07/10/2002 13h20 – Atualizado em 07/10/2002 13h20
Uma incursão israelense apoiada por helicópteros e dezenas de
tanques causou a morte de 12 pessoas – incluindo uma mulher e uma criança – e feriu 115, na madrugada desta segunda-feira, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.
A operação, que fontes militares israelenses chamaram de limitada e contra alvos precisos, se estendeu por várias horas e foi condenada por líderes palestinos.
O Crescente Vermelho relatou que as tropas israelenses abriram fogo em áreas residenciais de Khan Yunis, um campo de refugiados do sul de Gaza.
O intenso ataque incluiu bombardeios de mísseis e obuses, disparos de metralhadoras de helicópteros e a demolição de prédios com escavadeiras, segundo fontes palestinas.
“Nós condenamos esse ataque nos termos mais fortes possíveis”, declarou o negociador-chefe palestino Saeb Erakat. “Todas as vezes que há um movimento para o reinício das negociações nós somos atacados pelos israelenses”.
De acordo com fontes palestinas, a maioria das vítimas estava entre multidões atingidas por mísseis em ruas de uma área de Gaza que é considerada por Israel um reduto do grupo militante Hamas.
Seu braço militar, Izzedine al Qassam, assumiu a responsabilidade por atentados terroristas contra civis israelenses bem como ataques contra o Exército israelense.
Erakat disse que o ataque desta segunda-feira não tinha justificativa.
“Não há justificativa para tal ação”, afirmou Erakat. “Não há esse negócio de reduto do Hamas”.
Fontes militares israelenses chamaram a incursão de uma operação certeira, mas não forneceram detalhes.
Posteriormente, um porta-voz do Exército israelense confirmou que um helicóptero havia disparado um míssil, mas afirmou que este foi lançado contra pistoleiros palestinos que atiravam contra tropas israelenses em retirada.
Fonte: CNN
