinado no dia 4 de fevereiro, foi morto com cinco tiros na cabeça. De acordo com o delegado Luiz Ojeda, titular do Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros), uma das balas transfixou no corpo e por isso só foram encontrados quatro projéteis próximos ao local do crime.
Segundo Ojeda, não foram encontradas marcas de espancamento ou qualquer outra lesão no corpo, somente na cabeça. O delegado ainda aguarda os laudos da perícia no veículo utilizado pelo diretor de jornalismo das rádios Mega 94 e Cultura – o Corsa placa DHZ-4902, de Campo Grande (MS) – para concluir o inquérito.
Ele afirmou que a previsão é de que os documentos do IC (Instituto de Criminalística) cheguem no início da próxima semana. O jornalista foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) cometido pelos soldados do Exército Ronaldo Everaldo Ferreira Marinho, 21 anos, e Bruno da Silva Galvão, 20 anos, ambos lotados no 18º Belog (Batalhão Logístico do Exército) e já presos na PE (Polícia do Exército).
Também estão presos pelo envolvimento no crime o desempregado Alcizino Valério dos Santos Júnior, 19 anos, que emprestou o revólver calibre 32 de onde saíram os disparos, e o borracheiro Allan Bruno Gonçalves Ribeiro, 20 anos, que escondeu o veículo para ser depenado. Já Vinícius Torres, de 18 anos, e José da Silva Lima, 49 anos, foram indiciados apenas pelo crime de receptação dos produtos roubados do Celta.
Um dia após o crime uma denúncia levou os policiais ao carro utilizado pelo jornalista, que foi abandonado sem o aparelho de som e o estepe em um matagal no anel rodoviário na saída para Sidrolândia. A Polícia só chegou ao corpo de André Felipe, que foi deixado em uma vala às margens da MS-080, saída para Rochedo, em Campo Grande, depois da prisão de Marinho, que confessou o crime e indicou o local.