07/05/2004 18h18 – Atualizado em 07/05/2004 18h18
Os ministros de Interior dos cinco maiores países da União Européia (G5), estudam hoje a criação de um banco de dados de DNA e a introdução de segurança biométrica nos documentos de identidade.
Os ministros da Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido iniciaram em Sheffield uma reunião informal de dois dias para impulsionar a cooperação antiterrorista e controle das fronteiras, em função do próximo Conselho de ministros de Interior da UE.
O anfitrião da reunião, o britânico David Blunkett, apostou pela criação de uma base comum européia de dados de DNA, como a que já tem o Reino Unido, como uma das principais armas para prevenir os atentados terroristas. Criado em 1995 e atualmente com 2,2 milhões de amostras genéticas, o banco britânico de DNA reúne dados de processados e suspeitos de cometer um delito e a idéia de Blunkett é estendê-lo ao resto da Europa para que os países compartilhem essa informação.
O ministro espanhol, José Antonio Alonso, considerou hoje necessário incluir dados biométricos nos documentos de identidade, mostrou-se convencido que reforçará a cooperação policial na UE e advogou por um documento de identidade e passaporte com um formato comum europeu.
“A Europa é um espaço de liberdade, segurança e justiça, é um espaço no qual os cidadãos que vivem na Europa podem residir e movimentar-se livremente, mas isso implica que tenha que desenvolver-se, entre outras coisas, documentos que permitam identificar esses cidadãos”, afirmou Alonso em declarações aos jornalistas.
O ministro do Interior indicou que é preciso para isso “introduzir dados biométricos nos documentos de identidade”, aspecto no qual, segundo ele, a Espanha “está perfeitamente preparada”. “Os dois principais dados que vão ser conferidos no futuro são o rosto e a identificação por impressões digitais, algo que na Espanha conhecemos há muitos anos”, disse Alonso em Sheffield.
A Espanha propõe que os documentos nacionais de identidade tenham um formato comum europeu que possibilite, como medidas de segurança, a identificação mediante fotografia e impressão digital. No Reino Unido, e apesar de o Governo ser propício a sua implantação, não há um documento de identidade obrigatório, embora os britânicos precisem de passaporte para viajar a outros países.
Durante dois dias, os ministros europeus vão debater assuntos como os métodos para rastrear o financiamento do terrorismo, falsificação de documentos, segurança fronteiriça e desenvolvimento de Europol, a agência policial européia.
Participam da reunião de ministros do G5, além do britânico Blunkett e o espanhol José Antonio Alonso, o francês Dominique de Villepin, o alemão Otto Schily e o italiano Giuseppe Pisanu.
Fonte:Agência EFE