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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Projeto Centro-Oeste Competitivo aponta 3 eixos logísticos prioritários no MS

30/10/2013 09h12 – Atualizado em 30/10/2013 09h12

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, representou as federações da indústria e da agricultura na apresentação dos resultados

Da Redação

Hidrovia Rio Paraguai, ALL Malha Oeste, no trecho entre Corumbá (MS) e Campo Grande (MS), e Ferroeste, no trecho Maracaju (MS), Dourados (MS), Guaíra (PR) e Paranaguá (PR), foram apontados como os três eixos logísticos prioritários para receber investimentos até 2020 em Mato Grosso do Sul com o objetivo de garantir o escoamento ágil e eficiente da produção estadual, conforme levantamento do Projeto Centro-Oeste Competitivo, que teve a divulgação oficial da conclusão feita nesta terça-feira (29/10), em Brasília (DF), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuário do Brasil (CNA), em parceria com as federações da indústria e da agricultura e pecuária da região.

“De posse desses resultados, o próximo passo agora é preparar a equipe técnica para buscarmos alinhamento com o setor privado e conseguirmos investidores por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas) para implantarmos as ações propostas no projeto, uma vez que o diagnóstico dos problemas e as possíveis soluções foram apenas a primeira fase do Centro-Oeste Competitivo”, declarou o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que falou em nome das federações da indústria e da agricultura e pecuária dos três Estados do Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) mais Distrito Federal. “A apresentação desses dados demonstra a união do Centro-Oeste em busca de soluções integradas para os gargalos existentes na região”, reforçou, completando que no dia 11 de novembro a Fiems e a Famasul farão, em Campo Grande (MS), a apresentação dos dados com foto apenas em Mato Grosso do Sul.

Sérgio Longen acrescentou que apenas com a implementação das soluções apresentadas no Projeto será possível a manutenção dos índices elevados de crescimento registrados por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. “O grande desafio agora é manter a parceria construída pelo setor produtivo, pois temos hoje em mãos uma ferramenta ideal para avançarmos na direção da melhoria da competitividade dos nossos produtos, mas, para isso, precisamos concretizar as soluções propostas”, reforçou.

Para o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, o Centro-Oeste Competitivo aponta a necessidade de integralidade, de forma a beneficiar todos os Estados. “Esse projeto fará, a partir da implementação desses dados, uma modificação da noite para o dia em relação à competitividade dos produtos nos mercados mundiais. Mato Grosso do Sul já tinha seus projetos, mas a Fiems e a Famasul lideraram esse estudo de integralidade em todos os modais dos Estados do Centro-Oeste, fazendo com que essa nossa integração possa ser mais benéfica ainda a todos eles e em especial a Mato Grosso do Sul”, avaliou.

Já o presidente da CNI, Robson Braga, destacou que essa integralidade oferece melhores condições competitivas. “O Centro-Oeste Competitivo é um projeto fantástico, que além da integração chama a atenção para novos empreendimentos. Trata-se de uma das regiões mais dinâmicas do Brasil, mas precisa ter infraestrutura ampliada e modernizada para continuar crescendo”, disse, lembrando que o Centro-Oeste Competitivo é o quarto projeto, pois já foram apresentados os do Norte, Nordeste e Sul. “A união das Confederações é fundamental para atingir o pleno desenvolvimento. A Implantação de um sistema de estrutura logística é uma das principais demandas do setor produtivo brasileiro”, ponderou.

Para a presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), senadora Kátia Abreu, projetos como o Centro-Oeste Competitivo são de extrema importância para a produção e o desenvolvimento. “Precisamos de projetos que tenham este foco. É importante fazermos planejamentos futuros para conseguirmos avançar cada vez mais”, disse. Na mesma linha o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, reforçou que o projeto não será colocado na gaveta. “Dentro dos projetos prioritários, vamos buscar mecanismos de implementação, seja por meio das PPPs ou seja por meio de concessões. O importante é buscarmos a implementação”, garantiu.

REPERCUSSÃO

O senador Waldemir Moka (PMDB/MS) apontou a necessidade de que o Governo perceba o que está havendo no Centro-Oeste no que diz respeito à questão da infraestrutura. “O Centro-Oeste cresce acima do PIB nacional. Investir ali é investir na certeza de que terá impactos positivos na economia nacional”, disse. Já o senador Delcídio do Amaral (P/T/MS) reforçou o caráter econômico e social do projeto. “Tanto para Mato Grosso do Sul quanto para a região como um todo, investimento em infraestrutura cria condições para tornar a região mais competitiva”, declarou.

No entendimento do diretor da Macrologística, Olivier Girard, empresa contratada para elaborar o projeto, o diferencial do Centro-Oeste Competitivo é que se trata de um diagnostico da oferta de infraestrutura de transporte e demanda gerada pelas cadeias produtivas. “Ele não é apenas um levantamento. Temos histórico de fazer levantamento, que é feito e não se toma decisão sobre quais os mais importantes, não olha de forma sistêmica, integrada. Fizemos um grande diagnostico da oferta de infraestrutura de transporte, demanda gerada pelas cadeias produtivas, além do levantamento de todos os projetos logísticos. Elencamos prioridades, mas isso não significa deixar para trás os que não foram apontados como prioritários”, disse.

No geral, a Região Centro-Oeste precisa de R$ 36,4 bilhões em investimentos até 2020 para garantir o escoamento ágil e eficiente da produção, um montante necessário à execução de 106 projetos prioritários para ampliar e modernizar a infraestrutura de transportes de Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Conforme o estudo, o setor produtivo da região gasta R$ 60,9 bilhões por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste.

A execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística mais ágil e eficiente trará uma economia anual de R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção aos mercados interno e externo, considerando-se o volume de cargas projetado para 2020. Os principais investimentos deverão ser destinados a ferrovias e portos, recomenda o Centro-Oeste Competitivo. O transporte ferroviário demandará R$ 17,5 bilhões – 24,5% dos investimentos prioritários – para execução de 26 projetos.

A estrutura portuária exigirá R$ 8,4 bilhões para tirar 24 projetos do papel nos próximos anos. O maior número de projetos considerados urgentes, porém, está no modal hidroviário. O transporte fluvial necessitará de R$ 6,7 bilhões em investimentos em 34 obras essenciais para melhorar o sistema logístico da região. Centro-Oeste Competitivo destaca que o adiamento das obras prioritárias agravará os problemas que as empresas enfrentam para escoar a produção em rodovias, ferrovias e portos já saturados pelo crescimento da demanda.

Clique no link para conferir a conclusão do estudo na íntegra: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2013/10/29/5251/20131029110750135628a.pdf

(*) Com informações de Assecom Fiems

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