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sábado, 27 de abril de 2024

Prefeitura multa e vai à Justiça contra Hotel Binder

19/11/2006 17h20 – Atualizado em 19/11/2006 17h20

Campo Grande News

A Prefeitura de Campo Grande vai acionar judicialmente os responsáveis pelo Hotel Binder por conta das condições sanitárias da edificação. A informação é do secretário de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que esteve neste sábado no prédio acompanhando as atividades do dia de combate à dengue. No edifício de 12 andares, obra iniciada há mais de 20 anos na Avenida Afonso Pena e paralisada, agentes de combate à dengue encontraram caixas d’água, tonéis e pontos isolados de acúmulo de água todos com larva do mosquito transmissor da doenças e organismos em fase intermediária do inseto.Os elementos encontrados pelo agente foram suficientes para a aplicação de uma multa de R$ 14,5 mil, que corresponde ao dobro de notificação no valor de R$ 7,2 mil aplicada em 2003. A multa foi aplicada em nome da empresa Hotel Binder e Restaurante Ltda.Conforme o coordenador municipal de Controle de Vetores, Alcides Ferreira, a situação do prédio é particularmente preocupante devido ao alto índice de infestação. Dos 12 andares da edificação, dois chamaram a atenção dos agentes, o térreo o oitavo pavimento, onde foram encontrados organismos em fase intermediária de larva e mosquito, que só podem ser eliminados a seco. Além disso, a obra ocupa um dos locais de maior preocupação da saúde pública de Campo Grande, o centro, onde o índice de infestação beira 2%, 0,5% mais que o tolerável pelo Ministério da Saúde.Além do elevado índice de infestação de mosquitos e larvas, o acesso ao prédio é sempre dificultado pelo zelador, um funcionário antigo da empresa Hotel Binder. “Nossas visitas são feitas a cada 15 dias, mas nem sempre conseguimos entrar”. Na última ação, realizada no fim de outubro, a polícia foi chamada para garantir o trabalho dos agentes.O funcionário, Serval Gomes Monteiro, não comentou as queixas dos agentes de saúde, mas revelou que, assim, como o município, quer uma solução para a construção, que ele cuida há 13 anos. “Acho que essas pessoas todas aqui hoje forçam a tomar uma atitude”, reclamou. Monteiro explica que já não recebe há sete anos, mas continua no prédio, que estaria nas mãos de bancos credores. Para o secretário de Saúde, não há porque deixar de notificar os responsáveis, independente de quem sejam, o importante é solucionar o problema.Hoje, os agentes colheram amostras nos depósitos de água do edifício e pulverizaram inseticida contra o mosquito transmissor da dengue.

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