12/12/2002 16h42 – Atualizado em 12/12/2002 16h42
Cornachini vislumbra boas perspectivas para a inseminação e o mercado de sêmen no País. “É uma tecnologia de ponta que custa menos comparada à monta natural.” Em geral, observa, ocorre que o pecuarista não tem idéia da facilidade e do custo dessa prática. “É comum ouvir comentários como: ‘Isso é caro’, ‘meu peão não vai fazer’…”, cita. Porém, mesmo com toda resistência, ele diz que a técnica é moderna, de custo favorável. Vale a pena verificar o custo–benefício”, sugere e lembra que não existe qualidade no leite sem pensar em inseminação. “Touros de leite têm um potencial fantástico e a cada quatro meses novos touros leiteiros estão sendo provados.”
Serviço – Para conquistar o mercado, as empresas estão investindo não apenas na qualidade genética, mas também na tecnologia. Exemplo disso é a ABS Pecplan, que põe à disposição do pecuarista que não possui estrutura um serviço completo, que inclui botijão e técnico treinado. “Há ainda o serviço barriga cheia, mão-de-obra terceirizada, que faz tudo na fazenda”, diz o gerente comercial da empresa, Alexandre Ramos Lima. O preço? Uma arroba (da região) por vaca prenhe. “Hoje, muitos criadores querem comprar o pacote fechado, principalmente os mais novos, até dominar a técnica.” Outra empresa que atua no setor, a Alta Genetics, que comercializa sêmen de touros da Central Bela Vista, da Central VR e da AltaVR BR, e cujo foco era ter a melhor genética, há dois anos direcionou os trabalhos para a prestação de serviço. “Por meio do Programa SIA (Serviço de Inseminação Artificial), fazemos todo o trabalho para o criador”, conta o diretor da Alta Genetics, braço da AltaVR BR, Heverardo Rezende Carvalho. Este ano o programa deverá atender 300 mil vacas, ante 216 mil no ano passado. O pagamento do serviço, por prenhez, equivale a 70/80% do preço da arroba.
Outra novidade da Alta é o Altanet, um serviço de acasalamento de gado de leite por computador. O técnico vai à fazenda, faz o levantamento de 16 características e atribui uma pontuação a cada uma delas. Os dados vão para um computador central, que processa as informações, e indica dois melhores touros para cada vaca. “Nesse sistema, também avaliamos a consangüinidade”, diz Carvalho. “Dá um ganho genético muito maior que nas fazendas, além de maior segurança”, garante. O preço de um dose do sêmen varia de R$ 7 a R$ 70 reais, mas pode alcançar mais de R$ 100. É o caso de Leduc, touro que vende sêmen no mundo todo, e cuja dose, segundo Carvalho, vale cerca de R$ 150,00.
Fonte: O Estado de São Paulo


