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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Voo da Chape teve sinais de emergência 40 minutos antes de cair, e tripulação nada fez

27/04/2018 16h12

Redação

A Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou nesta sexta-feira as conclusões da investigação sobre o acidente aéreo do voo da Chapecoense, que deixou 71 mortos em novembro de 2016. As autoridades colombianas constataram que o avião ficou em estado de emergência por 40 minutos antes de cair, sem combustível, nas montanhas dos arredores de Medellín.

Os investigadores atribuíram a pane seca — em consequência, o acidente — à gestão de risco ineficiente da empresa áerea LaMia. A apuração mostrou que o combustível do avião não era suficiente para cumprir o trajeto entre Santa Cruz e Medellín sem fazer a escala. No contrato do transporte, que não foi obedecido, estava prevista uma parada em São Paulo. A companhia fretada decidiu pelo voo direto.

Mesmo com luzes vermelhas e sinais sonoros na cabine, a tripulação nada fez diante da emergência. Os motores pararam de funcionar e o avião bateu nas montanhas, perto do aeroporto no qual deveria pousar para a final da Taça Sul-Americana.

Os investigadores ressaltaram que o controle do tráfego aérea não tinha conhecimento da “situação gravíssima” do voo e que a companhia aérea não cumpria as determinações dos órgãos locais de aviação civil sobre abastecimento das aeronaves.

A LaMia estava em situação precária e nem conseguia pagar sem atraso os salários dos funcionários, cujos exames médicos estavam em dia, diz a Aeronáutica Civil.

Segundo o órgão, as conclusões partiram de análises das caixas-pretas do avião e o objetivo da investigação não era apontar culpados nem pedir punição. A ideia era apurar as circunstâncias do acidente, em caráter preventivo, para evitar que novas tragédias aconteçam.

(*) Extra

Tragédia com avião do time de futebol Chapecoense Foto: Jaime Saldarriaga

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