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Jornalista com autonomia no trabalho é free lancer

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09/12/2005 07h27 – Atualizado em 09/12/2005 07h27

Sedep

O que distingue jornalista de free lancer é a autonomia no trabalho e não o local onde exerce a profissão. O entendimento é da 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Os juízes negaram o pedido de vínculo de emprego de uma jornalista responsável pela edição da revista DJ World.Segundo os autos, a jornalista foi contratada como responsável da publicação pela Ágata Editora e, posteriormente, pela HMO Editora. A jornalista trabalhava em casa e fazia seu próprio horário. Esporadicamente, aparecia na sede da editora por ocasião do fechamento da revista, publicada a cada 45 dias.Depois de demitida, entrou com processo na 79ª Vara do Trabalho de São Paulo pedindo reconhecimento do vínculo de emprego com as empresas e o pagamento das verbas trabalhistas. Alegou que o fato de ter assinado contrato de cessão de direito autoral, ter se “comprometido a realizar o trabalho intelectual com tema previamente acertado” e receber um determinado valor por cada tarefa, não descaracterizam a relação de emprego.A primeira instância não reconheceu o vínculo, levando em conta principalmente o fato de a jornalista trabalhar em casa. Inconformada, a autora da ação recorreu ao TRT paulista. O juiz Rovirso Aparecido Boldo, relator, esclareceu que “o fato da a autora trabalhar em casa, por si só, não caracteriza o trabalho autônomo” e que a questão deveria “ser analisada sob a ótica da subordinação jurídica e da autonomia gozada pela reclamante no exercício das suas funções”.Para o juiz, os valores recebidos pela jornalista a título de cessão dos direitos autorais (R$ 4,7 mil e R$ 6,8 mil), eram “razoavelmente elevados para o mercado, em comparação com os valores percebidos por empregados celetistas contratados pela reclamada”.O juiz também considerou que, a cláusula do contrato “é bastante elucidativa sobre os termos em que foram firmados”, determinando que não há “exclusividade do autor e nem na obrigação da cessionária de continuar adquirindo trabalhos”.A decisão da 8ª Turma foi unânime.RO 02319.2002.079.02.00-7Leia a íntegra da decisãoRecurso OrdinárioRecorrente: Ana Kátia Pucu CostaRecorrido: HMP Editora Ltda. e Ágata Editora Ltda.Origem: 79ª Vara do Trabalho de São PauloEMENTA: JORNALISTA – EMPREGADO x “FREE LANCER”- CONFIGURAÇÃO – A nota distintiva da atividade desenvolvida pelo jornalista com vínculo de emprego e o “free lancer” consiste na autonomia de que o último goza na realização dos serviços. O fato de o trabalho ser realizado no âmbito doméstico, por si só, não caracteriza o trabalho autônomo, pois há situações em que o empregado contratado, por questões de conveniência, melhor aproveitamento do tempo e maior produtividade, exerce suas atividades fora do ambiente da empresa.Contra a sentença de fls. 147/150, inalterada pela sentença de embargos declaratórios à fl. 154, recorre a reclamante às fls.157/164, alegando que o vínculo empregatício com as reclamadas deve ser reconhecido, sendo cabíveis as verbas pleiteadas na inicial.Contra-razões das reclamadas às fls.169/172, pela manutenção da sentença.Manifestação do Ministério Público do Trabalho à fl. 174.É o relatório.VOTOPresentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.A recorrente alega que trabalhou para as reclamadas HMP Editora, de 01/10/97 a 28/02/01, e na empresa Ágata Editora, de 01/03/2001 até 08/01/2002, como editora responsável pela revista DJ World, executando a pauta, assessoria de imprensa, fechamento de matérias, títulos, etc. Afirma e comprova que ambas constituíam grupo econômico, nos termos do art. 2º, §2º, da CLT, situação reconhecida pela instância a quo., que, entretanto, não reconheceu o vínculo empregatício, sob a fundamentação de que a reclamante trabalhava em casa, fazendo seu próprio horário e que se apresentava no local de trabalho esporadicamente, por ocasião do fechamento da revista DJ Wolrd, que era publicada a cada 45 dias. Ressalte-se que o fato de a autora trabalhar em casa, por si só, não caracteriza o trabalho autônomo, posto que há situações em que o empregado contratado, por questões de conveniência, melhor aproveitamento do tempo e maior produtividade, exerce suas atividades fora do ambiente da empresa.A questão deve ser analisada sob a ótica da subordinação jurídica e da autonomia gozada pela reclamante no exercício das suas funções. O objeto social de ambas as reclamadas consiste na edição, publicação e distribuição de livros, revistas e periódicos em geral (cláusula quarta do contrato social da empresa Ágata Editora e cláusula 3ª do contrato da HMP Editora). A reclamante firmou diversos contratos de cessão de direitos autorais com a 1ª reclamada – Ágata Editora, comprometendo-se a realizar trabalho intelectual com tema previamente acertado, recebendo um valor por cada trabalho (fls. 16, 22, 28, 34 e 41). A cláusula 5 de referidos contratos é bastante elucidativa sobre os termos em que foram firmados: “acordam as partes que a habitualidade no fornecimento de matérias não implicará na exclusividade do autor e nem na obrigação da Cessionária de continuar adquirindo trabalhos, resguardando-se o direito do autor de ceder outras obras de sua autoria a outras empresas e resguardando-se os direitos das partes em suspender a cessão de direitos a qualquer tempo, sem aviso prévio, sem que de tal decisão se origine qualquer direito de reparação ou indenização a qualquer das partes, CEDENTE ou CESSIONÁRIA”. E a ausência de exclusividade restou configurada na matéria de fl. 121, publicada no caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo, edição de 11 de outubro de 2000, tudo a confirmar que a cláusula supramencionada estava em pleno vigor, dela usufruindo a autora.Os recibos de pagamentos de fls. 20, 26, 32 e 39 também dão a exata medida dos pagamentos efetuados a título dessa cessão de direitos, em valores razoavelmente elevados para o mercado (R$4.750,00 – fl. 16 a R$6.850,00 – fls. 39/40). Esses valores ganham maior contraste em comparação com os valores percebidos por empregados celetistas contratados pela reclamada, como, por exemplo, a jornalista Shirley Fátima da Silva Pereira, responsável pela revista, cujo nome consta no editorial de fls. 30. Essa funcionária recebia contraprestação no valor de R$909,00 em 01/12/2000, para uma jornada de 5 horas diárias (fl. 124). O contrato de cessão, portanto, proporcionava maiores ganhos e maior liberdade na execução dos textos e trabalhos pela reclamante, que, como já dito, trabalhava em casa.Some-se a isso o fato de que não houve impugnação ao documento de fl. 45, datado de 23 de novembro de 2001, que expressamente declara ser a reclamante colaboradora free lancer da revista bimestral DJ World. Portanto, um mês e meio antes da alegada rescisão, a reclamante se beneficiava de declaração, que vai frontalmente contra o vínculo que ora pleiteia.Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso, mantendo o valor arbitrado a título de custas.ROVIRSO A. BOLDOJuiz RelatorRevista Consultor Jurídico

