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sábado, 27 de abril de 2024

Em coletiva, Marisa Rocha explica situação, mas “ponto de interrogação” continua

27/08/2013 17h49 – Atualizado em 27/08/2013 17h49

Vereadora diz que não sabia o que acontecia no rancho

Jornalistas que cobriram a coletiva comentaram que não se convenceram com as explicações da vereadora que afirmou que não tinha conhecimentos da ação dos traficantes em rancho de seus familiares

Ricardo Ojeda e Cristiane Sagioratto

A coletiva de imprensa concedida pela vereadora Marisa Rocha (PSB) na tarde desta terça-feira (27) na sala de reunião da presidência da Câmara de Vereadores de Três Lagoas que era para esclarecer seu envolvimento na apreensão de 200 tabletes de maconha em um rancho de sua propriedade, mais confundiu do que explicou aos profissionais de imprensa que participaram da coletiva.

Um dos que estavam presente, disse à reportagem que “todo mundo é inocente até que se prove ao contrário, portanto eu prefiro aguardar o curso das investigações”.

APREENSÃO

No sítio da vereadora a equipe de Inteligência da Polícia (P2) em ação conjunta com a Rondas Ostensivas Táticas do Interior (ROTAI) conseguiram prender na tarde da última segunda-feira (26), Rafael Barbosa Gedro, de 20 anos e Rubens Conceição de Oliveira, de 33 anos.

NÃO SABIA DE NADA

A vereadora declarou que não conhecia nenhum dos elementos presos em flagrante e que conheceu o acusado Rafael somente quando ele era criança e que não teve mais contato com ele. “Conheci o Rafael quando ele era pequeno. Conheço a mãe dele e não tenho contato com ele”, disse Marisa.

Durante a coletiva, a vereadora foi firme e categórica e afirmou que não sabia da apreensão das drogas em seu rancho localizado às margens do Rio Paraná. Ela foi indagada pelos profissionais de imprensa se ela tinha conhecimento da droga apreendida e ela disse que não tinha conhecimento que no local a droga estava sendo armazenada. Ela falou que não frequentava a casa no sítio há meses e que o rancho é de propriedade de sua família. Segundo ela, a propriedade rural está avaliada em R$ 270 mil reais.

DIARISTA

“Estou sem ir ao rancho já tem vários meses, fui pega de surpresa quando soube da notícia que em meu sítio havia essa quantidade de droga”, se defendeu a vereadora.

A vereadora disse ainda que ela contratou um diarista para tomar conta da propriedade rural e indagada em relação ao veículo Citröen C3 encontrado, junto com a moto, o barco ela disse que não sabia de quem eram os veículos apreendidos.

RESPOSTAS EVASIVAS

Todas as respostas da vereadora foram evasivas e não convenceram os jornalistas quando ela disse que foi investigada e que confia somente no trabalho da Polícia Federal. Ela postou um comentário no site Perfil News que ela paga um preço alto por ser pessoa pública e por continuar morando na Vila Alegre. “Sei que minha vida foi investigada, pois quem me disse foi um delegado e nada acharam de ilícito. Fui pega de surpresa com a notícia e até onde soube o fato ocorreu próximo e não em meu rancho”, disse a vereadora no comentário.

COMENTÁRIO IMPROCEDENTE

A reportagem do Perfil News esteve na tarde desta terça-feira (27) na Delegacia de Polícia Civil e em contato com o Dr. Ailton Pereira, ex-chefe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ele informou que desde que assumiu cargo na DIG, a vereadora nunca foi investigada, nem tão menos prestou esclarecimentos para o delegado chefe da DIG de Três Lagoas.

Por sua vez, a reportagem falou com o titular da Delegacia de Polícia Federal de Três Lagoas, Daniel Couraça Junior, que por sua vez disse que em nenhum momento seu departamento realizou alguma investigação contra a vereadora Marisa Rocha.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Tal situação deixa um ponto de interrogação; pois, ao mesmo tempo em que a vereadora se defende quando diz que sua vida já foi investigada por um delegado onde nada ilícito ficou provado contra ela, estranhamente as autoridades policiais afirmam categoricamente que não têm conhecimento de nenhuma ação de investigação em desfavor da parlamentar.

Diante das circunstâncias, a coletiva da vereadora deveria servir para explicar, foi ao contrário, deixando um grande ponto de interrogação, com a seguinte pergunta: como a droga foi parar no rancho dos familiares da vereadora?

Vereadora a princípio iria falar a imprensa no plenarinho da Casa de Leis, mas concedeu coletiva aos jornalistas na sala de reunião da presidência do legislativo onde afirmou que não sabia de nada do que acontecia no rancho (Foto: Ricardo Ojeda)

Marisa Rocha foi enfática ao afirmar que não tinha conhecimento de nenhuma ação ilícita desenvolvida na propriedade de seus familiares (Foto: Ricardo Ojeda)

Segundo comentou a vereadora, o rancho pertence a seus familiares e havia tempos que ela não comparecia ao local e que não conhecimentos das atividades no local (Foto: Perfil News)

Em coletiva, Marisa Rocha explica situação, mas “ponto de interrogação” continua

O ex-titular da DIG, delegado Ailton Pereira disse a reportagem que seu departamento não procedeu nenhuma ação investigativa em desfavor da vereadora e que vai posicionar sobre o caso na manhã de quarta-feira, 28 onde concede coletiva à imprensa (Foto: Ricardo Ojeda)

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