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sexta-feira, 19 de abril de 2024

PM que matou ex-namorada será exonerado, afirma corporação

08/05/2018 13h03

Comandante-geral da PMDF disse que crime ‘fere a honra militar’. Soldado está detido e responde por feminicídio.

Redação

A Polícia Militar do Distrito Federal informou, nesta segunda-feira (7), que o soldado Ronan Menezes do Rego, apontado como o responsável pela morte da ex-namorada e por ferir uma outra pessoa na última sexta-feira (4), será exonerado. O comandante-geral da PMDF, coronel Marcos Antônio Nunes, afirmou que, como o crime “fere a honra militar”, assim que o processo for finalizado, Ronan será expulso da corporação.

O policial, de 27 anos, se entregou na sexta-feira à noite – horas após o crime – e está detido no batalhão da PM dentro da Papuda. Ele deve responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado por matar Jessyka Laynara, de 25 anos, com a arma da corporação, sem dar chances de defesa à vítima e por motivo fútil. O caso é investigado como feminicídio.

O corpo da estudante foi enterrado no domingo (6). A família da jovem disse que Jessyka escondia que era ameaçada e agredida pelo ex-namorado. Há duas semanas, uma amiga recebeu fotos e áudios em que Jessyka dizia “ter vergonha” de contar que apanhava. Ela contou ainda que escondia com maquiagem as marcas das agressões

‘Eu não conseguia andar’

Em uma das mensagens de voz enviada à amiga, a estudante contou que “não conseguia andar” após as agressões. “Domingo, para você ver como eu estava, eu não conseguia andar”, disse.

“Estava sentindo tanta dor no estômago, levei tanto murro no estômago, tantos chutes nas pernas, minhas pernas estão todas verdes.”

Em seguida, Jésska contou ainda sobre outra agressão, dessa vez, um tiro que teria sido disparado pelo ex-namorado. Com medo, ela nunca registrou ocorrência na Polícia Civil.

“Ele apontou a arma para baixo, amiga, pegou no chão. Eu senti o quente do tiro raspando na minha perna.”

Outra vítima

Depois de matar Jessyka, ainda durante a tarde de sexta (4), o policial foi até a academia frequentada pela ex-namorada e atirou no professor Pedro Henrique Torres, de 29 anos. Torres foi levado em estado grave para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ele passou por uma cirurgia e segue internado na UTI.

O pai do rapaz, Pedro Torres, é dono da academia onde o filho foi baleado. Segundo ele, “Pedrinho” – como é conhecido o professor – e Jessyka estavam “se conhecendo” há cerca de um mês, quando ela e Ronan já tinham se separado.

Por causa desse crime, Ronan Menezes do Rego também vai responder por tentativa de homicídio duplamente qualificado.

(*) G1

Policial militar é suspeito de matar namorada, de 25 anos, a tiros (Foto: Arquivo pessoal)

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