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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Presença de traficante em quartel assusta a vizinhança

15/09/2002 07h10 – Atualizado em 15/09/2002 07h10

Dormindo com o inimigo. Essa é a sensação que os moradores da Rua Frei Caneca, Centro, passaram a ter depois da transferência de Fernandinho Beira-Mar para o Batalhão de Choque, sexta-feira. “Já estamos de sobreaviso. A qualquer sinal a gente se manda, vou para a casa de um parente”, disse a vendedora ambulante Valdete Fernandes da Silva, 40 anos. Ela e a mãe, a aposentada Josefa Soares Fernandes, 74, vivem ali há 25 anos e nunca tiveram problemas.

A professora Carla Linhares, 23 anos, moradora da Rua Riachuelo, já pensa até em se mudar. “Sinto-me ameaçada com a proximidade de um bandido tão cruel, mas a nossa rotina vai continuar a mesma”, afirmou. Os comerciantes também acreditam que o perigo agora mora ao lado. O dono do Centro Técnico Lezon de Cabeleireiros, na Frei Caneca, Luiz Carlos Fernandes, 42, já vê a necessidade de fechar seu salão mais cedo.”Durante a semana, atendemos até as 22h, mas agora acho melhor encerrar o expediente antes”, concluiu. O Lezon, que cobra R$ 1,99 pelo corte, já começou a sentir os reflexos negativos na freguesia. “Aos sábados, isso aqui fica lotado, mas hoje (ontem) o movimento caiu”, reclamou Luiz, que teme a vingança da facção criminosa Terceiro Comando contra Beira-Mar, o que deixaria a área refém do tráfico. Já o dono de uma loja de antigüidades Edson Sales, 48, está tranqüilo. “Confio na polícia”, justifica.

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