Febre aftosa.Cabe ação judicial contra os governos

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09/12/2005 07h24 – Atualizado em 09/12/2005 07h24

Sedep

O país foi afetado por um surto da infecção animal ‘febre aftosa’, doença que prejudica o gado, mas, sobretudo, é um flagelo para as exportações de carnes. Sendo o Brasil o maior exportador de carnes bovinas do mundo, o surto atual atingiu em cheio esse setor, havendo, até o momento, bloqueio sanitário à importação de carnes bovinas por parte de nossos maiores compradores, acarretando aos produtores gigantesco prejuízo financeiro/material, moral e sem dúvida prejudicando a retomada das exportações do setor mesmo após a suspensão das importações pelo surto atual, configurando lucros cessantes.O objetivo deste artigo é avaliar se cabe ou não ação de perdas e danos e lucros cessantes, assim como reparação por danos morais dos produtores contra o Governo Federal e/ou os Governos Estaduais.Pressupostos:Como é sabido de todos, para aventar-se responsabilidade civil há que se falar em dano efetivo (e não dano potencial), ação ou omissão do agente e nexo causal entre ambos. Sendo a responsabilidade do tipo objetivo, carece-se de analisar se há culpa lato sensu ou não, o que será necessário perquirir caso trate-se de responsabilidade do tipo subjetivo.a) dano efetivo: os produtores afetados ou não diretamente pelo surto atual de febre aftosa indubitavelmente estão sofrendo prejuízos reais com o bloqueio à importação imposto pelos países consumidores, assim como com o bloqueio de outros estados brasileiros ao trânsito e comercialização internas de seus produtos. Isso é fato. Veja-se para tanto o noticiário político e econômico dos principais jornais e TVs do país nas últimas semanas. Mesmo estados não afetados pelo surto atual estão sofrendo boicotes internacionais, como é o caso de São Paulo, maior produtor de carnes bovinas do país, que sofre bloqueio da União Européia, o qual será mantido contra os estados do Paraná (afetado), Mato Grosso do Sul (afetado) e São Paulo (não afetado) por um mínimo de 7 meses antes de uma nova avaliação (O Globo, 28 de outubro de 2005, página 24, “Governo foi Alertado sobre Risco de Aftosa”). O montante deste prejuízo somente poderá ser avaliado, objetivamente, após alguns meses do boicote internacional, entretanto é enorme, haja vista os imensos investimentos feitos neste mercado nos últimos anos. Enorme será também a dificuldade do produtor em retomar a confiança dos importadores estrangeiros após a suspensão do boicote, principalmente frente aos produtos de outros países concorrentes do Brasil (Argentina, Austrália, EUA) livres há vários anos da praga da febre aftosa. Sendo o mercado internacional um mercado de difícil penetração, qualquer perda de posições por inépcia ou restrições sanitárias leva a um quadro de descrédito imenso, tomando vários meses ou anos, assim como custos elevados em propaganda, feiras e outras formas de convencimento, para reposicionamento dos exportadores novamente nos mercados perdidos.Importante deixar claro que, até o momento, analisamos apenas se houve dano. Logo, não podemos excluir da análise aqueles produtores que não vacinaram seu gado. Embora possam ter concorrido (para tanto veja-se discussão no próximo tópico) para seu próprio prejuízo, não nos cabe afastar que também eles tiveram prejuízo, perda do gado, perda de mercados, boicote. Prejuízo houve para todos, tenham ou não vacinado seu gado. E, conforme argumentado, a extensão do prejuízo sofrido não se limita apenas às cabeças de gado que deixarão de ser abatidas e vendidas nos meses vindouros (que podem ser calculadas em função de médias históricas) em função do boicote atual, mas também da diminuição das vendas nos anos por vir pela perda de mercados (danos emergentes – também calculáveis através de relatos históricos e da análise de contratos cancelados ou suspensos), assim como podem ser computados como danos os gastos a serem despendidos com a reconquista dos mercados e da confiança dos importadores estrangeiros, não limitados aos Estados afetados, mas abarcando todo o país e todos os produtores de carnes bovinas – ou outras – atingidos pela situação de boicote externo.b) Ação ou Omissão: Quem, por comissão ou omissão, deu ensejo à crise atual? O produtor? O Governo? Ambos?Segundo há notícias incessantes na mídia, o Governo Federal, responsável pela fiscalização de fronteiras (CF/88, artigo 21, XXII) e pelo fornecimento de vacinas e financiamento das campanhas de vacinação, assim como pela fiscalização (portaria 121/93 do Ministério da Agricultura, artigo 14), e os Governos Estaduais, concorrentemente, pela Vigilância Sanitária (CF/88, artigo 25, § 1o), foram fortemente omissos nas suas responsabilidades. A Fiscalização de Fronteiras secas entre o Estado do Mato Grosso do Sul e o Paraguai, até o momento imputado pelo próprio governo brasileiro como origem da doença na crise atual, deveria ser feita pelo Governo Federal. Para tanto foi realizado convênio com o Exército Brasileiro em 2001, mantido em 2002 e 2003, tendo sido, então, suspenso por este por falta liberação de verbas para sua continuidade. Ou seja, a fiscalização de uma ampla faixa de fronteira seca entre o Brasil e o Paraguai deixou de ser feita por seu responsável legal por falta de dinheiro há aproximadamente 2 anos. Como boa parte das fazendas fronteiriças no lado paraguaio pertence a produtores brasileiros, há um grande trânsito de gado entre as regiões, sem qualquer controle de zoonoses ou fiscalização sanitária, inclusive quanto à vacinação. Além de fiscalizar o gado que entre e sai do país, também cabe ao Governo Federal fiscalizar, conjuntamente com os governos estaduais, se a vacinação do gado está ocorrendo conforme as regras da Vigilância Sanitária (ver a mencionada portaria 121/93, específica sobre o assunto). Além disso, cabe ao governo central a liberação de verbas para os programas de vacinação e fiscalização. Segundo informes vinculados na mídia nos últimos dias, o contingenciamento dessas verbas (de mais de trinta milhões de reais para míseros milhares de reais) não permitiu uma efetiva cobertura vacinal e tampouco uma correta fiscalização.Mais, segundo notícia vinculada no jornal O Globo de 28 de outubro de 2005, no artigo acima mencionado, o Governo Federal teria sido avisado pelo governo do Estado do Mato Grosso do Sul sobre a tragédia iminente, inclusive sugerindo medidas preventivas. E nada foi feito! Não bastasse isso, o Ministro da Agricultura alardeou aos quatro ventos a desgraça vindoura, inclusive ao Ministro da Fazenda (veja coluna Miriam Leitão, O Globo, 28/10/05), sem que providências reais e efetivas fossem tomadas. Apenas as desculpas de sempre!Portanto, indubitavelmente o Governo Federal foi omisso nas suas tarefas de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, assim como foi omisso quanto à vigilância de fronteiras. Os Governos Estaduais também foram omissos em suas atividades de Vigilância Epidemiológica e Sanitária.E os produtores? Quanto a isso o raciocínio é mais rebuscado. Vejamos:Fácil concluir que os produtores que puderem comprovar que adquiriram a vacina, que tiverem os certificados de vacinação ou testemunhas de que efetivamente o fizeram (em fazendas de grandes produtores há veterinários contratados que costumam orientar na realização desses serviços), enfim, que tomaram as medidas sanitárias dentro da ordem legal estão sendo prejudicados por atos ou fatos de terceiros. Não atuaram com omissão ou comissão. Cumpriram suas obrigações e mesmo assim estão sofrendo danos.Os produtores que, por outro lado, apenas compraram as vacinas e não puderem efetivamente provar que as utilizaram (prática relativamente comum, segundo informações de pessoas que lidam no campo) estão em situação menos favorável. Entretanto, milita em seu favor a presunção de inocência e, dependendo da modalidade de responsabilidade (objetiva ou subjetiva), a inversão do ônus da prova, ou seja, deverá aquele que ale
