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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Planos de saúde são cobrados por uso de leitos de UTI da rede pública

12/09/2018 08h30

MPE investiga Unimed e Cassems por falta de vagas neonatais e pediátricas

Redação

Os dois maiores planos de saúde que atuam em Campo Grande estão sendo cobrados pela falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais e pediátricas. O Correio do Estado denunciou na edição do dia 21 de agosto, o uso de leitos intensivos do Sistema Único de Saúde (SUS) por pacientes privados.

Há em Mato Grosso do Sul, apenas 13 leitos para recém nascidos mantidos de forma privada, sendo dez na Capital e três em Dourados.

Cadastrado em julho deste ano, o inquérito civil da 32ª Promotoria de Saúde apura “o impacto na Saúde Pública de Campo Grande, causada pela falta de leitos de UTI pediátrico e neonatal, nos Hospitais da Unimed e da Cassems”.

Segundo o superintendente de Relações Institucionais de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Antônio Lastória, todos os cidadãos têm direitos aos atendimentos, no entanto, a rede pública não pode ser sobrecarregada, que é o que vem ocorrendo.

“Está sendo feito um acompanhamento junto com o MPMS [Ministério Público Estadual] para questionar a Unimed e a Cassems. Já que eles (planos) têm dois hospitais, por quê não têm UTIs neonatais e pediátricas?”, questionou.

Segundo Lastória, o MPMS já encaminhou à Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul (Cassems) e à Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed) ofícios para saber da estrutura dos hospitais mantidos por ambas e ainda, questionando a razão de não contarem com leitos intensivos para recém nascidos e crianças até 12 anos de idade.

“Está no prazo dos planos apresentarem a resposta”, disse o superintendente, ressaltando que, até onde ele sabe, apenas a Cassems tem projeto para instalar UTI, mas pediátrica, em sua unidade hospitalar. “O projeto é de oito leitos”, comentou.

(*) Correio do Estado

Sesau acompanha inquérito e quer esclarecimentos dos planos de saúde - Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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