O município de Inocência, vai ganhar uma nova fábrica de hidrogênio, ampliando o papel de Mato Grosso do Sul como o Vale da Celulose. O investimento será feito pela Peróxidos do Brasil, empresa formada por uma parceria entre o Grupo Solvay e a PQM (Produtos Químicos Makay). O valor do aporte e o número de empregos ainda não foram divulgados.
A nova unidade será a quarta planta de hidrogênio do grupo. A principal fábrica da empresa fica em Curitiba (PR), e a companhia possui ainda três terminais de distribuição localizados na Argentina, Chile e Colômbia.
De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o projeto deve entrar em operação em 2028.
“A nova planta será vizinha à fábrica da Arauco e deve entrar em operação em 2028, consolidando o Estado como referência mundial na cadeia de celulose e papel. O investimento faz parte de um ciclo que já ultrapassa R$ 100 bilhões em projetos industriais, transformando Mato Grosso do Sul em um polo global da bioeconomia”, afirmou o secretário.
O hidrogênio produzido na nova planta é insumo essencial na fabricação de celulose, utilizado principalmente no branqueamento da fibra, o que torna o investimento estratégico diante da expansão do setor no Estado.
Além da nova fábrica da Peróxidos do Brasil, Inocência também vai sediar a megafábrica de celulose da Arauco, empresa chilena que investe US$ 4,6 bilhões na construção de sua unidade. O projeto terá capacidade de produção anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose e deve começar a operar no último trimestre de 2027.
A unidade da Arauco será a maior planta de celulose do mundo construída em uma única etapa e representa a quinta fábrica do setor em Mato Grosso do Sul, com previsão de gerar 14 mil empregos durante o pico das obras.