gar que os produtores apenas compraram as vacinas e não as utilizaram provar o alegado, e não os produtores provarem que efetivamente fizeram uso das vacinas compradas.Em extremo oposto, os produtores que não adquiriram vacinas para o seu gado e, como decorrência não vacinaram o seu rebanho, não têm como alegar terem sofrido danos por culpa alheia. Logo, por omissão deram causa ao problema, certo? ERRADO!Embora pareça claro o raciocínio de que quem não vacinou conforme as regras da Vigilância Sanitária causou o problema em sua maior parte, sendo possível até mesmo imputar-lhe toda a culpa por sua omissão, esse raciocínio é equivocado. Uma pequena análise de como funciona a cobertura vacinal será necessária e por isso peço desculpas ao leitor, mas esse ponto é essencial para avaliar até que ponto a omissão desses produtores levou ao problema:Quando se faz campanhas de vacinação, seja em gente, seja em animais, o objetivo não é apenas a proteção isolada daquele animal ou pessoa. O objetivo maior é fazer-se o que se chama bloqueio vacinal. Isso quer dizer que se tenta bloquear a penetração do vírus em questão na região onde se está fazendo a vacinação. Assim, tendo atingido um certo percentual de pessoas ou animais vacinados, o bloqueio vacinal será dado por feito e os efeitos, teoricamente, atingidos. E qual percentual é esse? Noventa e cinco porcento. Atingido esse percentual, tem-se como feito o bloqueio, isto é, determinado vírus não deverá penetrar naquela área por estarem imunizados os seres susceptíveis de infecção. Animais ou pessoas individuais poderão até mesmo contrair a doença uma vez que pode haver imigração de seres não vacinados e as vacinas não dão imunidade em 100% dos casos (algumas garantem imunidade bem abaixo disso, diga-se de passagem), mas o objetivo precípuo da vacinação será atingido, qual seja, não haverá disseminação da doença. Assim, em uma população de um milhão de pessoas (ou de cabeças de gado), se vacinados 950.000, a cobertura vacinal estará completa.Por isso a ação ou omissão do produtor, que lhe impôs a perda de mercados ou mesmo do seu rebanho porque não vacinou seu gado, deverá ser mais bem analisada. Afinal, a garantia de vacinação individual de seu gado não implica eficiência da cobertura vacinal. Acaso a cobertura tivesse sido de 95% conforme preconizam os organismos internacionais, e estava a cargo dos Governos Federal e Estaduais garantir isso, mesmo o produtor eventual que não tivesse vacinado seu rebanho (na margem de 5%) estaria garantido. c) do nexo causal: há nexo causal quando há liame entre a ação ou omissão e o resultado efetivamente acontecido.No caso em tela, pode-se concluir que da omissão do Governo Federal, dos Governos Estaduais e dos produtores de carne bovina resultou o efeito epidemia de febre aftosa e suas conseqüências (boicote internacional, perda de credibilidade do exportador brasileiro, perda de mercados)?Primeiro, foi a epidemia de febre aftosa que ocasionou o boicote internacional à produção de alguns estados brasileiros de carne bovina? Não há dúvidas disso. O mercado internacional está carente de carne bovina, estando, inclusive, o produto em alta internacional em virtude de sua escassez relativa. O Brasil vem amealhando mercados anteriormente fechados a nós desde a epidemia de “doença da vaca louca”, da qual passamos incólumes devido à forma como criamos nosso gado vacuum, qual seja, extensivamente, sem o uso de alimentos à base de derivados animais – o chamado gado verde, isto é, alimentado exclusivamente com produtos vegetais. Com isso superamos a Argentina, a Austrália e os EUA nos mercados internacionais, abrindo novas fronteiras para o comércio de carne bovina nos últimos 5 a 10 anos. Ou seja, as perspectivas eram de melhora, não de piora nesse mercado, revelando ganhos crescentes, daí os investimentos também crescentes, inclusive especulativos, aumentando, agora, os prejuízos e sua extensão.O liame entre a omissão do governo central e dos governos das unidades federadas e o resultado nos parece óbvio. Responsável por garantir as fronteiras contra a entrada de gado susceptível de doenças e pestes, responsável maior pela vigilância epidemiológica, ao omitir-se, permitiu o Governo Federal que produtores inescrupulosos trouxessem gado estrangeiro não vacinado e portador da doença através de fronteiras secas, assim como não garantiu que houvesse efetivo bloqueio vacinal, que, se estivesse sendo cumprido, limitaria o impacto da doença a alguns poucos animais, não sendo isso suficiente para impor ao Brasil boicote tão severo e extenso. Os Estados também não realizaram sua tarefa de Vigilância, permitindo que existisse gado em seu território que não dispunha de certificados de vacinação, principalmente por serem as zonas de fronteira (região do foco inicial) zonas de alto risco, onde a vacinação é obrigatória.Quanto aos produtores que vacinaram seu gado, não há liame possível. Por óbvio, não houve omissão, daí não ser possível sequer falar-se em nexo causal. Os produtores que não vacinaram seu gado, por outro lado, pode haver liame entre sua omissão e o resultado final obtido? Conforme acima discutido, esse nexo causal é limitado. E isso se deve ao fato de que mesmo que alguns produtores individualmente não vacinassem seus rebanhos, havendo cobertura vacinal conforme preconizado nacional e internacionalmente, a extensão dos problemas seria bastante circunscrita. Com isso, apenas esses rebanhos deveriam ser afetados. Havendo bloqueio, o problema não estaria se estendendo a vários estados como parece ser o caso atual. Portanto, os produtores que efetivamente não tenham vacinado seu rebanho deram causa aos seus próprios males, mas não necessariamente aos males de outros rebanhos em outros estados. O mesmo vale para os responsáveis pela importação ilegal de gado contaminado e/ou não vacinado, se é que tal hipótese será confirmada – aliás, o Governo do Paraguai nega enfaticamente que seu gado seja portador da doença e o faz com base em declaração internacional de reconhecimento do Paraguai como país livre da febre aftosa, o que é um ótimo argumento. Ao importar gado contaminado, se for o caso, esses produtores trariam o mal para as suas próprias