16/08/2004 10h15 – Atualizado em 16/08/2004 10h15
Disseminar as oportunidades para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Este é o principal objetivo da quarta edição do Amazontech 2004, que será sediada, pela primeira vez em Mato Grosso, de 16 a 21 deste mês, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. O governo estadual e o Sebrae estão investindo cerca de R$ 2 milhões e prevêem uma movimentação financeira de R$ 20 milhões no período e um público de 50 mil visitantes.
Estão confirmadas as presenças da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que faz a palestra de abertura do evento, “Ética ambiental como fundamento para o desenvolvimento sustentável”, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, o secretário especial de Aquicultura e Pesca, José Fritsch, a secretária especial de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro e a coordenadora geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que foi vice-presidente do Equador.
O evento quer democratizar conhecimentos científicos, apresentando resultados para a iniciativa privada, estudantes e sociedade em geral. “Vamos promover o encontro dos estudos teóricos com o mundo do capitalismo”, explica o superintendente do Sebrae, José Guilherme Ribeiro.
Ele destaca que a inovação desta quarta edição é que os nove países formados pelo bioma amazônico, deixam de ser visitantes, para serem integrantes do Amazontech. “Vamos discutir os problemas, as soluções e o potencial Amazônico como um todo e melhor que isso, fazer chegar a toda sociedade, estas informações”, explica.
Participam Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
O tema de discussões para os países é a água, mas toda a programação está centrada em sete eixos, biodiversidade vegetal e animal, solo, minérios, o mundo abstrato dos povos e da realidade atual, infra-estrutura, serviços e logística, ciência, tecnologia e políticas de desenvolvimento.
Outra novidade é que esta edição mato-grossense sedia o encontro dos governadores dos nove estados que integram a Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Roraima, Tocantins, Amapá, Maranhão, Rondônia, Pará e Mato Grosso).
NÚMEROS – Serão duas conferências internacionais, sete mesas-redondas, 56 palestras, 17 fóruns, 27 cursos, 31 oficinas, uma rodada de projetos com 150 inscritos, três rodadas de negócios e feira com 79 expositores. Outros números impressionam: das 50 mil pessoas esperadas, 1,5 mil virão de outros estados. Estão confirmadas as presenças de 61 caravanas de 41 municípios, que devem totalizar público de 2,2 mil pessoas.
Segundo o superintende do Sebrae, as rodadas de negócios focam três segmentos econômicos, “turismo, artesanato e móveis e artefatos de madeira, que ao todo reúnem 117 empresas ofertantes e 33 empresas compradoras”. Para o Turismo há 54 ofertantes e 11 compradoras, no artesanato, 45 ofertantes e nove compradoras e em móveis e artefatos de madeira, são 18 ofertantes e 13 compradoras.
Dos 40 centros tecnológicos que a Embrapa tem, 28 estarão presentes.
ESPAÇO – O secretário adjunto de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza, aponta que o evento abrirá “uma oportunidade circunstancial para o Governo mostrar seus principais programas e provar que aqui aplicamos um desenvolvimento sustentável, porque pregamos a legalidade, ao contrário do que entidades e autoridades estrangeiras estão propagandeando”.


