05/10/2005 12h54 – Atualizado em 05/10/2005 12h54
Assessoria de Comunicação
Ao completar sete anos de sua implantação, o Reassentamento Aruanda abriga hoje mais de cem famílias. Diante das dificuldades enfrentadas desde o início, com a pobreza do solo e tentativas sucessivas de novas culturas mal sucedidas, os moradores vêem hoje uma esperança de melhoria. Na última semana, entrevistamos o presidente da associação, Moacir de Oliveira Souza, 45, que fez um breve panorama ao longo destes sete anos. Conforme relatou, no início a expectativa quanto à qualidade das terras eram as melhores. Infelizmente, com o tempo, os reassentados constataram que as terras eram praticamente improdutivas. “Já plantamos de tudo aqui. O milho, por exemplo, só tem a força de nascer; quinze dias depois só tem a terra”, reclama Moacir. Ele conta que quem quer criar galinha para o próprio consumo, por exemplo, tem que comprar o milho na cidade.A última tentativa foi o colorau, que também não deu certo e os produtores já começaram a arrancar os pés. Segundo o presidente da associação falta assistência técnica e, principalmente, a correção do solo com calcário.A melhor alternativa encontrada pelos produtores, e que se transformou na principal fonte de renda das famílias do Aruanda, foi a pecuária de leite. Ao todo são 67 famílias sobrevivendo da atividade. Isso sem contar outras sessenta que invadiram alguns lotes que sobraram. Conta Moacir que nem todos estão contentes, principalmente os que ficaram com os lotes menores. Estes tentaram a agricultura e sempre tiveram prejuízo. Ele mesmo, que tocava 10 alqueires no antigo Porto XV de Novembro, até agora não teve sucesso com a lavoura. “Os produtores daqui não tem muita informação e não souberam lidar com as adversidades. Lá no varjão era plantar e colher. Só tivemos ajuda da CESP durante um ano, mas não aprendemos quase nada com o técnico que nos arranjaram”, explica. Além da assessoria técnica, dispensada pela CESP no período da implantação das famílias no reassentamento, a empresa manteve uma doação de cestas básicas durante dois anos. Depois disso não deu mais nenhum tipo de ajuda.”Hoje a única ajuda que temos vem da Prefeitura de Bataguassu, e só começou este ano, no Governo do Prefeito João Carlos. Seus antecessores nunca nos ajudaram. Ficamos esquecidos”, lembra Moacir. Ele conta que durante sete anos nem o patrolamento das estradas foi feito. Outro problema enfrentado durante esse tempo foi a falta d’água em alguns pontos. “Sempre reivindicamos isso, mas nunca fomos atendidos. Já o Prefeito João Carlos, logo no seu primeiro ano de mandato, já providenciou o patrolamento das nossas estradas, vai furar o poço artesiano, fazer um campo de futebol, uma pista de laço, trocou os vidros da associação, e tem nos atendido da melhor forma possível”, finaliza o presidente.Legenda 003: Moacir, Presidente da Associação do reassentamento, disse que as coisas começaram a melhorar no início do Governo de João Carlos Lemes