portas, mas não para outros Estados, caso os Governos houvessem garantido cobertura vacinal adequada, especialmente pensando-se que é obrigatório o controle nas divisas estaduais do transporte de produtos vivos ou não de origem animal, especialmente quanto aos riscos de disseminação de zoonoses. Logo, pode até haver liame entre suas ações ou omissões e os casos locais, circunscritos, mas jamais entre suas ações/omissões e casos distantes em outras unidades da Federação. Esse liame assemelha-se ao famoso caso de Direito Penal em que ao desferir um soco em Tício, Caio não pode ser responsabilizado pela eventual morte daquele em acidente de ambulância que veio socorrê-lo e bateu em um poste no transporte. d) culpa lato sensu: antes de abordar-se esse tema, devemos diferenciar a responsabilidade civil do Estado daquela porventura existente quanto aos particulares (importadores ilegais de gado e criadores de gado que não aplicaram as vacinas exigidas por lei). Quanto a esses, necessário se faz perquirir se houve ou não culpa ou dolo. Isto porque sua responsabilidade é calcada em princípios de boa-fé subjetiva aquiliana. Quanto àquele, diferentemente, não se pode falar responsabilidade subjetiva, mas sim em responsabilidade objetiva por força de imperativos constitucional e legal.Assim sendo, a responsabilidade do Estado (central ou federado) independe de qualquer modalidade de culpa lato sensu. Havendo dano, ação ou omissão e nexo causal entre eles, nasce o dever de indenizar. E no caso em tela, claramente, há.Quanto ao produtor rural que não vacinou seu gado ou importou ilegalmente rezes contaminadas, deve-se observar se houve culpa stricto senso ou dolo. Esse último também deve ser aferido quanto a ser direto ou eventual,
não em função de responsabilidade civil, mas em função de responsabilidade penal que acompanha paralelamente o caso em análise. Do ponto de vista civil, tanto faz se houve culpa ou dolo, basta existir qualquer um deles e em qualquer modalidade e nasce o dever de indenizar. Não há como negar que criador de gado que não vacina seus animais age com negligência. Aquele que importa animais sem controle vacinal e de forma ilegal, age com imprudência e negligência. Como os demais elementos da responsabilidade civil já haviam sido demonstrados, nasce para esses também o dever de indenizar.Como devem agir os produtores prejudicados:Quem são esses? Entendemos que foram afetados os produtores que efetivamente vacinaram seu rebanho e deixaram de fazer vendas para o mercado externo como conseqüência do embargo internacional, sejam eles dos Estados afetados, sejam de Estados não afetados, mas que sofram qualquer tipo de perda com o pânico que usualmente acompanha casos como esses.No nosso entender, demonstrada cabalmente a responsabilidade civil do Estado (Federal e Estadual) em indenizar, os produtores afetados deveriam começar um levantamento dos prejuízos efetivamente sofridos, tais como: vendas canceladas; gado que deixou de ser abatido; diminuição do preço da carne no mercado interno pelo superabastecimento derivado do fechamento dos mercados externos; diminuição do valor das marcas – para aqueles que trabalhem como empresas e tenham marcas com reconhecimento nacional ou internacional –; derivados da manutenção do gado no pasto por tempo acima do necessário usualmente; para aqueles que estavam em áreas livres de vacinação, as despesas decorrentes de sua inclusão em programas de vacinação obrigatórios.Além disso, deverá também o produtor pleitear os prejuízos derivados dos eventos futuros e certos perdidos, tais como contratos que normalmente eram realizados sazonalmente e deixarão de ser. Não cabe, entretanto, pedir indenização por eventos futuros e incertos, como expectativa de vendas. Exceto se houver como provar concretamente que a expectativa não era vaga, mas real, factível, o que não é simples de se fazer processualmente.Poderá, ainda, pleitear, futuramente, indenização pelos valores despendidos para reconquistar a confiança dos mercados perdidos, assim como pelos custos realizados em viagens, feiras ou outros eventos NECESSARIAMENTE vinculados à febre aftosa com o intuito de refazer sua posição no mercado externo. Como último corolário da responsabilidade civil, cabe, ainda, pedido de indenização por danos morais. Afinal, o produtor rural criador de gado teve sua honra violentamente atingida por descaso das autoridades em exercerem seu mister, sendo incomensurável o sofrimento daqueles que, por longos dias, padeceram sem saber como viriam a pagar empréstimos contraídos, fornecedores e outros que estejam pendentes, como acontece freqüentemente no agronegócio: paga-se depois da safra (ainda que seja “safra animal”). O montante será dimensionado de acordo com a intensidade do problema que se abateu sobre o produtor, sendo incomensuravelmente maior nos produtores dos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, mas também podendo estar presente em produtores de qualquer outra unidade federada.E o produtor que não é exportador, tem algo a reclamar? Sem dúvida. Mesmo não afetado diretamente pelo embargo internacional, creio que o produtor voltado exclusivamente para o mercado doméstico também será afetado, cedo ou tarde, por suas conseqüências indiretas. Normalmente, devido ao superabastecimento, os preços dos produtos caem vertiginosamente no mercado interno. Assim sendo, os produtores que tiveram seus lucros diminuídos como conseqüência do problema analisado também poderão pleitear indenização. Cabe, ainda, também indenização por dano moral, nos mesmos moldes discutidos acima.E contra quem deve ser dirigida a ação?Por ser o principal responsável pelo problema, o Governo Federal deverá ser parte na ação, cabendo ou não litisconsórcio passivo com o respectivo Governo Estadual. Não aconselhamos a inclusão dos proprietários que foram omissos em suas condutas. Isso apenas por problemas de ordem processual, tentando-se, assim, evitar o tumulto processual. Eventualmente, caso considerem possível, poderão os Governos condenados realizarem ação regressiva contra aqueles, presentes os seus pressupostos.Conclusão:Por omissão dos Governos Federal e Estaduais em exercerem suas funções constitucional e legalmente definidas, houve uma tragédia no agronegócio de venda de produtos de origem bovina, mercado líder mundial. Prejuízos imensos estão sendo suportados pelos produtores, fornecedores e investidores do setor.Demonstramos estarem presentes os pressupostos da responsabilidade civil do Estado e também dos produtores faltosos com suas obrigações de zelo em vacinar, cabendo, pois, ação de indenização por danos morais e materiais contra o Estado Federal Brasileiro e os Estados Federados.Esperemos que, ainda que ações como essas levem muitos anos para serem resolvidas, os produtores tomem o caminho do Judiciário, nem que seja para que o governantes vejam, ainda que tardiamente, o tamanho do problema que criaram com sua incompetência. Antes tarde do que nunca.Gustavo Lima Camposmédico, bacharel em Direito pela UNIPAC – Ubá (MG), especializando em Direito Tributário e Direito do Trabalho

