01/12/2005 10h22 – Atualizado em 01/12/2005 10h22
Midiamax News
Após a tentativa de invasão do quartel do 17º RC Mec (Regimento de Cavalaria Mecanizado) em Paranhos por uma quadrilha do Paraguai na terça-feira passada, o Exército Brasileiro montou barreiras nas saídas e entradas do município e na região de fronteira para tentar identificar os autores. Como forma de intensificar a segurança na área, os militares estão equipados com armamentos pesados e contam com o apoio de carros de combate.Além disso, agentes da Polícia Federal e oficiais do Exército também estão em Paranhos trabalhando na investigação do caso, sendo que a organização militar também abriu sindicância para apurar a invasão, ocorrida por volta de 1h30 da terça-feira passada. Segundo o comando do 17º RC Mec, os indivíduos teriam adentrado na área militar pela parte dos fundos das instalações e, ao serem abordados por sentinelas que faziam a segurança, teriam fugido para um matagal, chegando a efetuar disparos de armas de fogo que provocaram a reação dos militares que revidaram.De acordo com o Exército, os sentinelas realizavam a segurança normal das instalações do destacamento militar, que fica na periferia da cidade de Paranhos e a menos de três quilômetros da fronteira com o Paraguai, quando passou por uma rua em frente à subunidade militar uma caminhonete com alguns homens na carroceria seguida por uma motocicleta com dois ocupantes. Ao se afastarem cerca de 200 metros, os veículos pararam, deixaram cerca de seis a sete homens e seguiram em frente, quando os indivíduos teriam adentrado na área militar próximo a uma antiga quadra de esportes.Ao notar que os homens estavam dentro da área de segurança nacional, o soldado que realizava a sentinela no posto de guarda teria avisado os demais membros da guarnição que se deslocaram em direção ao grupo para realizar a abordagem. Segundo o comandante do 17º RC Mec, coronel Caio Túlio Salgado de Oliveira, os militares informaram que foram seguidas a risca todas as normas padrão de abordagem, porém, ao notarem que haviam sido descobertos, os indivíduos teriam saído correndo em direção a uma reserva ambiental situada no interior da própria área militar, foi quando os militares teriam efetuado disparos para o alto na tentativa de intimidar o grupo.Segundo o comando, os indivíduos não se intimidaram com os disparos efetuados pelos militares e adentraram na mata de onde teriam efetuado alguns disparos de armas leves, segundo o Exército, provavelmente de revólver calibre 38, instante que os militares voltaram a efetuar novos disparos, dessa vem em direção ao local onde o grupo adentrou na mata, mas ninguém foi atingido. “Não podemos precisar se os disparos dos indivíduos foram efetuados em direção aos militares ou para o alto como forma de intimidar a iminente perseguição”, relatou o comandante do 17º RC Mec ao informar que é precipitado avaliar que o ato foi diretamente com o adjetivo de atacar a subunidade militar.“As investigações é que irão levantar essas informações, nenhuma possibilidade esta sendo descartada, inclusive a de uma possível represália a algum ato praticado por militares lotados no Destacamento que tenha descontentado integrante do grupo”, relatou o coronel do Exército, completando que logo após tomar conhecimento do episódio determinou o reforço da segurança das instalações militares do Exército em Paranhos.No mesmo dia do ocorrido, o comandante, acompanhado de oficiais do Exército, esteve em Paranhos e acompanhou pessoalmente as buscas na mata, na região por onde o grupo empreendeu fuga durante a madrugada. “Foi realizada uma varredura geral na região, mas nada foi encontrado”, disse o coronel, relatando que também não ficou constatado que os disparos efetuados em meio à mata pelo grupo tenham sido em direção aos militares, haja vista que não foi encontrado nenhum local de impacto de projeteis nas dependências da instalação militar. Durante estadia no município de Paranhos, o comandante do 17º RC Mec manteve contatos com os organismos da polícia estadual local, as polícias Civil e Militar que também instauraram procedimentos e estão trabalhando no caso. “Nosso objetivo agora é apurar quem são os invasores e os objetivos que levaram o grupo a adentrar na área militar”, disse, informando que também manteve contado com autoridades paraguaias, entre elas o comandante da unidade do Exército Paraguaio da cidade de Ypê-Jhú que faz divisa com Paranhos e as autoridades daquele país também teriam oferecido apoio no sentido de identificar o bando, caso o grupo tenha cruzado a fronteira e esteja escondido no Paraguai.