24/10/2003 09h13 – Atualizado em 24/10/2003 09h13
Três fotógrafos vão a julgamento, em Paris, por terem fotografado a cena do acidente de carro que matou a princesa Diana, o seu namorado, Dodi Al Fayed, e o motorista francês Henri Paul no dia 31 de agosto de 1997.
Eles são acusados de invasão de privacidade, depois de ter fracassado uma tentativa inicial de processá-los por homicídio culposo, por não terem prestado assistência às vítimas de um acidente.
Jacques Langevin, da agência de notícias Sygma/Corbis, Christian Martinez da Angelis e o fotógrafo freelancer Eric Chassery podem ser condenados a um ano de prisão e a pagar 45 mil euros (R$ 151 mil) se forem considerados culpados.
O pai de Dodi, Mohammed Al Fayed, entrou com um processo junto à Justiça francesa, que originou o julgamento desta sexta-feira.
No ano passado, a Suprema Corte francesa inocentou os fotógrafos da acusação de terem contribuído para o acidente, apesar de o carro onde estava a princesa Diana estar sendo perseguido em alta velocidade pelos paparazzi pouco antes do acidente.
A investigação francesa concluiu que o motorista, Henri Paul, era o responsável pela batida, pois estaria dirigindo muito rapidamente e sob efeito de álcool.
Assim Al Fayed explorou uma nova opção legal se valendo das estritas leis que protegem a privacidade na França.
Os fotógrafos tiraram fotografias de Diana e Dodi no carro, antes e depois do acidente, apesar de as fotos do acidente jamais terem sido publicadas. O caso vai se concentrar no detalhe de que o interior do carro do casal deveria ser considerado (ou não) um espaço privado.
As acusações deverão ser relacionadas somente às imagens de Dodi Al Fayed, já que a família de Diana não se envolveu no processo.
Fonte:Agora MS