Não sobrou nada no governo, diz José Dirceu

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08/12/2005 17h29 – Atualizado em 08/12/2005 17h29

FOLHA PRESS

O deputado cassado José Dirceu afirmou que “não sobrou nada no governo” e que as denúncias de corrupção são uma tentativa dos adversários políticos do PT para desestabilizar o governo Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações fazem parte de uma entrevista publicada na revista “Fórum” e cuja íntegra foi divulgada pela assessoria de imprensa do ex-parlamentar. A tese de que as denúncias de corrupção são “pretexto” para a direita derrubar o governo é mencionada em pelo menos duas ocasiões da entrevista. Na primeira vez, quando rememora seu histórico de lutas políticas desde os anos 60: “Agora estamos travando um outro tipo de luta. Vou falar com sinceridade: não dou nenhuma importância pro [sic] Roberto Jefferson [deputado cassado e autor das denúncias sobre o “mensalão”] e pras denúncias de corrupção nos Correios. Isso foi um pretexto, uma espoleta”. Em um segundo momento, afirma: “quero repetir: denúncias de corrupção na administração pública federal, e descoberta de caixa 2 no PT são dois pretextos de um grande movimento que a direita do país, o PSDB e o PFL, a esquerda como o PSOL, o PPS, o [Fernando] Gabeira [deputado pelo PV], empalmaram para acabar com a experiência de um governo de esquerda no Brasil”. O deputado cassado também indica que, em sua opinião, o governo Lula foi esvaziado de seus quadros políticos. Quando questionado sobre sua possível cassação [a entrevista foi feita pouco dias antes da votação na Câmara], ele responde: “Eu sou só um símbolo. Na verdade, não sobrou nada no governo. Luiz Gushiken, José Dirceu, no PT, o presidente da Câmara, o líder do governo, José Genoino…Eles querem criminalizar o PT, a esquerda não pode governar, como disse o Thales Alvarenga, que falou que isso era mais uma prova de que a esquerda não sabe governar, são ignorantes, corruptos”. Dirceu centra suas críticas ao PSDB, o PFL e a governo FHC, mas não poupa seu próprio partido nem o governo Lula. “Quando a oposição introduz a violência na vida política brasileira falando que vai surrar o presidente e ninguém criticou, todos apoiaram, quando o [Jorge] Bornhausen [presidente do PFL] fala da ‘raça’, quando falam que o presidente é bandidão e o Fernando Henrique cala, o Tasso Jereissati [presidente do PSDB] cala, os governadores calam, significa que eles querem derrubar o governo”, acusa. Sobre o governo anterior, Dirceu avalia que “o governo Fernando Henrique nunca deixou instalar uma CPI. Se tivesse uma CPI no governo FHC, talvez ela tivesse se transformado em um processo de impeachment e ele disse isso em vários jornais e revistas da época”. Mais adiante, considera que “foi certo não fazer uma devassa no governo FHC”. Em relação ao governo Lula, Dirceu sugere que o presidente não avançou em questões da agenda política do partido e optou por fazer uma transição mais lenta para uma administração de esquerda. “Por mais que esse governo tenha problemas, que não tenha avançado em questões importantes, é o melhor governo que o Brasil teve desde 1985. Comparado com FHC, ganhamos de longe a disputa política”, disse ele. Em relação às denúncias de corrupção, diz: “quero saber se provam que o presidente, o PT, os ministros, o núcleo do governo têm relação. O PT tem que responder, e estamos respondendo, pelos empréstimos, pelo caixa 2, pelo movimento que fizemos de levantar recursos no BMG, nas empresas do [empresário Marcos] Valério. Eles não provaram nada até agora de dinheiro de estatal, de superfaturamento, de contrato fictício”. Ao ser questionado sobre o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e a responsabilidade dele na crise do PT, ele critica o partido pela expulsão do executivo da legenda, que admitiu o uso de “recursos não contabilizados” nas campanhas eleitorais. “Pelo que já foi apurado pela Comissão de Ética do PT, o Delúbio já foi expulso por isso e o Genoino renunciou à presidência. Os mecanismos de controle e de fiscalização não foram respeitados no partido. Quando eu era presidente isso não acontecia. É uma questão que o PT já julgou, senão o Delúbio não teria sido expulso. Votei contra a expulsão, votei pela suspensão de três anos pra esperar acabar toda essa crise”.

Chuvas e raios podem atingir sete Estados e o DF

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08/12/2005 17h24 – Atualizado em 08/12/2005 17h24

Terra

Sete Estados e o Distrito Federal poderão ser atingidos por chuva forte acompanhada de raios entre hoje e sábado, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional. As regiões mais atingidas serão o sul, centro e oeste da Bahia; Distrito Federal; Goiás, especialmente no centro e no norte do Estado; o oeste, centro e norte de Minas Gerais; o sul e centro do Piauí e Tocantins; o centro do Maranhão e o leste e centro do Mato Grosso. A Defesa Civil alerta pra que a população evite a permanência em áreas sob risco de alagamentos, deslizamento de terra e de pedras – zonas ribeirinhas, baixadas, morros e encostas. A Sedec também aconselha que o cidadão busque abrigo em lugares que ofereçam proteção contra raios.

