13/02/2006 11h09 – Atualizado em 13/02/2006 11h09
APN
Para obter informações precisas e atualizar cadastro de todas as 60 mil famílias da zona urbana de Mato Grosso do Sul que participam do Programa de Inclusão Social e recebem do governo do Estado o beneficio do Segurança Alimentar ou do Bolsa-Escola, está sendo realizado desde de novembro de 2005 um trabalho interno de atualização de dados e perfil social das famílias.Esse trabalho visa atualizar os dados documental, social e econômico do titular do beneficio, bem como de todos os demais membros que compõem a estrutura familiar do beneficiário do programa. Além de obter resultados quantitativos e qualitativos seguros do trabalho realizado pelo PIS desde a sua implantação em 1999, inicialmente como Bolsa-Escola. A pesquisa vai demonstrar os pontos positivos, bem como pontos que necessitam de melhorias para atingir o objetivo de fomentar novas perspectivas, construindo alternativas para geração de renda e autonomia das famílias, proporcionando a melhoria da qualidade de vida, do fortalecimento dos laços familiares e comunitários.O trabalho iniciou em novembro, com a coleta de dados em formulário de 12 páginas do Sigs (Sistema de Informação de Gestão Social), junto às famílias no local de sua região de residência e participação no PIS em todos os municípios de Mato Grosso do Sul. A pesquisa prossegue com a codificação (transferência em números) e informatização do cadastro manual. E já está produzindo o resultado esperado pela direção do PIS, de acordo com os depoimentos de beneficiários que demonstram avanços significativos com o trabalho desenvolvido junto às suas famílias.“Melhorou a minha auto-estima, conheci pessoas novas, aprendi muito e agora posso comprar roupa, calçados e alimentos que nunca comia, como frutas e verduras. No trabalho socioeducativo aprendo muito, pois discutimos sobre saúde em geral, como principalmente ao combate à dengue e ainda preservar o meio ambiente, sobre religião e como gerar nossa renda”, afirma E.S., beneficiária do Bolsa Escola no município de Angélica.“Meus filhos ficaram mais fortes, vão pra escola bem vestidos e bem calçados, todos ficaram mais felizes. E através das reuniões, descobri que tinha um câncer no colo do útero. Tratei e hoje estou curada,” explica I.C., beneficiária do Segurança Alimentar em Chapadão do Sul.“Sinto-me feliz de ir ao banco e ao mercado. Ser gente como os outros, empurrando o carinho. Hoje eu choro é de alegria, por saber que não vou passar fome. E ainda aprendo muito e tiro minhas duvidas. O que mais me chamou atenção foi sobre o direito das mulheres”, disse G.S., beneficiária do Segurança Alimentar em Campo Grande.As novas informações sobre os beneficiários do PIS serão posteriormente enviados à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Instituto de Estudos Especiais (IEE) -, para análise e publicação dos resultados. Os dados obtidos fazem governo estadual acreditar que está atingindo seu objetivo, que é a inclusão social.