07/02/2006 22h09 – Atualizado em 07/02/2006 22h09
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Antigamente, nos anos 90, ter um gravador de CDs em casa era coisa para poucos: o aparelho custava mais de US$ 1.000, e seus discos também eram caros. Mas o gravador de CDs foi se popularizando, e hoje é equipamento de série mesmo em computadores bem básicos. No ano passado, começou uma outra revolução – o barateamento do gravador de DVD, que hoje pode ser encontrado por menos de R$ 250. E ele está na crista da onda: com cada vez mais gente baixando vídeos e músicas, e tirando fotos com câmera digital, os discos rígidos dos computadores andam lotados. Por isso, vale a pena ter um gravador no seu micro: além de servir para fazer backup (cópia de segurança) dos seus arquivos, evitando surpresas desagradáveis causadas por vírus, “pau” no Windows ou quebra do disco rígido, o DVD resolve, ou pelo menos remedeia, a questão do espaço – por menos de R$ 5, você compra um disco gravável que comporta 4,5 gigabytes de dados. É muito espaço: cabem até mil músicas (no formato MP3) ou cinco filmes completos e com boa qualidade de imagem (no formato DivX) ou 4500 fotos com boa resolução. Mas qual gravador escolher e como adicioná-lo ao seu PC? E como gravar? Tirando alguns modelos mais sofisticados, os gravadores têm recursos parecidos – todos aceitam os principais tipos de disco – e desempenho similar. Não se impressione muito com a velocidade dos gravadores, pois ela é limitada pela mídia: no Brasil, é relativamente difícil encontrar DVDs que aceitem velocidades superiores a 4x (nessa velocidade, o gravador leva aproximadamente 14 minutos para gravar um DVD inteiro). Catorze minutos é bastante tempo, ou seja, seria melhor gravar mais rápido. Mas isso não é recomendável: a gravação ultraveloz, a até 16x, gera discos com mais erros, que podem, um dia, ficar ilegíveis. Além disso, os DVDs rápidos custam mais.Parece óbvio, mas não custa lembrar: com um gravador de DVDs, você também pode, claro, gravar CDs (nesse caso, a máxima velocidade recomendável é 24x). Ao comprar gravador, atente ao seguinte: evite os chamados “combo drives”, que são bem inferiores (eles não gravam DVD, só lêem). Como a diferença de preço é pequena, adquirir um combo drive é mau negócio.A INSTALAÇÃO A instalação de um gravador é bem simples – basta abrir o PC, soltar dois cabos (o de dados, branco e retangular, e o de energia, que é colorido), tirar o drive velho e substituí-lo pelo novo. O periférico é reconhecido automaticamente pelo Windows XP, ou seja, não é preciso instalar drivers nem programas especiais – a não ser que você queira fazer alguns tipos específicos de gravação.Se você não quer abrir o seu computador, pode solicitar a instalação a um técnico, que deverá cobrar cerca de R$ 50, ou então comprar um gravador externo, que se conecta ao micro via cabo USB – nesse caso, certifique-se de que a máquina tem entradas do tipo USB 2.0 (para saber, consulte o manual do micro ou instale o programa Sandra, que está em www.download.com). Também fique atento ao hardware do seu PC, que precisa ser relativamente potente (leia texto abaixo). Mesmo assim, seja paciente – durante o processo de gravação, mesmo PCs potentes ficam lerdos.OS PROGRAMAS O Windows XP já possui um recurso de gravação, que geralmente é suficiente – para acioná-lo, basta selecionar os arquivos que você quer gravar, clicar neles com o botão direito do mouse e selecionar Enviar para/Gravador. Mas todos os gravadores são fornecidos com um pacote de programas, e você também pode encontrar outros na internet. Os mais importantes, para aproveitar ao máximo o gravador, são o conversor de arquivos e o programa de backup – o primeiro é necessário para gravar os vídeos que você baixar da rede, e o segundo é fundamental porque, embora o Windows tenha um programa de cópia de arquivos, ele não é compatível com gravadores.OS TIPOS DE DISCOA única dificuldade, ao usar um gravador, está na escolha da mídia (o disco em si). Existem vários padrões, e cada um deles é indicado para um tipo de tarefa – veja quadro ao lado. Além disso, a marca da mídia é fundamental: não compre discos vendidos “a granel”, ou seja, sem caixinha e de marcas desconhecidas. Eles são ruins, e tendem a estragar – você gostaria de, daqui a alguns anos, abrir um CD ou DVD no qual guardou fotos preciosas, por exemplo, e descobrir que ele está ilegível? Alguns gravadores têm o recurso LightScribe, que permite decorar o disco com texto, fotos e ilustrações. O LightScribe é desejável, mas não imprescindível: além de exigir discos especiais, ainda caros e difíceis de achar no mercado brasileiro, ele é lento (demora aproximadamente 30 minutos para “pintar” o disco) e monocromático.