Papai Noel é multado por excesso de velocidade

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08/12/2005 17h17 – Atualizado em 08/12/2005 17h17

Terra

Um Papai Noel terá que encontrar uma nova maneira de entregar os presentes de Natal na Alemanha, depois de ter sido multado por excesso de velocidade. Bernhard Siewert, 36 anos, foi parado por um policial próximo à cidade de Munster quando usava uma roupa de Papai Noel. Segundo o site Ananova, Bernhard afirmou que corria porque estava atrasado para uma festa em que entregaria presentes. O policial disse que Bernhard estava a 140 km/h numa área de 90 km/h e que não podia ignorar a lei nem para o Papai Noel. Bernhard Siewert ficará três meses sem poder dirigir.

Candidato a deputado é morto a tiros no Iraque

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08/12/2005 17h07 – Atualizado em 08/12/2005 17h07

JB Online

Um candidato a deputado nas eleições legislativas previstas para a próxima quinta-feira (15) no Iraque foi assassinado a tiros hoje (8) por um grupo de desconhecidos em um bairro da capital iraquiana. Abdulsalam al Friyi, que era da lista eleitoral do Movimento do Povo do Iraque (MPI) – de tendência laica -, morreu em uma emboscada na zona de Al Azamiya, centro de Bagdá, informou o líder da lista Mazal al Alusy. O líder político exigiu que as autoridades de segurança abram uma investigação para esclarecer o assassinato e deter seus autores. Alusy formou o MPI no ano passado, após sua expulsão do Conselho Nacional Iraquiano – partido político liderado por Ahmed Chalabi – por ter visitado Israel. Durante este ano, o chefe do MPI saiu ileso de duas tentativas de assassinato nos quais dois filhos dele morreram.

Publicada lista de isenção para concurso da SED

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08/12/2005 17h03 – Atualizado em 08/12/2005 17h03

SED/APN

Foi publicada hoje, no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul, a lista de candidatos que tiveram a isenção de taxa de inscrição deferida e indeferida para o concurso público de funcionários administrativos da Secretaria de Estado de Educação (SED). Foram 97 pedidos aceitos para isenção da taxa de inscrição, contra 155 indeferidos.Nesse último caso, os candidatos terão um prazo de dois dias, a contar de hoje, para efetuar o pagamento da taxa através de depósito bancário, no Banco do Brasil, agência 3153-4, conta corrente 13082-6. O comprovante de depósito deve ser enviado, juntamente com a fotocópia do documento de identidade, à Fapems, na rua João Pedro de Souza, 139, Monte Líbano, Campo Grande (MS), CEP 79.004-680, até o dia 14 deste mês, no horário das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h30. O candidato com a isenção da taxa indeferida que não cumprir as normas estabelecidas, perderá os direitos da inscrição e, conseqüentemente, da realização da prova.As provas serão aplicadas no dia 22 de janeiro de 2006, e terá quatro horas de duração. Os candidatos serão avaliados em Língua Portuguesa, Matemática, noções de legislação, conhecimentos específicos e de informática. O governo do estado está oferecendo 1,5 mil vagas, sendo 196 para o cargo de gestor de atividades educacionais, 169 para assistente de atividades educacionais, e 1.135 vagas para agente de atividades educacionais.

Comandante da Guarda lança livro sobre o trânsito

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08/12/2005 17h01 – Atualizado em 08/12/2005 17h01

Dourados News

O inspetor Manoel Capilé Palhano, comandante da Guarda Municipal de Dourados, vai lançar na próxima semana o livro “Trânsito em linguagem simples”, destinado aos usuários do trânsito, estudantes e demais segmentos da comunidade interessados em entender o funcionamento desse sistema. O lançamento do livro, editado pelo jornalista Nicanor Coelho e o Grupo Arandu, vai acontecer durante happy hour no restaurante Paladar, na próxima segunda-feira, dia 19, véspera do aniversário de Dourados, a partir das 18 horas.

Polícia prende assassino de capoeirista

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08/12/2005 16h55 – Atualizado em 08/12/2005 16h55

Olair Nogueira

O delegado, José Renato Miguel, do primeiro distrito policial de Três Lagoas, está nesse momento interrogando um adolescente acusado da morte do capoeirista, Sidney Vicente Ferreira o “Ney”, de 34 anos. Ele foi morto no mês de outubro, nas esquinas da Avenida Capitão Olinto Mancini com Oscar Guimarães. Ferreira foi morto com três disparos de arma de fogo ao tentar separar uma briga próximo à Boate Hangar na madrugada. As primeiras informações da polícia civil, 12 dias após o homicídio, eram que um adolescente era o autor dos disparos.O adolescente, conhecido como “Tiaguinho” foi preso na cidade de Adamantina, no interior de São Paulo.

Pontes comecam a ser recuperadas

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08/12/2005 16h49 – Atualizado em 08/12/2005 16h49

Assessoria de Comunicação

A ordem de serviço para realização das obras foi assinada na manhã desta quinta-feira (8) pelo vice-prefeito e secretário de Agronegócios, Luiz Akira, em ato que contou com a presença dos vereadores Jorginho do Gás, Vera Helena, Ângelo Guerreiro e Cláudio César; do diretor do Departamento de Obras e Serviços (DOS), Paulo Rebello; Moisés Dias Portilho, representante da MDP Construção Civil, empresa responsável pelas obras; do secretário de Obras, Getúlio Neves; do capataz da fazenda Katayama, Alex Sander Martineli Carvalho, além de órgãos de imprensa.Prejuízo econômico e socialO pedido para reconstrução das pontes, uma sobre o Ribeirão Campo Triste, na região do Katayama e a outra sobre o Córrego Fundo, próximo a Brasilândia, partiu do vereador Ângelo Guerreiro, através de indicação.Segundo o vice-prefeito, a falta de trafegabilidade nos dois pontos está prejudicando não só a questão econômica, impedindo o escoamento da produção e o transporte de boiadas. “A questão envolve também o lado social, uma vez que as crianças que moram nestas regiões não conseguem chegar até as escolas”, enfatizou Akira.O problema ocasionado pela deterioração das pontes, segundo Paulo Rebello, perdura há seis meses. Nesse tempo, estima-se que cerca de 30 crianças estejam com dificuldades para chegar às aulas.Recursos própriosO recurso para o conserto das pontes é todo proveniente dos cofres municipais, num total de R$ 100.090,00, sendo R$ 56.999,52 para a reforma da ponte do Katayama e 43.090,48 para a ponte do Córrego Fundo. Esse recurso prevê a troca do madeiramento, reforço do esteio e mudança da estrutura das pontes. “Vamos aproveitar a reforma e adequá-las ao padrão da Agesul, subindo um pouco o nível e aumentando a durabilidade do trabalho”, informou o responsável pela empresa que executará a obra.O trabalho de conserto tem prazo de 60 dias para ser concluído, sendo que esse tempo pode ser reduzido se as chuvas não prejudicarem o cronograma.A ponte do Katayama possui 13 metros de extensão e a que fica sobre o Córrego Fundo, 8 metros. Durante o trabalho, as estradas onde elas estão situadas deverão ficar interditadas. Seis homens, além de máquinas e caminhões, farão o serviço.“Tomara que a chuva não atrapalhe e o serviço possa ser realizado rapidamente. As crianças e a economia do município não podem ficar parados”, concluiu Akira.

