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sexta-feira, 29 de março de 2024

Para economizar anestésicos, Covid reduz cirurgias até em clínicas veterinárias

Alguns anestésicos usados em animais são os mesmos usados em humanos e, por isso, conselho pediu que cirurgias eletivas sejam evitadas

CAMPO GRANDE NEWS – O CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul) recomendou aos profissionais das clínicas de pequenos animais que evitem cirurgias eletivas durante o período da pandemia do novo coronavírus (covid-19), já que muitos anestésicos são os mesmos ministrados no tratamento da doença em humanos.

As clínicas já relatam escassez dos medicamentos, alta nos preços e suspensão das cirurgias em decorrência da pandemia da covid-19.

A reunião virtual foi realizada na semana passada, segundo a conselheira efetiva do CRMV-MS, Gizelly Gonçalves Bandeira Mello. A intenção foi alinhar procedimentos a serem tomados para evitar prejuízo no trabalho veterinário e no atendimento nos hospitais do Estado. Na lista de anestésicos compartilhados nas duas áreas estão propofol, midazolan, fentanil, quetamina, remifentanil, morfina, alfentanil e sulfentanil.

A preocupação é conseqüência do ocorrido em Canoas (RS), onde a secretaria municipal de Saúde recorreu às clínicas e hospitais veterinários em busca dos sedativos necessários para entubação de pacientes com quadro grave de covid-19. “Temos que orientar aos profissionais que essa situação pode acontecer aqui no Estado”.

A recomendação é que os veterinários não façam estoque desses produtos e adotem protocolos alternativos para as cirurgias. “Desde fim de maio, começo de junho já está difícil comprar”, explica a conselheira.

A medida, além de evitar o desabastecimento das clínicas e gastos maiores, já que muitos sedativos tiveram reajuste nos preços. Gizelly cita como exemplo o preço da ampola de Propofol, que oscilava de R$ 7 a R$ 11 e hoje custa R$ 60.

Em nota, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) diz que a competência da compra dos medicamentos é dos hospitais, não tendo informação de desabastecimento. Mas, por conta da pandemia, cadastraram intenção de ata de registro de preços no Ministério da Saúde, licitação que ocorrerá esta semana.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) diz que são utilizados midazolan, fentanila, cetamina e morfina nas unidades 24 horas e Samu e que os estoques na rede estão normalizados, e ainda sem previsão para a aquisição de novos.

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