29.6 C
Três Lagoas
sexta-feira, 26 de abril de 2024

Os empregados do povo

04/12/2015 15h58 – Atualizado em 04/12/2015 15h58

(*) Sidnei Ramos

Não faz tanto tempo, assistimos variados escândalos invadirem nossas vidas, violarem nossa privacidade. Há muito, somos – insanamente – iludidos por promessas rasas, sem fundamento, além é claro, dos furtos de mão pesada em nossos rasgados bolsos.

O semblante no hoje é carregado por um histórico de desmandos, dor, muito suor e uma fé (ou esperança, chame como quiser) que se mostra inabalável. Nas surras sofridas, existe o significante apoio sobre os pés cansados, braços moídos e uma moral posta à prova. Levanta-se o povo, na raça, por crer que sua vida depende de si mesmo.

Ao bradar pela crise, alguns encontram a força para se mexer, e ainda que esse país seja liderado por quem as pessoas escolhem, nem sempre tal liderança é a que de um Brasil que realmente mereça. Talvez, por conta disso, as mãos calejadas por horas a mais no trabalho, as olheiras pelas noites mal dormidas pensando no prato que deverá estar à mesa para saciar a fome dos seus, sejam a principal arma do brasileiro.

Chegamos à época em que apontar o dedo para aqueles que votaram neste ou naquele candidato de nada adiantará. Penso que se lhes roubam a confiança, a capacidade ímpar deste povo de se reinventar jamais será degradada.

Felizes nós seríamos se de corrupção houvesse apenas alguns e não milhares, talvez milhões. A corrupção está presente nos valores alterados nas notas de refeição, reembolsadas aos funcionários. Está nos acordos pequenos de parcerias favorecidas. O mau hábito está em jogar papel no chão, entupir bueiros e reclamar das enchentes.

Do Brasil dos brasileiros, em suma, há sim muito de que se orgulhar. Também existem inúmeras melhorias a serem feitas. Mas, confio naqueles que com braço forte conquistaram a liberdade. Ainda mais que canta em seu Hino que “se ergues da justiça a clava forte”.

Um país melhor depende de ações dos verdadeiros brasileiros. Aqueles que movem a engrenagem e que por períodos é liderado por aqueles que devem trabalhar por nós. Citar isso reforça em mim o fato de não criar admiração por políticos, muito menos de “endeusá-los” como alguns, o respeito existe – claro – mas, aqueles não passam de empregados do povo. São eles que devem obedecer aos anseios e ainda nos pedir a benção.

Assumamos nosso lugar e que seja feita a nossa vontade.

*Sidnei Ramos – Jornalista

Os empregados do povo

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.