Com show do Ultraje, 3º Motofest espera 15 mil

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08/12/2005 16h46 – Atualizado em 08/12/2005 16h46

Folha da Região

O 3º Motofest, que começa na sexta-feira e vai até domingo, em Andradina, deve atrair 15 mil pessoas. Essa é a expectativa de público anunciada pelos organizadores. No ano passado, o evento movimentou cerca de 12 mil pessoas. Segundo a organização, praticamente já não há vagas nos hotéis de Andradina.Já estão confirmados participantes de motoclubes de diversas cidades do país, como: Araçatuba, Lins, Limeira, Campinas, Botucatu, Maringá, Londrina, Campo Grande, Foz do Iguaçu, Ponta Porá e Iturama.A principal atração da festa será o show da turnê acústica da banda Ultraje a Rigor, na noite de sábado.Durante os três dias de evento, haverá apresentações de globo da morte, rodas de fogo com equipes de borrachão, e das equipes especialistas em acrobacias com motocicletas Cobras Motoshow e Superesporte de Wheelling.O evento acontecerá no recinto de exposições Miguel Rodrigues da Silva, mesmo local onde ocorre a Expoan. Hoje, o ingresso para os três dias está sendo vendido a R$ 12. A partir de amanhã, o preço passa para R$ 15. A informação da organização é que não serão vendidos ingressos separadamente para apenas um dos dias da festa. O valor será preço único e a pessoa terá o direito de ir os três dias, informou o advogado José Roberto Lopes, um dos colaboradores do evento.ESTRUTURA – Além dos hotéis, está sendo oferecida aos visitantes uma estrutura de estadia no recinto da festa. Foi reservada uma área para camping com chuveiro elétrico para banho quente.Existirá também uma praça de alimentação que servirá café da manhã, almoço e jantar.

Bombeiros ainda não iniciaram buscas por criança

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08/12/2005 16h44 – Atualizado em 08/12/2005 16h44

RMT online

O Corpo de Bombeiros ainda não iniciou as buscas pela criança que teria se afogado em um lago de Campo Grande. A vítima de aproximadamente 10 anos nadava no local, que fica na saída para Aquidauana, quando teria desaparecido na água. A família da criança já está no local junto com uma equipe administrativa da Corporação. A viatura de resgate deve chegar ao local dentro de poucos minutos.

Argentina morre rezando esmagada por vitral

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08/12/2005 16h42 – Atualizado em 08/12/2005 16h42

AP

Uma mulher que rezava ajoelhada na catedral da cidade de Catamarca, na Argentina, morreu esmagada, nesta quinta-feira, quando um vitral se desprendeu do teto e caiu sobre ela. Outras três pessoas ficaram feridas. O acidente comoveu centenas de fiéis que chegavam à cidade para celebrar amanhã o dia da Virgem do Vale – padroeira de Catamarca. O bispo do local pediu o fechamento temporário da igreja. A catedral foi construída em 1869 e é um dos templos católicos mais importantes da Argentina. Só a parte central da igreja mede 58 metros e sua cúpula, mais de 42 metros.

Dia de Campo acontece amanhã na Embrapa

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08/12/2005 16h34 – Atualizado em 08/12/2005 16h34

Assessoria

A Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, juntamente com a Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (AEAGRAN) e o Grupo Plantio na Palha (GPP) realizam amanhã, dia 09, a partir das 8 horas, o Dia de Campo “Cobertura do Solo com Brachiaria”, no auditório da Unidade.Em pauta, “Pastos perenes consorciados com soja” tema ministrado por Luís Armando Zago Machado, “Consórcio de /Brachiaria/ spp. com milho safrinha” por Gessi Ceccon e “Manejo de nematóides com /Brachiaria/ spp.”, com Guilherme Asmus. Os palestrantes são pesquisadores da Embrapa e executam pesquisas sobre os assuntos em questão há alguns anos.

Pavimentação é esperada por moradores

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08/12/2005 16h25 – Atualizado em 08/12/2005 16h25

Renata Prandini

Os moradores dos bairros, Vila Aeroporto, Vila Haro e região, aguardam ansiosos a pavimentação da avenida Rafael Di Haro. Segundo a dona de casa, Cleonice Lopes da Silva, 47 anos, mãe de quatro filhos, o asfalto sanaria principalmente o problema com as chuvas. “Quando chove nós ficamos ilhados dentro de casa, a avenida se transforma em um verdadeiro rio, nós só saímos de casa em casos de emergência, isso porque graças a Deus temos um carro”, comentou ela. Cleonice explicou que a situação é ainda pior para ciclistas e pedestres. “Eles não têm como sair de casa mesmo, não tem por onde passar”. A dona de casa, que mora há sete anos na avenida, ainda lembrou da questão da valorização do imóvel com a vinda do asfalto. “Estou confiante desta vez, afinal foi uma promessa de campanha da Simone, mas já avisei que se o asfalto não vir vou à prefeitura bater panelas”, brincou ela.MECÂNICAJá para o motorista Rosemiro Fernandez de Souza, 54 anos, morador de rua B, da Vila Aeroporto, o beneficio com a vinda do asfalto será a econômica com as oficias mecânicas. “Esses dias eu cheguei a gastar quase R$ 500 para arrumar o meu carro, esses defeitos geralmente são causados pelos buracos na rua”, comentou. Ele concordou com Cleonice no ponto da valorização dos imóveis na região. O motorista lembrou que a situação ainda é pior para aqueles que não possuem meios de transporte. “Os pedestres e os ciclistas são os que mais sofrem com a falta do asfalto, quando chove, são obrigados a andar na lama mesmo e quando o tempo está seco é devido ao areão, que chega a derrubar ciclistas”, comentou ele. Ele completa dizendo: “Entendo que não tem como a prefeitura arrumar tudo, mas ouço que a Rafael Di Haro vai ser asfaltada desde que me mudei pra cá, há 18 anos, toda eleição é a mesma coisa, espero que desta vez o nosso pedido seja atendido”.A dona de casa Valéria Cristina de Almeida Costa, 36 anos, também esta esperançosa com a pavimentação asfaltica. Ela, que mora na rua 3 do Jardim Esperança há quatro anos, diz que o maior problema é na hora de levar a filha de cinco anos à escola. “Quando está chovendo, a menina chega à escola toda suja de lama, e quando o tempo está seco tem pontos que tenho que descer da bicicleta e empurrá-la por conta da terra”, explicou. A pavimentação já foi anunciada pela prefeita Simone Tebet (PMDB) e será realizado com recursos provenientes de emenda parlamentar do Senador Ramez Tebet (PMDB). Ao todo serão investidos R$ 900 mil no asfaltamento da avenida. A previsão é de que as obras iniciem em março do próximo ano, quando o dinheiro estará disponível.

