11/10/2003 09h40 – Atualizado em 11/10/2003 09h40
O GAEVIDA (Grupo Assistencial de Expectativa de Vida)de Três Lagoas promove, hoje (11), um almoço para comemorar o Dia da Criança. A festa é direcionada às crianças filhas de portadores do vírus da aids (HIV).
Segundo a vice-presidente Helena Mathias, uma das fundadoras do projeto, a festa só pode ser feita graças a doações, tanto de empresas quanto particulares. “Prefiro não citar os nomes para não ser injusta com alguém que eu possa ter esquecido, já que são tantas pessoas”, explicou ela.
Ao total são 75 crianças filhas de pais inscritos no projeto. Helena faz questão de deixar claro que essas crianças não são soro positivo, “Apenas os pais possuem o vírus HIV, as crianças não…graças a Deus”.
O PROJETO
O GAEVIDA já existe em Três Lagoas há 11 anos. Ele foi fundado por Helena Mathias, que hoje é vice-presidente, Luiza, presidente do projeto e o Dr. Paulo Motta.
Helena contou que já passaram pelo projeto uma média de 200 pessoas, e que antes o preconceito era muito grande, “hoje em dia o preconceito diminuiu bastante”. Hoje, são cadastradas 75 pessoas no grupo assistencial.
Ela explicou que o programa tem como objetivo ajudar os portadores do vírus HIV. Oferecendo assistência jurídica e psicológica aos soros positivos. Além das cestas básicas que eles fornecem.
Segundo Rosa de Souza, voluntária , a Prefeitura Municipal de Três Lagoas ajuda completando os itens que faltam nas cestas básicas, mas que tirando isso o projeto sobrevive de doações, “há quatro anos que o governo federal não manda nada”, diz Rosa. Ela explicou, também, que o governo está apoiando mais projetos de prevenção a AIDS e não os de assistência aos portadores.
Rosa ainda completou dizendo que o GAEVIDA tem um projeto de construir uma Casa de Apoio para pessoas soro positivo, mas que o programa não tem verba suficiente para a obra, “nós já temos até o terreno, mas não temos verba para construir o prédio”, explica ela.