Polícia do Haiti registra 40 seqüestros na capital

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08/12/2005 16h23 – Atualizado em 08/12/2005 16h23

France Presse

A polícia do Haiti divulgou um comunicado nesta quinta-feira (8) dizendo que 40 pessoas foram seqüestradas em diferentes bairros da capital do país, Porto Príncipe, entre os dias 20 de novembro passado, e o último dia 5. “Ao menos oito pessoas foram seqüestradas entre nos últimos dois dias em Porto Príncipe, das quais três são da mesma família”, anunciou nesta quinta-feira a emissora privada de rádio Visión 2000. Entre as 40 pessoas seqüestradas nestes últimos 15 dias, figuram 13 estudantes do Haiti que viajavam num ônibus escolar, um jornalista e um missionário norte-americano. Todos pagaram resgate aos seqüestradores. Segundo a polícia, três pessoas foram libertadas em uma operação anti-seqüestro. O serviço de comunicação da polícia anunciou que 171 pessoas foram presas em Porto Príncipe. Elas estariam envolvidas em roubos de veículos, seqüestros e porte ilegal de armas de fogo. Essa onda de seqüestros ocorre no momento em que o país se prepara para o primeiro turno das eleições presidenciais e legislativas previstas para janeiro de 2006. A missão de estabilização da ONU (Organização das Nações Unidas), Minustah — que é liderada pelo Brasil–, conta com cerca de 7.500 membros, que estão no país há 18 meses. Os membros da força da ONU disseram que vão garantir a segurança nas primeiras eleições nesse país depois da partida para o exílio do ex-presidente Jean Bertrand Aristide

Jogadores seminus protestam contra Fifa

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08/12/2005 16h16 – Atualizado em 08/12/2005 16h16

Terra

Jogadores de futebol do Chipre protestaram seminus contra a proibição pela Fifa de partidas de futebol, incluindo amistosos, na parte turca do país. Os atletas foram recrutados por um grupo de direitos humanos e realizaram o protesto nesta quarta-feira (8/12) em frente ao hotel Jasmine Court de Kyrenia. A proibição se deve ao fato de que a ocupação da região não ter sido reconhecida internacionalmente, apesar de o fato ter ocorrido em 1974.

PARANAÍBA:Férias para funcionários municipais

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08/12/2005 16h12 – Atualizado em 08/12/2005 16h12

Radar MS

De acordo com o Decreto n.º 2.454, assinado pelo prefeito Manoel Roberto Ovídio e pela secretária de administração- Janete Aparecida dos Santos, a partir do dia 19 de dezembro de 2005 até o dia 09 de janeiro de 2006, funcionários municipais estarão de férias coletivas, conforme expressa o artigo 1º do Decreto.As férias coletivas, entretanto, não se aplicam aos servidores que exercem atividades que por sua natureza não permitiam paralisação, tais como contabilidade, licitação, Departamento de Recursos Humanos, ambulância, PSF, limpeza urbana, entulho, tapa-buracos, arrecadação e casa de velório.

Mulher é presa acusada de furto

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08/12/2005 16h05 – Atualizado em 08/12/2005 16h05

Renata Prandini

Silvana Martins de Souza, 38 anos, foi presa pela Polícia Militar após arrombar uma residência no bairro Vila Nova. O fato ocorreu por volta das 9h30m, na rua Bernardino Mendes Montalvão. Segundo informações da Polícia Militar, vizinhos flagraram Silvana no momento em que teria arrombado a porta dos fundos da casa e entrado. O fato foi comunicado à PM, que conseguiu deter a acusada ainda dentro da residência. Ainda na casa, os policiais militares encontraram um aparelho de som da marca Britânica, uma televisor LG de 20 polegadas, três CDs, um tapete e uma lata de leite condensado já do lado de fora, próximo à bicicleta da acusada. A proprietária da casa, a diarista Maria Aparecida Ramos da Cruz, 40 anos, informou à reportagem que a TV e o aparelho de som seriam os objetos de maior valor na casa. Silvana, que conforme a PM, cumpre pena no regime semi-aberto também por furto, foi encaminhada ao 1° Distrito Policial, onde foi autuada em flagrante.

Wanderlei Luxemburgo critica o Real Madrid

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08/12/2005 16h04 – Atualizado em 08/12/2005 16h04

Aquidauna News

O técnico brasileiro Vanderlei Luxemburgo, que no domingo foi demitido pelo Real Madrid, criticou nesta quinta-feira, em um pronunciamento oficial, a decisão do clube espanhol de interromper seu trabalho.”Quando cheguei ao Real Madrid, trazia comigo um projeto. Pensava que na Europa [as pessoas] respeitavam mais os projetos e que estes não dependiam dos resultados. Nunca imaginei que perder um clássico [3 a 0 para o Barcelona, dia 19 de novembro] pudesse criar tanta instabilidade em uma entidade tão importante quanto o Real Madrid. Contudo, são coisas que, embora me decepcionem, me serviram para tomar conhecimento do funcionamento desta grande entidade”, diz o comunicado lido pelo treinador.Apesar da demissão, Luxemburgo agradeceu a oportunidade que lhe foi dada pelo Real Madrid no mercado europeu, disse que não se arrependeu por ter aceitado o convite e que a experiência foi importante em sua carreira. Luxemburgo disse ainda que, caso continuasse no cargo, terminaria a temporada com pelo menos um título.”Sempre disse que ganharíamos a Liga [o Campeonato Espanhol] e sigo convencido disso porque a equipe iria crescer. Estava seguro de que em julho conseguiríamos pelo menos um título. Foi com essa confiança que trabalhamos nos meses em que estivemos aqui. Contudo, nunca pensei que o planejamento fosse cortado desta maneira”, explicou.”Estávamos em uma situação ruim, mas sabia que [a fase] acabaria com as três semanas em que poderia treinar com todo o grupo. Estava convencido de que a equipe sairia desta situação e fiquei surpreso quando me dei conta de que um clube tão grande não entendia esses detalhes.”Luxemburgo também agradeceu o apoio dos jogadores, dos empregados do clube, da imprensa e da torcida, apesar das vaias que recebeu. O treinador brasileiro não falou sobre o futuro.

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